PR já discutiu com Costa regresso ao estado de emergência

  • ECO
  • 17 Outubro 2020

Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa já analisam a possibilidade do país ter de regressar ao estado de emergência e ponderam novas formas de confinamento.

O Presidente da República já discutiu e analisou com o primeiro-ministro a possibilidade de o país ter de voltar ao estado de emergência, avança este sábado o Expresso (acesso pago). Entre os passos ponderados por Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa, estão o de obrigar os portugueses ao confinamento a partir de uma certa hora ou ao confinamento por locais.

De acordo com o semanário, o regresso ao estado de emergência só acontecerá em último caso, mas o “fantasma” dessa possibilidade parece ter vindo para ficar. Quanto mais não seja para efeito dissuasor em relação ao incumprimento das medidas mais robustas, como o uso de máscara. A propósito, o Expresso adianta que, no núcleo duro do Executivo, há a consciência de que a obrigatoriedade da app StayAway Covid não deverá passar no Parlamento, mas faz-se fé de que o alarme gerado possa travar a onda de contágios.

Soluções mais radicais ou são consensuais ou são um fracasso”, avisa, por sua vez, o chefe de Estado, que nas próximas semanas receberá a ministra da Saúde, Marta Temido, os bastonários das várias Ordens do setor, ex-ministros da Saúde e dirigentes sindicais.

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StayAway Covid: Só foram gerados 730 códigos de infetados

  • ECO
  • 17 Outubro 2020

Até ao momento, apenas foram gerados 730 códigos de infetados por Covid-19 para serem colocados na app StayAway Covid. Há queixas de erros e demoras do sistema.

Ainda que a StayAway Covid já conte com perto de dois milhões de downloads, só foram gerados, até ao momento, 730 códigos de infetados para introduzir nessa app, indicam os dados do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência citados, este sábado, pelo Público (acesso condicionado).

De acordo com a legislação em vigor, cabe ao médico obter junto da plataforma Trace Covid o código que tem, depois, de ser introduzido pelos infetados com o novo coronavírus na app StayAway Covid de modo a que as pessoas que estiveram perto nos últimos 15 dias, por mais de 15 minutos e a uma distância inferior a dois metros, sejam alertadas.

Não é isso, contudo, que está a acontecer. O presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF), Rui Nogueira, revela que há “alguma confusão” em volta dos procedimentos e aponta algumas dificuldades na sua implementação: “Um dos problemas é que, muitas vezes, temos de ditar este código por telefone porque a pessoa está em casa. Outro é o facto de o código desaparecer depois de algum tempo”. O presidente do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (que coordena a app), José Manuel Mendonça, defende, na mesma linha, que é preciso alterar a forma de obtenção dos códigos.

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“Tenho dificuldade em perceber que um OE com estas características não seja aprovado”, diz João Leão

  • ECO
  • 17 Outubro 2020

Leão garante que o Governo mantém abertura para negociar com os parceiros parlamentares e sublinha que tem "dificuldades em perceber" que OE não seja aprovado.

O ministro de Estado e das Finanças, João Leão, considera que a proposta de Orçamento do Estado para 2021 apresentada na Assembleia da República é a que “o país precisa” e garante que reflete as preocupações que o Executivo trabalhou “desde o início do verão com os parceiros parlamentares”. Em entrevista ao Dinheiro Vivo e à TSF, o governante atira por isso: “Tenho dificuldade em perceber que um orçamento com estas características não seja aprovado”.

Numa altura em que o OE ainda não tem aprovação na generalidade garantida, o ministro das Finanças sublinha que o Governo mantém o “espírito de diálogo”, permanecendo aberto a “negociar de forma equilibrada”. “Temos de dar respostas ao país e ser responsáveis”, frisa, referindo que a proposta apresentada ao Parlamento já reflete contributos do Bloco de Esquerda e do PCP.

“O essencial é que seja aprovado”, acrescenta João Leão. O governante avisa que a instabilidade política “é muito má para o ambiente económico e a credibilidade internacional do país”, mas reconhece que o Orçamento poderá ser aprovado “de diferentes formas” (o PS precisa de oito votos favoráveis ou de 15 abstenções, além dos 108 votos a favor dos deputados socialistas). “Não há formas fechadas de o aprovar e nós contamos aprová-lo, como sempre, com os parceiros à esquerda“, remata o ministro, que não exclui a possibilidade de vir a ser necessário um Orçamento Suplementar.

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Ana Gomes diz que Cavaco fez bem ao exigir ao Governo de Costa uma base sólida política

  • Lusa
  • 17 Outubro 2020

Ana Gomes realça que a presente situação de tensão negocial entre as forças políticas de esquerda não existiria se houvesse um acordo sólido de legislatura.

