WhatsApp aposta em seguros na Índia e Amazon agita seguradoras de saúde em Wall St.

  • ECO Seguros
  • 20 Dezembro 2020

A plataforma global de e-commerce já vende seguros na Índia, um mercado onde o WhatsApp conta 400 milhões de utilizadores e agora negoceia com potenciais parceiros de seguros e banca.

A Amazon iniciou a oferta de seguros do ramo automóvel na Índia este ano. Está a dar os primeiros passos na área da prestação de serviços de saúde nos EUA e parece disposta a entrar na área dos seguros do mesmo ramo.

Consta também que a Amazon se prepara para alargar a sua oferta em serviços em saúde à telemedicina (consultas online) e mesmo consultas presenciais, planeando também a distribuição de coberturas de saúde (seguros) para empresas, avançaram meios digitais de informação financeira. O rumor circulou a meio da semana passada, em Nova Iorque, pressionando as ações de cotadas em Wall Street que operam em prestação de serviços de saúde e seguradoras do ramo nos EUA.

De acordo com o site Business Insider, fonte da Amazon disse que a companhia não comenta “rumores e especulações.” Segundo afirma a gigante do e-commerce, a Amazon Care dedica-se a gerir os planos de benefícios de saúde “dos funcionários da Amazon no estado de Washington.”

A possibilidade de a empresa fundada por Jeff Bezos (CEO da Amazon) encetar incursão no negócio dos seguros e expandir na prestação de cuidados de saúde primários agitou a bolsa, gerando movimentos descendentes nos títulos da Teladoc Health, e de seguradoras de saúde (UnitedHealth Group e Cigna, por exemplo, indicam os dados da operação diária do mercado de capitais). Segundo sustentam analistas, não seria surpreendente ver a Amazon explorar oportunidades na indústria seguradora. Com a Haven, uma venture estabelecida em 2018 (com o banco JP Morgan e a Berkshire Hathaway), a campeã do retalho online já faz percurso paulatino no setor da saúde e farmácia.

Hipóteses de eventual movimento das big tech (como Amazon, Google, Facebook ou Apple) em serviços mais tradicionais são objeto de notícias recorrentes, dada a proximidade e agilidade com que estas companhias operam junto de enormes bases de clientes.

Desde junho, quando inaugurou a primeira, a Amazon Care já abriu mais 3 clínicas (cuidados de saúde primários), todas no Texas e operadas pela Crossover Health, a mesma startup que assegura serviços de saúde aos funcionários da companhia. Prosseguindo meta definida de chegar às 20 unidades, planeia expandir, em 2021, para o Arizona, Michigan e o Kentucky. A diversificação e expansão para a área da saúde parece justificar a alegada ambição de apresentar oferta de seguros de saúde a outras empresas, incluindo soluções de telemedicina com consulta agendada através de app móvel ou, até mesmo, por consultas presenciais marcadas por via digital.

Sendo uma plataforma de distribuição em essência, a Amazon pode replicar a oferta de um produto ou serviço em qualquer lugar e os mercados de elevado potencial segurador são alvo preferencial.

Mercado indiano de seguros é aposta do WhatsApp

Para o apetite de empresas com esta capacidade, a escalabilidade (potencial de crescimento) de um negócio ou mercado é irresistível. Por isso, o WhatsApp decidiu apostar no mercado de banca e seguros da Índia, segundo declarações de responsáveis locais publicadas na imprensa.

Os dirigentes da WhatsApp na Índia assumiram que a plataforma de conversação instantânea está a desenvolver contactos com instituições financeiras locais para distribuir oferta de soluções de crédito e seguros. A notícia reforça os sinais de que as big tech ameaçam concorrer na distribuição de seguros. A empresa controlada pela Facebook Inc. está a explorar alternativas com entidades locais para atacar o potencial de seguros.

Para um mercado como a Índia, a operadora de satélites OneWeb planeia lançar mais de 30 satélites para estarem operacionais em 2022 ao serviço das redes 5G na união indiana.

