Energia sustenta bolsa de Lisboa. BCP volta a cair
EDP e Galp ajudaram o PSI-20, mas o índice teve os menores ganhos na Europa, devido à pressão do BCP.
A bolsa de Lisboa flutuou entre perdas e ganhos ligeiros ao longo da sessão, tendo fechado na linha de água. As valorizações do setor da energia permitiram ao PSI-20 alcançar “terreno” positivo, apesar de com um ganho de apenas 0,1% para 5.148,97 pontos. Em sentido contrário, foi o BCP a pesar no índice.
A EDP liderou os ganhos, com uma valorização de 0,87% para 3,713 euros, enquanto a Galp Energia subiu 0,42% para 14,275 euros num dia importante para o setor petrolífero. Esta quarta-feira concretizou-se a entrada em bolsa da petrolífera estatal saudita Aramco, que chegou diretamente para a categoria de maior cotada do mundo.
No verde, fecharam ainda a Navigator (0,56%), a Semapa (0,43%) e a Jerónimo Martins (0,20%). Em sentido contrário, a Pharol voltou a liderar as perdas, tendo afundado 1,75% para 0,1008 euros por ação. A Corticeira Amorim (1,40%), a Mota-Engil (1,31%) e os CTT (0,86%) também pressionaram.
Mas a cotada que mais se destacou negativamente foi o BCP. O banco liderado por Miguel Maya recuou 0,83% para 0,1919 euros, depois de o Deutsche Bank ter cortado o preço-alvo para as ações para 0,25 euros (contra os anteriores 0,34 euros), numa nota de research em que alertou para maior pressão sobre as margens financeiras dos bancos ibéricos.
Além desta nota, o BCP foi também pressionado pelo sentimento negativo no setor da banca europeia. A agência de notação financeira Moody’s reviu esta terça-feira em baixa a perspetiva de evolução do sistema bancário europeu, para “negativa” de “estável”, devido ao “enfraquecimento do crescimento económico em grande parte da região”.
O índice pan-europeu da banca ganhou 0,14%, enquanto o Stoxx 600 subiu 0,22%. O alemão DAX subiu 0,61%, o francês CAC 40 avançou 0,27% e o espanhol IBEX 35 somou 0,56%. Em véspera de eleições no Reino Unido, a bolsa de Londres fechou flat e a Libra esterlina apreciou-se face ao euro e recuou face ao dólar norte-americano.
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