A candidata presidencial Ana Gomes considera que o anterior chefe de Estado, Cavaco Silva, fez bem ao exigir uma base política sólida antes de empossar em novembro de 2015 o primeiro Governo socialista liderado por António Costa.

Em entrevista à agência Lusa, a ex-eurodeputada socialista defende que a proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2021 “vai no bom sentido”, espera que não haja crise política na atual conjuntura de crise sanitária, económica e social, mas entende que a presente situação de tensão negocial entre as forças políticas de esquerda não existiria se houvesse um acordo sólido de legislatura.

“Não critico o professor Cavaco Silva por ter feito essa exigência [de um acordo escrito em novembro de 2015]. Acho que foi positiva no sentido de ter ajudado a que se criasse a solução parlamentar de base estável que a que todos chamamos ‘geringonça'”, sustenta a ex-eurodeputada socialista.

O atual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, segundo Ana Gomes, pelo contrário, “devia ter mostrado a seguir às eleições legislativas de outubro de 2019 muito mais empenho na procura de uma solução governativa de base parlamentar sólida”.

“Uma solução que teria certamente preparado muito melhor o país, não só para fazer face a esta crise por causa da pandemia, mas também para fazer as reformas de fundo que obviamente o país necessitava“, advoga a antiga dirigente do PS.

Questionada sobre como vê a atual situação de impasse negocial no Orçamento do Estado entre o Governo e os parceiros parlamentares à sua esquerda, Ana Gomes diz esperar que a” tentação de agitar o espetro de uma crise política já tenha sido engavetada”.

Espero que não haja crise política, porque os portugueses não querem e não precisam de crise política num momento em que já estão a braços com uma tremenda crise sanitária e económica, social e, no fundo, de segurança coletiva. Acho que o Orçamento vai no bom sentido, porque tem havido a capacidade de o Governo justamente fazer uma negociação à esquerda, refletindo, de resto, aquilo que é a clara indicação que vem do eleitorado nas últimas eleições”, defende.

Ana Gomes elogia mesmo “o esforço negocial que o Governo tem feito e que está refletido no Orçamento, indo ao encontro de muitas das sugestões dos partidos da esquerda”. “Há ainda caminho para fazer e algumas das exigências que são feitas pelos partidos à esquerda são pertinentes, por exemplo a da proibição dos despedimentos nas empresas que têm apoio do Estado, ‘ay-off e não só”, aponta.

Questionada sobre o que espera da reunião da Comissão Nacional do PS do próximo dia 31, que decidirá o posicionamento deste partido em relação às eleições presidenciais, a ex-eurodeputada socialista alega que é atualmente apenas uma “mera militante de base”.

“Não vou lá estar nessa reunião e não quero interferir na decisão dos órgãos próprios do partido. Um partido democrático não pode estar refém de um ou de um punhado de homens. Existe para refletir em conjunto. Confio que os militantes socialistas são livres e sabem pensar pela sua própria cabeça”, salienta.

Interrogada se partilha a crítica do antigo porta-voz do PS e seu apoiante Paulo Pedroso de que há um culto do chefe no partido liderado por António Costa, Ana Gomes refere apenas que essa é a perceção de Paulo Pedroso. “Ele conhece melhor o partido do que eu, porque foi dirigente mais tempo e tem muitos contactos com a própria máquina partidária, o que não é o meu caso. Certamente que é uma opinião com conhecimento de causa, mas é dele, não é minha”, diz.

Neste capítulo relativo ao posicionamento dos socialistas perante os vários candidatos na corrida a Belém, a ex-eurodeputada socialista prefere antes recorrer à história das eleições presidenciais para argumentar que sempre que o seu partido teve uma posição clara de apoio a um candidato em eleições presidenciais “o PS fez a diferença, tal como aconteceu com as eleições do general Ramalho Eanes, de Mário Soares e de Jorge Sampaio”.

Quando o PS não foi a jogo ou se dividiu, então o candidato de direita foi eleito. É importante que os socialistas tenham isto em mente quando tomarem a sua decisão”, contrapôs.

Em relação aos socialistas críticos da sua candidatura, como o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, que sugere Ana Gomes não tem perfil para ser apoiada pelo PS, a diplomata opta pela desdramatização, contrapondo que tem “muitos socialistas a apoiarem-na e a encorajarem-na para avançar.

“Penso que tenho as características necessárias para ser eleita Presidente da República. A moderação, o papel de árbitro do Presidente da República, é realmente muito importante. E tenho até pela minha formação de diplomata demonstradas essas qualidades que nunca se sobrepuseram a outras qualidades que também acho necessárias, em particular no topo do Estado, como seja zelar pelo regular funcionamento das instituições democráticas”, frisa.