Os planos da WhatsApp – que conta cerca de 400 milhões de utilizadores no país e, em novembro, obteve aprovação das autoridades para operar a sua plataforma de pagamentos digitais na Índia – passam pela distribuição de seguros de saúde (em parceria com a SBI General) e “micro planos” de reforma em parceria com outras instituições financeiras.

No ramo automóvel, a Amazon começou em julho, a oferecer seguros no mercado indiano. Apoiada numa parceria com a Acko General Insurance, a tecnológica licenciou-se como agente e já distribui cobertura de seguros para motociclos e outros veículos motorizados. A oferta seguradora da Amazon no subcontinente indiano permite que os tomadores paguem os prémios de seguro através de conta pessoal aberta na plataforma de pagamentos Amazon Pay, em cujo balanço também consolida o negócio.

Depois de iniciar a operação de seguros na Índia, a Amazon começou a a ser apontada como “ameaça” concorrencial para as seguradoras automóveis. Poucos meses depois da tecnológica iniciar a operação de seguros na Índia, Ben Carey-Evans, Insurance Analyst na GlobalData, citado no site Reinsurance News, reconhecia que o alcance global da Amazon (como acontece com a Google e a Facebook), poderia eventualmente torna-la uma forte concorrente das incumbentes em todo mundo, com potencial para desviar a ligação que os consumidores têm com as seguradoras tradicionais.

No entanto, de acordo com um inquérito da GlobalData realizado no Reino Unido (“2019 UK Insurance Consumer Survey”) , 62% do universo auscultado no estudo disse que não compraria um seguro através da Amazon. No mesmo sentido, 63% e 66% dos inquiridos também não comprariam seguros, respetivamente, à Google e à Apple.

Interpretando estes dados, Yasha Kuruvilla, também Insurance Analyst na Global Data, referiu que, face a esta relutância dos consumidores em relação às tecnológicas, estabelecer uma parceria com terceiras partes “é a melhor estratégia”, pelo menos, até que sejam entidades reconhecidas nos seguros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fraudes nos seguros estão “mais criativas.” BAE aponta risco nas teleconsultas

  • ECO Seguros
  • 20 Dezembro 2020

A pandemia Covid-19 acelerou a digitalização nos seguros, potenciando também a exposição à fraude e ao risco de ciberataques, coincidem análises da BAE Systems e da consultora Deloitte.

O confinamento devido à Covid-19 propiciou duplicação no número de tentativas de fraude no espaço segurador, com reflexo nos custos de perdas incorridas por esquemas fraudulentos nas participações de sinistros, sustenta BAE Systems, especialista em sistemas de segurança para diversos setores de atividade, em particular defesa e aeronáutica.

Num relatório sobre combate à fraude nos seguros, a empresa britânica avisa que, com a crise da pandemia, os esquemas de fraude revelaram-se “mais criativos”, verificando-se incremento de tentativas de fraude no ramo automóvel, seguro habitação e saúde.

Os autores de fraudes organizadas movem-se com enorme rapidez tentando estar um passo à frente dos sistemas de segurança. Por isso, face ao risco e volume sem precedente de atividade virtual e informação digital resultante da crise sanitária, a BAE questiona se as seguradoras não deveriam assumir uma nova era na investigação às fraudes.

Face à tendência, Dennis Toomey, responsável global de contra fraude, análise e soluções para seguros na BAE, não tem dúvidas: a fraude nos seguros não tira folga e as companhias seguradoras têm razões para se preocuparem ainda mais, desenvolve o especialista num artigo disponível no blogue da empresa.

Toomey adianta que a pandemia acrescentou novas ameaças no espaço dos seguros e exemplifica a área da telemedicina, mais precisamente nas teleconsultas, onde a procura aumentou com as restrições impostas pela Covid, tornando-se terreno fértil para fornecedores de serviços menos escrupulosos. A nova tendência ameaça aumentar a fatura das perdas (que já são significativas) com reclamações fraudulentas contabilizadas na saúde. Nos EUA, as perdas com fraudes (na saúde) são estimadas em 300 mil milhões de dólares por ano, refere a análise da BAE.

