Evo Morales renuncia à presidência da Bolívia
Os chefes das Forças Armadas e da polícia da Bolívia exigiram que o Presidente Evo Morales a demisão para que a estabilidade e a paz possam regressar ao país.
Evo Morales renunciou à presidência da Bolívia. A notícia é avançada pelo El Mundo, no seguimento das exigências feitas este domingo. Os chefes das Forças Armadas e da polícia da Bolívia exigiram que o presidente Evo Morales se demitisse para que a estabilidade e a paz possam regressar ao país.
O chefe da instituição militar, Williams Kaliman, e o comandante da polícia boliviana, Yuri Calderón, leram declarações separadas, nas quais pediram a renúncia de Morales, que foi reeleito nas eleições de 20 de outubro para um quarto mandato, sob suspeitas de fraude eleitoral. A Bolívia atravessa uma crise social e política desde o dia seguinte às eleições.
Este domingo, Evo Morales anunciou a convocação de novas eleições após a Organização dos Estados Americanos (OEA) ter recomendado a repetição do ato eleitoral por suspeitas de irregularidades no dia 20 de outubro.
Os ministros Luís Alberto Sánchez e César Navarro e o presidente da Assembleia Nacional, Victor Borda, renunciaram este domingo também aos seus cargos. Após as demissões no governo, também a presidente do Tribunal Supremo Eleitoral, Maria Eugenia Choque Quispe, apresentou a sua renúncia “irrevogável” ao cargo para ser “investigada”, após o relatório da OEA.
O Ministério Público da Bolívia vai processar os membros do Supremo Tribunal Eleitoral devido a irregularidades “muito graves” detetadas pela OEA, que podem levar a “erros criminais e eleitorais relacionados com o cálculo dos resultados oficiais” das eleições de 20 de outubro.
Os Estados Unidos e a União Europeia apoiaram a convocação de novas eleições presidenciais na Bolívia.
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