Nesta entrevista, Ana Gomes diz ainda contar a presença ativa do atual presidente do Conselho Económico e Social, Francisco Assis, na sua campanha, observando que se trata de uma pessoa que no espetro do próprio PS estará certamente à sua direita.

No que respeita a outros apoiantes, a ex-eurodeputada socialista afirma estar aberta a todos os apoios provenientes do campo democrático, mas “não àqueles que têm claramente uma agenda antidemocrática”, como o partido Chega. “Esse partido representa a extrema direita fascista, à semelhança das formações europeias a que está associado e que são do pior e de pior memória histórica que os europeus não devem perder“, acusa.

Interrogada se tem falado com o anterior secretário-geral do PS, António José Seguro, que apoiou em eleições primárias neste partido contra o atual líder, Ana Gomes conta que esteve muitos anos sem o ver, desde que ele abandonou a liderança do PS no final de setembro de 2014.

“Mas há cerca de dois meses estive com ele em Penamacor. Foi um prazer voltar a estar com ele e nessa altura eu ainda não tinha decidido se iria apresentar ou não a minha candidatura. Gosto de falar com ele. É uma pessoa séria que muito prezo. Acho que foi líder numa fase muito complicada da vida do PS, logo a seguir a José Sócrates”, refere.

Ana Gomes desagradada com Marcelo em casos judiciais de Angola e Moçambique

Ana Gomes critica severamente o Presidente da República pela sua atuação em matéria de política externa, afirmando que houve “vários momentos” que lhe desagradaram, como perante casos judiciais de Angola e Moçambique.

Em entrevista à agência Lusa, a antiga dirigente do PS cita, nomeadamente, casos referentes ao processo do ex-vice-presidente angolano Manuel Vicente, bem como do desaparecimento do empresário português Américo Sebastião em Moçambique.

“Houve vários momentos que me desagradaram [na atuação do chefe de Estado], por exemplo quando o Presidente da República, em concerto com o Governo, se mobilizou para ser produzida uma decisão judicial que facultou o abandono pela justiça portuguesa do julgamento do engenheiro Manuel Vicente, quando ele foi acusado de ter corrompido um procurador português”, aponta.

Ana Gomes afirma também não ter gostado de ver o caso do empresário Américo Sebastião “ter sido posto debaixo do tapete”, apesar de reconhecer que “houve um acompanhamento intenso e atento” da situação da parte da presidência da República.

“Perante os últimos desenvolvimentos, que envolveram ameaças à família desse empresário”, a par de uma “persistente recusa das autoridades moçambicanas ao mais alto nível em aceitar a ajuda da Polícia Judiciária para esclarecer o que aconteceu”, não é aceitável – diz – que “tenha sido sempre dado o total aval às autoridades de Moçambique responsáveis pela recusa em aceitar ajuda portuguesa para localizar esse nosso empresário”.

Segundo a candidata, “o Presidente, nos termos constitucionais, é o garante da unidade do Estado, do regular funcionamento das instituições democráticas, mas também da independência nacional, e esse comportamento não serviu à independência nacional nem o interesse nacional”.

Ana Gomes é também fortemente critica da posição de Portugal relativamente à rede 5G e à eventual concessão à empresa chinesa Huawei. “A Huawei é uma empresa do Estado controlada pelo Partido Comunista Chinês, aliás, pelo exército chinês, que eu visitei enquanto parlamentar europeia, e que sei que está obrigada a ceder todos os dados que recolhe em todo o mundo ao controlo do Partido Comunista Chinês”, declara.

A ex-eurodeputada socialista ressalva, no entanto, que este assunto nada tem a ver com a posição manifestada pelos Estados Unidos e a guerra comercial feito pela administração norte-americana.

“Para mim [a questão da 5G] é essencial para a independência nacional e para a autonomia estratégica da Europa”, conclui, afirmando que esta “é uma questão fundamental e muito antes da Europa ter concluído, aliás, à conta da pandemia como ela era realmente fundamental”.

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“Dragões” já garantiram mais de 40 milhões de euros na Liga dos Campeões

  • Lusa
  • 17 Outubro 2020

Por chegar à fase de grupos da Liga dos Campões, o FC Porto já assegurou 15,25 milhões, aos quais se somam 26,592 milhões relativos ao ranking na UEFA nos últimos dez anos.

O FC Porto já garantiu mais de 40 milhões de euros apenas pela presença na fase de grupos da Liga dos Campeões em futebol de 2020/21, época em que será o único representante luso na prova.

Por chegar a esta fase, cada clube recebe um valor fixo de 15,25 milhões de euros e ainda um montante variável, que tem a ver com o ranking da UEFA dos últimos dez anos, o que para o FC Porto, nono da tabela, corresponde a 26,592 milhões de euros.