Durante uma conferência de quatro dias (Global Insurance Fraud Summit), com dezenas de intervenientes de 28 países, reunindo consórcios de segurança, representantes de reguladores e de seguradoras, a BAE defendeu a necessidade de o setor colaborar e operar em rede para combater a fraude no setor segurador.

Recordando que as principais tendências nos esquemas de fraude sinalizadas anteriormente para o setor se mantêm, o especialista da BAE Systems salientou que, com a Covid-19, as tentativas para enganar as seguradoras com reclamações de roubo de automóveis e sinistros de incêndio aumentaram, e mostram que a fraude se tornou mais “oportunista, mais organizada e premeditada”.

Dennis Toomey voltou a apontar as tendências de fraude já identificadas pela companhia, em março de 2020, mas referiu que o incremento das consultas online e aconselhamento médico em ambiente virtual (telemedicina) introduz novas tendências. Este risco supõe também novas preocupações de regulação, por exemplo ao nível do RGPD, e mais responsabilidade de entidades setoriais e organizações profissionais na fiscalização da idoneidade profissional dos que assumem a prática e procedimentos clínicos veiculados através dos serviços virtuais.

Reforço de competências contra fraudes é prioridade para 2021, diz inquérito Deloitte

Quanto maior for frequência dos desvios, maior o dano reputacional sobre as seguradoras que oferecem soluções automatizadas de telemedicina.

Igualmente, um dos capítulos de extenso relatório em que a Deloitte perspetiva a evolução dos seguros em 2021, a consultora nota que a pandemia aumentou o volume de participações recebidas online com origem fontes remotas. Neste contexto de interação virtual aumentada nas participações de sinistros, um inquérito global do departamento de serviços financeiros da Deloitte indica que o reforço de competências para combater as reclamações fraudulentas surge como a 6ª maior prioridade das seguradoras para 2021.

De acordo com o “2021 Insurance Outlook” traçado pela empresa de auditora e consultoria financeira, de um total de 200 executivos de companhias seguradoras (EUA, Europa e Ásia-Pacífico), ligados a diversas estruturas funcionais de companhias do setor, 48% dos inquiridos no estudo assumiu que pandemia exacerbou o nível de impreparação em que a (sua) organização se encontrava para lidar com a tormenta económica em que o mundo agora navega.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ageas Pensões distinguida “Melhor Fundo de Pensões” em Portugal

  • ECO Seguros
  • 20 Dezembro 2020

Entre 15 premiadas, para igual número de países e regiões, a Ageas Pensões foi a gestora portuguesa de fundos de pensões distinguida nos “IPE 2020 Awards”.

A Ageas Pensões foi distinguida com o prémio de “Melhor Fundo de Pensões de Portugal”, anunciou a sociedade gestora de pensões do grupo Ageas Portugal. Líder de mercado com os Fundos de Pensões Abertos “Horizonte”, a Ageas Pensões “soma quatro anos consecutivos” a conquistar prémios da publicação internacional especializada Investment & Pensions Europe (IPE), anunciou a Ageas Pensões.

O júri da IPE “foi mais uma vez unânime na distinção dos atributos” dos Fundos de Pensões da Ageas Pensões: “Através de uma política de investimento sustentável, apresenta aos seus Clientes uma solução atrativa e transparente”, salienta sociedade gestora do grupo Ageas.

Citando em comunicado, Valdemar Duarte, Diretor Geral da Ageas Pensões (Ageas SGFP), refere: “Os Fundos de Pensões Abertos Horizonte são um produto com mais de 20 anos de existência, com uma posição de destaque no mercado e utilizados quase exclusivamente para a gestão de planos de pensões ocupacionais. Anos mais tarde continuarmos a ser premiados, e por uma publicação tão prestigiada deixa-nos orgulhosos da estratégia e da excelência do serviço que prestamos aos nossos Clientes.”

