Passageiros no metro aceleram com novos passes. Aeroportos crescem menos no verão
Os novos passes fizeram crescer em 12% o número de passageiros, para um total de 64,6 milhões, no terceiro trimestre. Os aeroportos nacionais receberam mais pessoas, mas crescimento abrandou no verão.
Os novos passes levaram mais pessoas aos transportes públicos. No terceiro trimestre, que coincidiu com o arranque dos passes família, e já com os passes com valor reduzido a funcionar em pleno, o metro transportou 65 milhões de passageiros, mais 12% face ao mesmo período do ano passado. Pelos aeroportos nacionais também passaram mais pessoas, mas o ritmo de crescimento abrandou neste verão.
Entre julho e setembro, o transporte por metropolitano manteve a tendência positiva que tem vindo a registar desde 2014 e viu o número de passageiros aumentar. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), foram 64,6 milhões os passageiros transportados, numa altura que coincidiu com o lançamento dos passes familiares.
No metro de Lisboa deslocaram-se 43,6 milhões de passageiros, mais 8,2% face ao mesmo trimestre do ano passado, enquanto no metro do Porto foram 17 milhões as pessoas transportadas (+17,5%) e no metro Sul do Tejo 3,9 milhões (38,4%). Estes números são “efeito do novo sistema tarifário de passes”, diz o INE.
Esta tendência também se alastrou aos comboios, que transportaram 47,4 milhões de pessoas. Deste total, 89,9% dizem respeito a tráfego suburbano, e estes números “refletem já o novo sistema de passes em vigor nas Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto”. Já o tráfego interurbano transportou 4,7 milhões de pessoas, enquanto para o estrangeiro foram 73,9 mil passageiros.
Já no transporte fluvial, foram 7,1 milhões os passageiros transportados no terceiro trimestre, o que mostra uma subida de 2,4%, dos quais 98,6% dizem respeito a travessias nacionais. O movimento no rio Tejo ascendeu a 4,9 milhões de passageiros, representando 67,9% do transporte total.
Aeroportos recebem mais pessoas. Mas crescimento desacelera
No mesmo período, os aeroportos nacionais também viram o número de passageiros subir 6,6% para um total de 18,8 milhões, refere o INE. Contudo, estes números mostram uma desaceleração face ao segundo trimestre, altura em que este indicador aumentou 7,8%.
O aeroporto de Lisboa foi responsável por 49% do movimento total de passageiros (9,2 milhões), o correspondente a um aumento de 7,7% face ao terceiro trimestre do ano passado. Já o aeroporto do Porto registou o segundo maior volume de passageiros movimentados do país (20,8%), mas também o maior crescimento (11,4%), batendo os 3,9 milhões de passageiros.
Pelo aeroporto de Faro passaram 3,5 milhões de passageiros (18,5% do total), num aumento de 2,1%, enquanto no aeroporto de Ponta Delgada registou-se um crescimento de 5,6% e no aeroporto do Funchal uma diminuição de 0,5%.
Nos aeroportos aterraram 68,9 mil aeronaves em voos comerciais, o equivalente a um aumento de 2,5%, mostrando também uma desaceleração face ao segundo trimestre, período em que se assistiu a um crescimento de 3,5%. As aeronaves a aterrarem nos aeroportos do continente aumentaram 2,4%, enquanto no dos Açores subiram 5,2%. Por outro lado, na Madeira observou-se uma quebra de 1,9%.
Movimento de mercadorias cai, exceto por via aérea
Os portos marítimos nacionais receberam 3.909 embarcações no terceiro trimestre, o correspondente a um aumento de 1,1% face ao trimestre homólogo, de acordo com o INE. Contudo, contrariamente a esta tendência, o movimento de mercadorias está em queda. No terceiro trimestre, transportaram-se 20,6 milhões de toneladas, o que mostra uma quebra de 12,9% face ao mesmo período do ano passado.
Sines, com 8,6 milhões de toneladas de mercadorias carregadas e descarregadas (41,8% do total nacional), registou uma diminuição de 28,5%. Isto mostra que a tendência de quebra está a acentuar-se, depois da redução de 12,9% no trimestre anterior. Já o porto de Leixões aumentou 11,9%, atingindo as 4,8 milhões de toneladas e um peso de 23,5% no total nacional.
O porto de Lisboa movimentou 2,8 milhões de toneladas, mais 3,1% do que no mesmo período do ano passado, alcançando uma quota de 13,5% no total nacional. Os portos de Setúbal e Aveiro registaram quebras de 7,5% e 4,5%, após as subidas de 2,8% e 6,% registadas no trimestre anterior.
A variação homóloga das toneladas transportadas no transporte ferroviário de mercadorias, embora se tenha mantido negativa, desacelerou ligeiramente (-15,9% face a -16,2% no trimestre anterior). Por via rodoviária, o transporte de mercadorias caiu de forma mais acentuada: -5,8% face a -3,5% no segundo trimestre, atingindo os 35,9 milhões de toneladas.
O movimento de mercadorias caiu em todos os meios, exceto na via aérea, refere o INE. O movimento de carga e correio nos aeroportos nacionais totalizou 53,1 mil toneladas, mais 17,4% do que no período homólogo, tendo o conjunto embarcado registado um acréscimo de 18% e o desembarcado de 16,7%.
(Notícia atualizada às 11h43 com mais informação)
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Passageiros no metro aceleram com novos passes. Aeroportos crescem menos no verão
{{ noCommentsLabel }}