Entre os presentes, os “dragões” apenas perdem para Real Madrid (recebe o valor máximo, de 35,465 milhões de euros), Bayern Munique, FC Barcelona, Atlético Madrid, Chelsea, Juventus, Manchester United e Paris Saint-Germain. Lá no “fundo”, o Ferencvaros ainda arrecada uma parcela (1,108 milhões de euros).

Desta forma, os “azuis e brancos” partem já com 41,842 milhões de euros assegurados, sendo que, a partir de agora, é sempre a somar, pois as vitórias e os empates valem dinheiro, bem como a progressão na prova.

Na última presença na Champions, em 2018/19 – na época passada caiu na terceira pré-eliminatória, cenário vivido pelo Benfica na presente -, o FC Porto, que chegou aos quartos de final, embolsou 78,44 milhões de euros em prémios diretos.

Para começar a aumentar o seu pecúlio e a aproximar-se dessa verba, o conjunto “azul e branco” precisa de somar pontos, num Grupo C que divide com os ingleses do Manchester City, os gregos do Olympiacos e os franceses do Marselha.

Cada vitória que o conjunto de Sérgio Conceição conseguir alcançar vale 2,7 milhões de euros e cada empate 900 mil euros. No caso de ficar num dos dois primeiros lugares do agrupamento e seguir para os oitavos, o prémio é de 9,5 milhões de euros. Depois, os quartos valem 10,5, as meias 12 e a final – em 28 de maio, em Istambul, na Turquia – 15, com o vencedor, que sucederá ao Bayern Munique, a receber ainda quatro suplementares.

A estes valores, acrescem ainda os do “market pool”, relacionados com os direitos televisivos. A UEFA distribuirá um total de 292 milhões de euros pelos 32 clubes, em função do valor proporcional dos países, sendo que, com a “ajuda” do Benfica, o FC Porto recebe os 100% de Portugal.

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Revisão dos rácios garante contratação de mais 3.000 funcionários para escolas

  • Lusa
  • 17 Outubro 2020

A revisão publicada em Diário da República implica uma diminuição do número de alunos por assistente operacional nos ensinos básico e secundário.

A revisão do rácio de funcionários nas escolas, publicada em Diário da República na sexta-feira à noite, garante a contratação de cerca de 3.000 assistentes operacionais, segundo o Ministério da Educação.

Em nota enviada à comunicação social, o Ministério destacou que num ano letivo serão colocados nas escolas 5.000 operacionais. A publicação da portaria, que estabelece a fórmula para atribuição de pessoal não docente às escolas, “garante a contratação de mais cerca de 3.000 assistentes operacionais”.

Segundo o Ministério da Educação, esta revisão acontece “num momento em que as escolas de todo o país já têm em curso ou concluído o processo de recrutamento de 1.500 trabalhadores não docentes de forma mais célere, nomeadamente através do recurso às reservas de recrutamento internas”.

A tutela destacou que diminui o número de alunos por assistente operacional nos ensinos básico e secundário e foi adequado o número de funcionários atribuídos em função das necessidades adicionais de apoio e acompanhamento das crianças e jovens com necessidades educativas específicas: passam a contar como 2,5 alunos, “depois de em 2017 já ter havido, pela primeira vez, uma majoração, em que passaram a contar como 1,5 alunos”. A contratação destes profissionais visa a celebração de vínculos permanentes à Administração Pública.

O pessoal não docente desempenha um papel fundamental, não só do ponto de vista técnico, como do ponto de vista pedagógico, na formação das crianças e jovens, “assumindo em tempos de pandemia (de Covid-19) um papel ainda mais preponderante dentro do espaço escolar”, frisa o ministério.

A nova revisão da portaria de rácios representa um aumento de cerca de 3.000 assistentes, os 1.500 cujo processo de recrutamento está em curso ou concluído, assente em procedimentos de contratação mais céleres e os cerca de 500 assistentes trabalhadores em julho passado, “com respetiva vinculação à Administração Pública”, lê-se no documento.

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Sondagem: Marcelo vence à 1.ª volta com 61% e Ventura no segundo lugar

  • Lusa
  • 17 Outubro 2020

Marcelo Rebelo de Sousa recolhe 61% das intenções de voto, seguido de André Ventura. Ana Gomes aparece em terceiro lugar, na sondagem.

O atual chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, recolhe 61,0% das preferências dos portugueses num estudo da Eurosondagem sobre as presidenciais em que André Ventura, do Chega, surge com mais um ponto percentual do que a socialista Ana Gomes.

Apesar de Marcelo Rebelo de Sousa ainda não ter anunciado a recandidatura, a sondagem para o Porto Canal e o semanário Sol utiliza “presumíveis candidatos” e dá-lhe a vitória na primeira volta das eleições de janeiro, com 61,0%.