Segundo dados da ASF, organismo nacional de Supervisão, a Ageas SGFP manteve-se líder do mercado, em 2019, por volume total de montantes geridos em fundos de pensões (perto de 6 000 milhões de euros), detendo uma quota correspondente a mais de 27% do mercado.

Os IPE Awards de 2020 (Country & Regional) reconheceram os 14 melhores por país (Ageas Pensões foi a premiada em Portugal) e um pela região Central & Eastern European (CEE). O PensionDenmark, um dos 50 maiores fundos de pensões da Europa, foi distinguido pelo júri da IPE como o melhor do ano na Europa (“European Pension Fundo of the Year”).

Os fundos de pensões “são patrimónios autónomos destinados exclusivamente ao financiamento de planos de pensões e constituem um conjunto de ativos cujo único objetivo é proporcionar o pagamento futuro dos benefícios previstos no respetivo plano”, explica a entidade dirigida por Valdemar Duarte.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Qual o preço de uma refeição Michelin em Portugal?

Estes restaurantes são considerados o topo da restauração, com preços muitas vezes inatingíveis. Os menus de degustação passam, muitas vezes, as centenas de euros.

Na passada segunda-feira, dois novos restaurantes portugueses conquistaram as suas primeiras estrelas Michelin, havendo agora um total de 28 restaurantes no guia da elite gastronómica. Estes restaurantes são considerados o topo da restauração, com preços muitas vezes inatingíveis. Quanto custa, afinal, ir a um restaurante com estrela Michelin em Portugal?

O Eneko Lisboa foi um dos premiados na noite de segunda-feira. O restaurante, de Eneko Atxa, tem como chefe residente Lucas Bernardes e situa-se no antigo Alcântara Café. Nele temos dois menus de degustação à escolha: Erroak e Adarrak.

O primeiro menu tem um custo de 110 euros e conta com três entradas, seis pratos principais e duas sobremesas. Já o segundo menu tem um custo de 125 euros, com mais um prato principal que o primeiro. Erroak e Adarrak encarecem se escolher harmonização de vinho, passando a 185 e 210 euros respetivamente.

O restaurante não está, de momento, aberto. Porém, o gabinete de comunicação do Eneko disse ao Público que o restaurante deverá reabrir a 3 de março.

O 100 Maneiras de Ljubomir Stanisic, no Bairro Alto, também ganhou a sua primeira estrela Michelin. Encontramos, igualmente, menus de degustação. Estes situam-se entre os 90 e os 125 euros. Há ainda um menu especial para a passagem de ano, com um custo de 250 euros.

Contudo, pode-se experimentar a cozinha de Ljubomir também no Bistro 100 Maneiras, onde pode comer à carta. Aqui os pratos principais vão dos 21 aos 49 euros (este último, para duas pessoas). Também no ano novo poderá experimentar vários pratos no Bistro, pelo valor de 190 euros.

Para fazer face às dificuldades económicas provocadas pela pandemia de Covid-19, o 100 Maneiras lançou o “100 Maneiras 2 GO”, um serviço take away. Neste serviço o prato mais caro tem um custo de 22 euros.

E nos restaurantes com duas estrelas Michelin?

Este ano nenhum restaurante português levou para a casa a segunda estrela Michelin. Porém, no país são já sete os restaurantes premiados duplamente: Casa de Chá da Boa Nova de Rui Paula, em Leça da Palmeira; The Yeatman de Ricardo Costa, em Vila Nova de Gaia; Alma de Henrique Sá Pessoa, em Lisboa; Belcanto de José Avillez, em Lisboa; Ocean de Hans Neuner, em Alporchinhos; Vila Joya de Dieter Koschina, em Albufeira; e Il Gallo d’Oro de Benoît Sinthon, no Funchal.

