Portugueses estão a ir mais às compras. E a gastar mais
Segundo um novo estudo, a frequência com que os portugueses vão às compras aumentou em 2019 para 46,9 dias, já o o valor gasto em cada uma dessas visitas às lojas aumentou 3,2% face ao ano anterior.
Os portugueses estão a ir às compras mais vezes e a gastar mais dinheiro pela primeira vez em quatro anos, conclui um estudo realizado pela Kantar para a Centromarca divulgado esta quarta-feira.
Segundo o estudo – apresentado esta quarta-feira na 8.ª edição do ‘Marcas+Consumidores’ – a frequência com que os portugueses vão às compras aumentou em 2019 para 46,9 dias, assim como o valor gasto em cada uma dessas visitas às lojas (mais 3,2% face ao ano anterior).
“É a primeira vez, em quatro anos, que o aumento das duas variáveis ocorre em simultâneo”, destaca a Centromarca, em comunicado.
Ainda assim, acrescenta, “a sensação de poupança associada a esses atos de compra é positiva, uma vez que no último ano os portugueses conseguiram poupar 141 euros face aos 126 euros de poupança média registada no ano anterior”.
Segundo o estudo, a banalização das promoções permitiu que os portugueses conseguissem comprar produtos com desconto em 68,7% das idas às compras, sem que o desconto médio tenha aumentado.
Pelo contrário, em 2019, o desconto médio das promoções recuou 1,4 pontos percentuais, disse.
O aumento das ocasiões de compra em promoção verificou-se na maioria das categorias de produtos, seguindo a tendência de crescimento.
As marcas de distribuição são, segundo o estudo divulgado, as que mais beneficiam deste movimento, continuando a conquistar a confiança dos portugueses e a crescer nos territórios naturais das marcas de fabricantes.
“É notório o esforço das diferentes cadeias de distribuição de dar maior visibilidade e importância às suas marcas. E isso observa-se com o reforço da comunicação e com a multiplicação de promoções desses mesmos produtos”, refere o diretor-geral da Centromarca, Pedro Pimentel.
A perda de impacto das ações promocionais e um menor desempenho dosmomentos-chave do ano, como o Natal e o verão, impedem as marcas de fabricantes de crescer ao nível das marcas de distribuição (MDD), sinaliza ainda o estudo.
Simultaneamente, acrescenta, as MDD passam a apostar mais em atividade de verão, na maioria das vezes com produtos que fogem ao fator sazonalidade, como os óleos e o azeite, a alimentação de bebé e os ovos.
Um dos elementos-chave desta tendência passa pela aposta cada vez maior em comunicação das MDD, indica.
Ao mesmo tempo que se regista um aumento do consumo em casa, diminui o consumo fora de casa, tendo em 2019 sido registada a menor quota dos últimos três verões.
“Esta descida deveu-se a dois fatores: um verão mais fresco e um incentivo crescente ao consumo dentro de casa. Ainda assim, apesar de menos frequente, o consumo fora de casa envolve um maior gasto por ocasião de consumo. Este aumento justifica-se por um aumento das ocasiões de consumo partilhadas, que implicam em média um gasto 56% superior ao consumo individual”, refere.
A análise da Kantar para a Centromarca indica ainda que 77% do consumo fora de casa acontece em espaços de consumo Horeca (hotelaria, restauração e cafés) e 11% em espaços da distribuição moderna, estando os novos formatos da grande distribuição cada vez mais próximos dos consumidores portugueses e o surgimento de novos intervenientes reforça o peso das MDD no consumo fora de casa.
A Centromarca – Associação Portuguesa de Empresas de Produtos de Marca – foi fundada em junho de 1994 e tem por missão criar para as marcas um ambiente de concorrência leal e intenso que encoraje a inovação e proporcione um máximo de valor aos consumidores.
Atualmente, conta com 51 associados que detêm mais de 1.100 marcas, que em conjunto representam um volume de vendas anual no mercado nacional da ordem dos 6.500 milhões de euros, empregando mais de 25 mil pessoas.
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