Em segundo lugar, com 11%, surge o candidato do Chega, André Ventura, mas a vantagem de apenas um ponto percentual sobre a ex-eurodeputada do PS Ana Gomes é menor do que a margem de erro da sondagem, de 2,99%.

Marisa Matias, apoiada pelo BE, surge no quarto lugar, com 8,5%, e também com uma diferença para Ventura e Ana Gomes inferior à margem de erro da sondagem. O candidato apoiado pelo PCP, João Ferreira, recolhe 5,5% das intenções de voto, seguido pelo Tiago Mayan Alves, da Iniciativa Liberal, que obtém 1%.

No estudo da Eurosondagem, efetuado entre os dias 12 e 15 através de 1.072 entrevistas validadas, 19,6% dos inquiridos estão indecisos ou não quiseram ou souberam responder. O erro máximo da amostra é de 2,99% para um grau de probabilidade de 95,0%.

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OE2021. Costa reúne-se na terça-feira com o Bloco de Esquerda, PCP e PAN

  • Lusa
  • 17 Outubro 2020

O Governo ainda não tem garantida a viabilização da proposta de Orçamento do Estado para 2021 pelos parceiros parlamentares.

O primeiro-ministro reúne-se na terça-feira com o Bloco de Esquerda, PCP e PAN para procurar um acordo para a viabilização da proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2021, disse à agência Lusa fonte do Executivo.

Na quarta-feira, de acordo a mesma fonte, António Costa terá um encontro também sobre o Orçamento do Estado com o PEV, outro dos parceiros parlamentares do PS desde novembro de 2015.

A Assembleia da República começa em 27 de outubro a debater a proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2021, estando a votação na generalidade marcada para o dia seguinte, 28.

Fontes do Governo e da direção do PS referiram à agência Lusa que o Executivo de António Costa ainda não dispõe até este sábado de quaisquer garantias políticas dos parceiros parlamentares dos socialistas para a viabilização do Orçamento e que a próxima semana será “decisiva” em relação aos resultados das negociações.

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Uso obrigatório de apps de rastreio contraria OMS e Comissão Europeia

  • Lusa
  • 17 Outubro 2020

A OMS defende que "a decisão de descarregar e usar uma aplicação que contribua para a vigilância em saúde pública ou para o rastreio digital de proximidade deve ser voluntária e informada".

A Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Comissão Europeia defendem em orientações sobre aplicações de rastreio de contactos para a Covid-19 que o seu uso não deve ser obrigatório, como pretende o Governo português.

O Executivo de António Costa propôs esta semana numa proposta de lei entregue no Parlamento tornar obrigatório o uso da aplicação de rastreio de contactos StayAway Covid em contexto laboral, escolar e académico, bem como nas Forças Armadas, forças de segurança e administração pública, uma proposta controversa cuja constitucionalidade foi questionada.

A proposta de lei do Governo prevê multas até 500 euros por incumprimento, quer do uso da aplicação naqueles contextos, quer do uso de máscara, que o Governo também quer tornar obrigatório no “acesso ou permanência nos espaços e vias públicas”.

A intenção de António Costa, que esta semana declarou querer dar “um abanão” na sociedade portuguesa, entra em contradição com as orientações da OMS, que em maio deste ano publicou várias considerações éticas sobre o assunto, dizendo explicitamente que “a decisão de descarregar e usar uma aplicação que contribua para a vigilância em saúde pública ou para o rastreio digital de proximidade deve ser voluntária e informada”.

“Os Governos não devem tornar obrigatório o uso de uma aplicação” e “uma pessoa deve ser livre de desligar a aplicação quando quiser e deve ser livre para a apagar quando quiser”, defende a agência das Nações Unidas para a saúde.

Em orientações sobre o uso de aplicações de rastreio emitidas em abril deste ano, a Comissão Europeia defendeu que “a instalação de uma aplicação nos dispositivos móveis deve ser voluntária e não deve ter qualquer consequência negativa para a pessoa que decida não descarregar ou usar a aplicação”.

Apesar de não serem orientações vinculativas, estes princípios voltaram em maio a nortear novas orientações da Comissão sobre a compatibilidade destas aplicações entre os diversos Estados-membros, de forma a garantir a sua funcionalidade quando os cidadãos se deslocam: “Devem ser voluntárias, transparentes, temporárias, ciberseguras, usar dados temporários e anónimos, utilizar tecnologia Bluetooth e ser aprovadas pelas autoridades nacionais de saúde”.