No Vila Joya, segundo o Guia Michelin disponível online, os preços situam-se entre os 110 e os 195 euros. O restaurante encontra-se encerrado até à primavera do próximo ano, de acordo com informação disponibilizada no site.

No Casa de Chá da Boa Nova os menus de degustação custam entre 90 e 190 euros. Mas o restaurante de Rui Paula tem também uma opção à carta, em que o prato mais caro é 45 euros. Também o The Yeatman conta com um menu de degustação sazonal fixo, com oito a 10 pratos, com o valor de 170 euros por pessoa.

Os menus de degustação são prática habitual nestes restaurantes. No espaço de Sá Pessoa, estes menus têm um custo entre os 75 e os 120 euros. Já no restaurante de Avillez os preços variam entre os 165 e os 185 euros. Em ambos os restaurantes pode-se também comer à carta. No primeiro o prato principal mais dispendioso tem um custo de 40 euros e no segundo todos os pratos principais têm um valor de 49,50 euros.

Os restaurantes com os menus de degustação com valores mais elevados encontram-se em Alporcinhos e no Funchal. No Ocean tem um custo de 195 euros. Já no Il Gallo d’Oro, os menus de degustação custam entre 130 e 245 euros. Este último tem também a opção a la carte, onde o prato mais caro é 69,50 euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal tem muito mais Lisboa quando visto pelo PIB

Todos conhecemos o mapa territorial de Portugal, mas a distribuição das regiões muda bastante se organizadas pela população residente ou pelo PIB. Veja aqui como.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) decidiu fazer uma distorção ao mapa territorial para mostrar as diferenças entre território, população residente e PIB. Os mapas distorcidos mostram o peso populacional e económico da zona da capital e envolvente, de forma totalmente desproporcional face à sua dimensão.

“As figuras seguintes ilustram uma possível distorção das regiões NUTS II do país, através da sua dimensão demográfica e económica”, explicou o gabinete de estatísticas no destaque, referindo que “estes mapas distorcidos, salientam a assimetria regional da distribuição da população e de geração do PIB, evidenciando o peso da Área Metropolitana de Lisboa quando se tem por referência o nível do PIB“.

Estes resultados têm como base os dados de 2019, tanto para o Produto Interno Bruto regional como para a população residente em cada região.

No ano passado, as regiões que mais cresceram foram Lisboa (+2,6%), Algarve (+2,6%) e Açores (+2,4%) graças ao turismo. Já o Alentejo, que é achatado neste mapa nestas duas óticas, viu o PIB a crescer apenas 0,6%, bem abaixo da média nacional de 2,2%.

Os dados do INE relativos a 2019 mostram que Lisboa continua a “ter” a maior fatia do PIB, com 36%, seguindo-se o Norte com 29,7% e o Centro com 18,8%. As restantes regiões ficam abaixo dos 10%: Alentejo com 6,3%, Algarve com 4,8%, Madeira com 2,4% e os Açores com 2,1%.

Apesar destas diferenças significativas, o INE conclui, com base na análise dos dados do PIB per capita regional e produtividade, que “o grau de coesão no país tem vindo a aumentar, mais intensamente em termos de produtividade”.

O mesmo se pode dizer quando comparado com a média europeia: “A disparidade observada em Portugal é das menores no conjunto dos países da UE28 com mais que uma região NUTS II, variando entre 66% da média da UE28 na região Norte e 101% da média na região da Área Metropolitana de Lisboa”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

5 respostas sobre a nova variante que assusta a Europa

  • ECO
  • 20 Dezembro 2020

Transmite-se mais facilmente do que a estirpe comum e está a obrigar vários governos europeus a suspender as ligações com o Reino Unido, onde foi identificada.

A nova estirpe da Sars-Cov-2, o novo coronavírus, que foi identificada em Inglaterra, será até 70% mais contagiosa do que a comum, mas ainda não há muita informação sobre as suas implicações. Por causa do disparo nos contágios, o sudeste de Inglaterra e Londres entraram em novo confinamento. E vários Governos europeus estão a suspender as ligações com o Reino Unido para evitar que a nova variante se espalhe nos seus países.

