Após reestruturação, trabalhadores do Novo Banco vão ter novo plano de carreiras em 2020
Banco está a reformular categorias e funções dos seus trabalhadores com base no acordo coletivo de trabalho de 2016. Prevê lançar novo modelo de carreiras no próximo ano.
O Novo Banco só agora está a proceder à atualização das categorias e funções dos seus quase 5.000 trabalhadores, isto na sequência do acordo coletivo de trabalho (ACT) assinado em 2016 e que eliminou várias categorias profissionais na banca. É uma boa notícia para os funcionários do banco. É que, depois de concluído este processo, vão ser “reativados” no próximo ano os planos de carreira que estão congelados desde o tempo do BES.
Os trabalhadores começaram a receber esta segunda-feira um e-mail do departamento de recursos humanos com a informação sobre a alteração da sua situação dentro do banco.
É um processo de grande abrangência, envolvendo todos os colaboradores do Novo Banco. São quase 5.000. E só agora o banco dá este passo depois de ter mantido este dossiê na “gaveta” desde 2016, quando estava a dar início a uma profunda reestruturação e que implicou a saída de centenas de trabalhadores durante este período de reestruturação que prosseguirá.
No âmbito desta atualização, das 129 funções que estavam em vigor no banco, foram eliminadas quase metade delas, condensando-as em apenas 65 funções. Ou seja, há trabalhadores para os quais terão de ser atribuídas funções.
"Estamos a aplicar o ACT de 2016 no que respeita às categorias profissionais, o que é um dever do banco e um direito dos trabalhadores. E estamos ainda harmonizar as funções de desempenho para as funções efetivamente desempenhadas pelos colaboradores, organizadas em oito famílias funcionais, que serão a base do futuro modelo de carreiras, a desenvolver em 2020.”
Por outro lado, o ACT assinado com os sindicatos há três anos também trouxe alterações nas categorias profissionais. Por exemplo, deixou de haver cambistas para passar a haver apenas gestores de clientes. Também foram eliminadas as categorias de assistente de direção (antecâmara da subida a diretor), inspetores ou analistas…
É este trabalho de harmonização com o clausulado do ACT de 2016 que está agora a ser feito no Novo Banco. Cada departamento, através da respetiva chefia, abordou os seus trabalhadores individualmente, clarificando as alterações feitas.
“Trata-se de um passo importante na normalização dos processos de recursos humanos do banco. Neste caso estamos a aplicar o ACT de 2016 no que respeita às categorias profissionais, o que é um dever do banco e um direito dos trabalhadores”, explica fonte oficial da instituição ao ECO.
“E estamos ainda harmonizar as funções de desempenho para as funções efetivamente desempenhadas pelos colaboradores, organizadas em oito famílias funcionais, que serão a base do futuro modelo de carreiras, a desenvolver em 2020“, acrescenta a mesma fonte, indicando tratar-se de um “processo meramente organizativo, sem qualquer relação com poupanças ou sinergias”.
Depois de concluída esta reformulação, os planos de carreira, congelados desde 2011, vão voltar a ser uma realidade no Novo Banco. É com os planos que os trabalhadores saberão o que o futuro lhes reserva dentro do banco, seja em termos de progressão profissional, seja em termos de prémios e benefícios e de avaliação de desempenho.
“Manifestamos a nossa satisfação pela regularização em curso”, diz ao ECO o presidente do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas, Rui Riso. “As carreiras estavam suspensas e são obrigatórias de acordo com a contratação coletiva”, notou ainda.
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