Nenhum país europeu tem aplicações obrigatórias. A Eslovénia foi o único país europeu em que se considerou a hipótese de tornar obrigatório o uso da aplicação de rastreio OstaniZdrav’ que começou a ser aplicada em agosto deste ano, pouco antes de a StayAway Covid ser lançada, e foi adaptada da que é utilizada na Alemanha.

Antes de a introduzir, o Governo de Janez Jansa defendeu o seu uso obrigatório para as pessoas infetadas ou em quarentena, o que foi contestado pela oposição no Parlamento esloveno, que acusou o executivo de estar a introduzir lentamente uma ditadura no país.

A China, onde o novo coronavírus surgiu, foi também o primeiro país a adotar aplicações de rastreio de contactos, uma das quais atribuiu aos cidadãos um código de risco de contágio por exposição ao vírus, sem o qual ninguém conseguia entrar ou sair de determinadas regiões do país.

Na Turquia de Recep Tayip Erdogan, quem estiver infetado com o novo coronavírus é obrigado a descarregar a aplicação Hayat Eve Sigar e os seus dados de localização são partilhados pelo ministério da Saúde turco com a polícia. Quem viola a quarentena é primeiro avisado, mas depois pode ser multado ou preso.

Singapura impõe o uso da sua aplicação de rastreio, Tracetogether, a trabalhadores migrantes que considera estarem em situações de risco elevado, como os do setor da construção que partilham dormitórios comunitários ou os que trabalham nos portos.

No Qatar, a aplicação Ehtera’ é obrigatória para quem queira andar na rua e quem se recuse instalá-la pode ser multado ou ficar sujeito a três anos de prisão.

Na Índia, um dos países com mais infetados, desde maio que é obrigatório para todos os trabalhadores dos setores público e privado ou para as pessoas em zonas sob confinamento instalar a aplicação Aarogya Setu, sob pena de multas ou penas de prisão que podem ir até dois anos.

A Comissão Nacional de Proteção de Dados alertou na quarta-feira que o uso obrigatório da StayAway Covid “suscita graves questões relativas à privacidade dos cidadãos” e a Associação D3 já disse que admitia avançar com uma providência cautelar para travar a obrigatoriedade de instalar a aplicação, dizendo que “as apps obrigatórias não pertencem a uma Europa democrática”.

Bloco de Esquerda, PCP, CDS-PP, PAN, Verdes e Chega já se manifestaram contra a obrigatoriedade do uso da aplicação, enquanto o líder do PSD, Rui Rio, manifestou dúvidas em relação à eficácia de tal medida, remetendo a sua análise para a apreciação em comissão parlamentar.

O Presidente da República, afirmou que se persistirem dúvidas de constitucionalidade sobre a lei que obriga à utilização da StayAway Covid’, a enviará para fiscalização preventiva por parte do Tribunal Constitucional.

A aplicação móvel, lançada em 01 de setembro, permite rastrear, de forma rápida e anónima e através da proximidade física entre smartphones, as redes de contágio por Covid-19, informando os utilizadores que estiveram, nos últimos 14 dias, no mesmo espaço de alguém infetado com o novo coronavírus SARS-Cov2.

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Prova dos 9: Este Orçamento “não aumenta impostos”, como diz Leão?

O ministro das Finanças diz que a proposta do Orçamento do Estado para 2021 entregue esta semana no Parlamento não tem aumentos de impostos. É verdade? O ECO fez a Prova dos 9.

O relatório do Orçamento do Estado para 2021 (OE 2021) assegura aos portugueses que não há um aumento dos impostos. Na apresentação do documento, o ministro das Finanças, João Leão, assegurou que este é um “orçamento sem austeridade, que não acrescenta crise à crise”, o que diz contrastar com a reação à crise anterior. Mais: o Governo argumenta que este é um orçamento que baixa impostos.

Os impostos não vão ser aumentados, permanecendo todas as taxas de imposto inalteradas e não havendo qualquer atualização dos impostos indiretos“, garante o Governo às empresas e aos portugueses. É mesmo assim? O ECO fez a Prova dos 9 com base na proposta do OE 2021 entregue pelo Ministério das Finanças à Assembleia da República esta segunda-feira.

A afirmação

“Este é um orçamento responsável e progressista, não recua em nenhuma das fundamentais conquistas de direitos dos últimos cinco anos e apresenta respostas concretas às pessoas e aos setores económicos mais afetados pela crise. É um orçamento que não aumenta impostos”.

Relatório do Orçamento do Estado para 2021 (página 18)

Os factos

Para responder a questão sobre se o OE 2021 desce, mantém ou sobe impostos é preciso analisar a área fiscal da proposta de lei do OE 2021. Entre as mexidas que significam aumento de impostos, o ECO identificou o caso da incidência do IMT (imposto sobre as transações de imóveis) na transação de partes do capital de sociedades anónimas que detenham imóveis.