O que é?

A nova estirpe do Sars-Cov-2 é designada temporariamente por VUI 202012/01, tratando-se de uma Variante Sob Investigação (Variant Under Investigation) que foi descoberta no início de dezembro de 2020.

De acordo com as autoridades britânicas, esta nova variante será até 70% mais contagiosa do que a mais comum na Europa. Embora seja mais facilmente transmissível, não há provas de que seja mais letal ou provoque danos de saúde mais sérios do que a estirpe mais comum.

Onde já foi identificada?

Foi identificada em Londres e no sudeste de Inglaterra. Não se estabeleceu ainda uma ligação direta entre a nova estirpe e o aumento de casos nestas regiões que entraram em novo confinamento. O Governo britânico disse que a situação estava descontrolada naquelas partes do território inglês.

A nova variante do coronavírus pode já ter infetado cidadãos de vários países europeus, segundo afirmou o professor de fármaco-epidemiologia da Universidade de Oxford Daniel Prieto-Alhambra. Em entrevista à rádio RAC1, explicou que há um mês que se fala no meio científico sobre uma possível mutação do vírus, que agora seria mais contagiosa, alteração essa que teria sido detetada em vários países europeus.

O especialista considera que ainda é muito cedo para perceber se esta mutação é a causa do aumento repentino de casos em Londres, Alemanha, Itália ou Espanha, embora tenha avançado que é quase certo que já está presente em vários países europeus.

Em Portugal ainda não tinha sido identificada, até ao momento, esta nova estirpe do Sars-Cov-2, segundo o Instituto Ricardo Jorge.

Afeta a eficácia das vacinas da Covid?

O virologista Pedro Simas, do Instituto de Medicina Molecular de Lisboa, considerou ser “pouco provável” que a nova estirpe do coronavírus responsável pela covid-19 tenha “impacto gigantesco” na vacina.

“Temos de aguardar e estar atentos, não é expectável que tenha um impacto gigantesco”, mas “é muito precoce estar a especular em relação a isso”, disse à Lusa Pedro Simas.

O que estão a fazer os países?

Vários países estão a suspender as ligações com o Reino Unido, tal como os Países Baixos, que foram o primeiro país a anunciar a suspensão dos voos. Seguiram-se Bélgica e Itália, sendo que a Alemanha está a ponderar “seriamente” seguir a mesma decisão. Irlanda, Áustria e Bulgária também já se juntaram à lista de países que vão impor restrições nas ligações com o Reino Unido.

Paris, Berlim e a União Europeia realizaram este domingo uma reunião de emergência para analisar a nova situação provocada pela variante do novo coronavírus detetada no sul de Inglaterra.

Por outro lado, a OMS apelou aos seus membros na Europa para “reforçarem os controlos” por causa da variante do novo coronavírus no Reino Unido.

E Portugal?

Ainda não tinha sido identificada, até ao momento, esta nova estirpe do Sars-Cov-2. Em relação à suspensão das ligações com o Reino Unido, o Ministério dos Negócios Estrangeiros afastou, para já, esse cenário.

O ministério apenas disse que está a acompanhar “com atenção a evolução da situação epidemiológica do Reino Unido, privilegiando a cooperação estreita entre as autoridades de saúde dos dois países”.

(Notícia atualizada às 18h05)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal não identificou ainda a nova estirpe do Reino Unido

  • Lusa
  • 20 Dezembro 2020

Em Portugal não foi identificada, até ao momento, a nova estirpe do SARS-CoV-2 que apareceu no Reino Unido e que as autoridades britânicas referem ser “mais facilmente transmissível”.

Em Portugal não foi identificada, até ao momento, a nova estirpe do SARS-CoV-2 que apareceu no Reino Unido e que as autoridades britânicas referem ser “mais facilmente transmissível”, disse fonte oficial do Instituto Ricardo Jorge.