“As operações que envolvam a aquisição de partes de capital em sociedades anónimas, cujo ativo seja composto maioritariamente por bens imóveis que não estejam afetos a uma atividade de natureza agrícola, industrial ou comercial, excluindo a compra e venda de imóveis, passarem, em determinadas circunstâncias, a despoletar a incidência de IMT, em moldes algo idênticos ao que já sucede hoje em dia na aquisição de partes de capital em sociedades por quotas”, explica a EY, no seu estudo detalhado sobre o OE 2021.

Esta medida é “quase histórica”, assinala o fiscalista João Espanha ao ECO, argumentando que “faz sentido” esta equiparação entre as sociedades por quotas e as sociedades anónimas. “Apesar de não haver um aumento de impostos, há um aumento da carga fiscal” neste caso específico, explica, uma vez que há um alargamento da incidência do imposto (IMT).

Há ainda uma nova forma de cálculo do montante mínimo do imposto sobre os cigarros que, em princípio, poderá levar a um aumento da receita fiscal, ainda que não seja garantido.

E é de notar a proibição de despedimentos para as grandes empresas (com lucros em 2020) que acedem a incentivos fiscais ao investimento produtivo, do regime fiscal de apoio ao investimento (RFAI) e do sistema de incentivos fiscais em investigação e desenvolvimento empresarial (SIFIDE II), recorda ao ECO Luís Leon, partner da Deloitte, assinalando que tal poderá agravar a fatura fiscal destas empresas. Para Leon, o Governo tem de mudar o texto da lei para precaver situações de reformas ou de trabalhadores que são transferidos para o estrangeiro (dentro da mesma empresa).

Apesar destes exemplos, para João Espanha “não se pode dizer que haja aumento de impostos” neste Orçamento do Estado para 2021, o qual diz ser “uma mão cheia de nada” do ponto de vista tributário. “Se há coisa que se pode dizer deste OE é a falta de utilização do instrumento fiscal no auxílio e estímulo às empresas”, diz o fiscalista, duvidando da utilidade de medidas como o IVAucher ou o prolongamento do crédito fiscal ao investimento. Luis Leon concorda: “Não há nem aumento nem baixa de impostos. Basicamente não muda nada“, resume.

Para fazer esta avaliação é importante também olhar para o outro lado. No OE 2021, há várias medidas de alívio fiscal, apesar de alcance potencialmente reduzido. A proposta do Orçamento do Estado para 2021 prevê uma redução do IVA da eletricidade para consumos baixos, cuja autorização legislativa já vem do OE 2020, e devolve IVA aos consumidores nos gastos de restauração, alojamento e cultura. Estas duas medidas representam para os portugueses uma poupança estimada em 350 milhões de euros, de acordo com as contas do Governo. No IVA, há ainda a aplicação da taxa reduzida ao gel desinfetante e às máscaras.

O Executivo usa também a descida das taxas de retenção na fonte de IRS como um argumento para dizer que há descida dos impostos, mas este “ganho” é apenas de liquidez. Esta medida, avaliada em 200 milhões de euros, não se trata de um desagravamento real uma vez que, como os escalões do IRS continuam iguais, o contribuinte terá um reembolso mais pequeno ou pagará mais no acerto do IRS que será feito em 2022. Ou seja, em termos líquidos, não há nenhum ganho. No IRS, haverá ainda uma potencial redução através da nova dedução à coleta relativo ao IVA pago nas mensalidades dos ginásios, correspondente a 15% do IVA pago até ao limite de 250 euros.

No que toca às empresas, o Governo decidiu aliviar as pequenas e médias empresas do agravamento da tributação autónoma, em 10 pontos percentuais, que se aplica às empresas que registem prejuízos fiscais, tanto em 2020 como em 2021. O agravamento mantém-se para as grandes empresas, mas este já acontecia anteriormente ao OE 2021. Há ainda o prolongamento do crédito fiscal extraordinário ao investimento no primeiro semestre de 2021, a criação de um incentivo fiscal às ações de internacionalização por parte da PMEs, a majoração do mecenato cultural e a eliminação do imposto sobre as mais-valias na transferência de um imóvel entre o alojamento local (ou outra atividade comercial) e a esfera pessoal. Neste último caso, Luis Leon alerta que o resultado desta alteração “tendencialmente até pode ser melhor, mas até pode não ser”, existindo casos em que poderá existir agravamento fiscal.

Por fim, é de notar que a carga fiscal, um indicador polémico que tantas vezes foi alvo de críticas nos últimos anos, vai baixar em 2020 para um mínimo de oito anos, de acordo com os cálculos do ECO com base nas estimativas de receita fiscal e contributiva e do PIB nominal do Ministério das Finanças. E em 2021 vai manter-se nesse nível.