“O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) tem vindo a desenvolver, desde o passado mês de abril, um estudo de âmbito nacional sobre a variabiliade genética do SARS-CoV-2 em Portugal, através da análise do genoma deste novo coronavírus. De acordo com os resultados obtidos até ao momento, ainda não foi identificada em Portugal a nova variante genética detetada a circular numa região do Reino Unido“, avançou à agência Lusa fonte do gabinete de imprensa do INSA.

Fonte do gabinete de imprensa do INSA recordou que o “estudo tem como objetivo principal determinar os perfis mutacionais do SARS-CoV-2 para identificação e monitorização de cadeias de transmissão do novo coronavírus, bem como identificação de novas introduções do vírus em Portugal”.

As autoridades britânicas alertaram a Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a descoberta da nova variante do SARS-CoV-2, que é mais facilmente transmissível, embora não haja provas de que seja mais letal ou que possa ter impacto na eficácia das vacinas desenvolvidas.

O Reino Unido está na lista dos 10 países mais afetados pela pandemia, ao somar mais de dois milhões de casos de infeção e 67.075 mortes.

Fonte do gabinete do Ministério dos Negócios Estrangeiros português anunciou hoje que Portugal segue “com atenção” a evolução da situação epidemiológica no Reino Unido e está a privilegiar a “cooperação estreita” entre as autoridades de saúde dos dois países.

Os Países Baixos, a Bélgica e a Itália já suspenderam ligações aéreas com o Reino Unido.

Em Bruxelas, o primeiro-ministro belga, Alexander de Croo, indicou à cadeia de televisão VRT que a suspensão começa hoje às 24:00 locais (23:00 em Lisboa) e será pelo menos de 24 horas, podendo, porém, ser prolongada.

Por outro lado, um comunicado do Ministério da Saúde holandês recomenda que qualquer introdução desta variante do vírus proveniente do Reino Unido seja limitada tanto quanto possível, “limitando e/ou controlando o movimento de passageiros do Reino Unido”.

Em Berlim, fonte do Ministério da Saúde alemão indicou que o Governo está a encarar “seriamente” a suspensão dos voos provenientes do Reino Unido e ainda da África do Sul, o país africano com maior número de infeções.

As restrições do tráfego aéreo proveniente do Reino Unido e da África do Sul “são uma séria opção” que está a ser analisada por Berlim, acrescentou a fonte.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.685.785 mortos resultantes de mais de 76,2 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 6.134 pessoas dos 374.121 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

UE pressiona Reino Unido para “acordo justo” nas últimas horas de negociações

  • Lusa
  • 20 Dezembro 2020

“A UE continua empenhada num acordo justo, recíproco e equilibrado. Respeitamos a soberania do Reino Unido. E esperamos o mesmo”, vincou Michel Barnier nas redes sociais.

O negociador-chefe da União Europeia (UE) para pós-Brexit, Michel Barnier, pressionou este domingo o Reino Unido para “um acordo justo, recíproco e equilibrado”, uma das últimas tentativas de consenso, numa altura em que se aproxima o fim das negociações.

“A UE continua empenhada num acordo justo, recíproco e equilibrado. Respeitamos a soberania do Reino Unido. E esperamos o mesmo”, vincou Michel Barnier numa publicação na sua conta oficial da rede social Twitter.

Destacando que este é um “momento crucial para as negociações”, o negociador-chefe da UE garantiu que continua a “trabalhar arduamente” com o seu homólogo britânico, David Frost, mesmo depois de o Parlamento Europeu ter dado o dia de hoje como prazo final para as discussões, o que a Comissão Europeia rejeitou.

“Tanto a UE como o Reino Unido devem ter o direito de estabelecer as suas próprias leis e controlar as suas próprias águas. E ambos devemos ser capazes de agir quando os nossos interesses estão em jogo”, adiantou Michel Barnier na mesma publicação.