A Prova dos 9

Tendo uma visão global, os fiscalistas concordam que não há um aumento de impostos no Orçamento do Estado para 2021, como diz o relatório do OE entregue pelo Ministério das Finanças na Assembleia da República. Contudo, é possível identificar mudanças cirúrgicas que podem levar a um aumento dos impostos: é o caso do alargamento da incidência do IMT para as sociedades anónimas, o novo cálculo do imposto sobre o tabaco e o fim (e devolução) dos benefícios fiscais para as empresas (com lucros) que despeçam. Por outro lado, há várias medidas que levam ao desagravamento de impostos como o IVAucher e a descida do IVA na eletricidade para consumos baixos, pelo menos na ordem dos 350 milhões de euros, de acordo com as contas do Governo. Além disso, os números indicam que a carga fiscal vai diminuir em 2020 e manter-se no mesmo nível em 2021.

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Vendas a retalho dão ânimo a Wall Street

A subida acima do esperado das vendas a retalho em setembro deu um impulso à negociação bolsista nos Estados Unidos.

O Dow Jones e o S&P 500 valorizaram esta sexta-feira, após três sessões de quedas, enquanto o Nasdaq continuou em terreno negativo. O sentimento entre os investidores foi globalmente positivo por causa da subida acima do esperado das vendas a retalho em setembro, um sinal positivo para a recuperação da economia.

Os três principais índices bolsistas norte-americanos estiveram a valorizar em grande parte da sessão, mas o tecnológico Nasdaq cedeu na reta final por causa das perdas registadas entre as maiores tecnológicas do mundo.

O Dow Jones subiu 0,39% para os 28.606,31 pontos e o S&P 500 valorizou 0,01% para os 3.483,81 pontos. Já o Nasdaq desvalorizou 0,36% para os 11.671,56 pontos, acumulando quatro sessões consecutivas de perdas.

Nesta sessão o foco esteve nas vendas a retalho nos EUA que subiram 1,9% em setembro, superando as estimativas dos analistas que esperavam uma recuperação mais modesta deste segmento. Mais perto do final da negociação, o departamento do Tesouro divulgou os números do saldo orçamental em 2020: os EUA registaram o maior défice desde a Segunda Guerra Mundial, um total de 3,1 biliões de dólares, o equivalente a 16% do PIB.

Entre as cotadas, o destaque esteve na Pfizer que valorizou quase 4% esta sexta-feira depois de ter dito que irá pedir o uso de emergência da sua vacina contra a Covid-19 assim que atingir certos níveis de segurança, os quais espera alcançar no final de novembro.

Os títulos da Boeing, fabricante norte-americana de aviões, valorizaram quase 2% na sequência da decisão do regulador europeu da aviação que disse que o modelo 737 Max é seguro para voar novamente.

Já as ações da Amazon desceram quase 2% após terem sido relatadas algumas preocupações com as vendas online da empresa no evento Prime Day.

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PSD vai votar contra OE 2021, diz o Observador

  • ECO
  • 16 Outubro 2020

O Observador avança que o PSD já decidiu o sentido de voto relativo ao OE 2021: vai votar contra, ao contrário da abstenção que viabilizou o Orçamento Suplementar.

Rui Rio já decidiu que o PSD vai votar contra a proposta do Orçamento do Estado para 2021 entregue pelo Governo esta segunda-feira, avança o Observador. A decisão oficial só irá ser anunciada dia 21 de outubro nas jornadas parlamentares dos social-democratas, mas o jornal garante que o PSD prepara-se para obrigar António Costa a ter apoio à esquerda ou a concretizar o que disse em agosto ao Expresso e demitir-se.

Nessa entrevista, o primeiro-ministro disse que “no dia em que a sua subsistência depender do PSD, este Governo acabou“, uma ideia que voltou a repetir esta sexta-feira na entrevista ao Público. Segundo o Observador, o líder do PSD também exclui essa hipótese, querendo obrigar o PS a entender-se à esquerda e a enfrentar a crise económica e social. A posição do PSD ganha mais relevância por ser anunciada antes da decisão do BE, marcada para dia 25 de outubro, colocando mais pressão nos parceiros do Governo.

Contactada pelo ECO, fonte oficial do PSD não confirma nem desmente esta notícia, remetendo o anúncio da posição para o dia 21.

Até agora, a posição dos social-democratas tem sido sempre de distanciamento uma vez que o Governo escolheu os seus parceiros, argumentando que se houve acordo no passado também haverá agora. “Aposto consigo como o Orçamento vai ser aprovado à esquerda“, disse Duarte Pacheco, deputado do PSD para as áreas económicas, em entrevista ao ECO publicada esta segunda-feira.

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