Na quinta-feira, o Parlamento Europeu definiu este domingo como a data limite para um acordo pós-Brexit entre o Reino Unido e a União Europeia, sob pena de não ratificar o entendimento antes do fim do período de transição.

Para que um eventual acordo comercial possa ser implementado, é necessária a ratificação da assembleia europeia.

Porém, esta data foi rejeitada pela Comissão Europeia, que na sexta-feira assegurou não existir uma hora marcada para o encerramento das negociações entre Bruxelas e Londres.

“Não há um fim previsto” para o fim das tentativas para que haja um acordo comercial negociado e que possa vigorar a partir de 01 de janeiro próximo, garantiu o porta-voz da Comissão Europeia, Eric Mamer, na conferência de imprensa diária do executivo comunitário.

Também na sexta-feira, o Parlamento Europeu aprovou os planos de contingência propostos pela Comissão Europeia, nomeadamente para as pescas, antecipando a eventualidade de um falhanço nas negociações entre a UE e o Reino Unido sobre as relações pós-Brexit.

No que respeita às pescas – o plano, que foi já adotado pelo Conselho da UE – prevê que as frotas pesqueiras da UE continuem a ter acesso às águas do Reino Unido (e vice-versa) a partir de 01 de janeiro de 2021 e até ser concluído um acordo entre Bruxelas e Londres para o setor.

Os eurodeputados aprovaram ainda medidas de contingência temporárias, válidas por seis meses, para que, caso o resultado das negociações seja a ausência de acordo (cenário de no-deal), sejam mantidas as ligações aéreas fundamentais, a segurança aérea e as ligações terrestres fundamentais, assegurando o transporte rodoviário de mercadorias e passageiros.

O Reino Unido abandonou a UE a 31 de janeiro, tendo entrado em vigor medidas transitórias que caducam em 31 de dezembro.

Na ausência de um acordo, as relações económicas e comerciais entre o Reino Unido e a UE passam a ser regidas pelas regras da Organização Mundial do Comércio e com a aplicação de taxas aduaneiras e quotas de importação, para além de mais controlos alfandegários e regulatórios.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Nova estirpe obriga a reunião entre Paris, Berlim e UE. OMS apela à Europa para “reforçar os controlos”

  • Lusa e ECO
  • 20 Dezembro 2020

A nova estirpe de covid-19 detetada no sul de Inglaterra obrigou a uma reunião online entre a França, Alemanha e União Europeia. OMS apela à Europa para "reforçar os controlos".

A nova estirpe de covid-19 detetada no sul de Inglaterra obrigou a uma reunião online entre a França, Alemanha e União Europeia (UE), sobretudo depois de vários países europeus terem suspendido os voos oriundos do Reino Unido.

Segundo um comunicado da Presidência francesa, a reunião contou com a participação do chefe de Estado da França, Emmanuel Macron, da chanceler da Alemanha, Angela Merkel e da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, sem que tenham sido ainda anunciados resultados.

Os três líderes europeus analisaram a nova situação provocada pela variante do novo coronavírus detetada no sul de Inglaterra, depois de os Países Baixos, Bélgica e, mais tarde, Itália, terem anunciado a suspensão dos voos e transportes marítimos provenientes do Reino Unido.

A Alemanha, por seu lado, através de um comunicado divulgado a meio da manhã pelo Ministério da Saúde, indicou que estava a analisar “seriamente” a mesma intenção.

Tal como Portugal, em que uma fonte do Ministério dos negócios estrangeiros disse hoje à Lusa estar a aguardar por uma posição por parte da UE, a Espanha foi mais longe, e pediu a Bruxelas uma resposta comunitária coordenada para proibir o tráfego aéreo com o Reino Unido, evitando-se uma medida “unilateral”.

OMS apela à Europa para “reforçar os controlos”

Entretanto, a Organização Mundial de Saúde (OMS) apelou aos seus membros na Europa para “reforçarem os controlos” por causa da variante do novo coronavírus no Reino Unido, disse à agência AFP o porta-voz da OMS para a Europa.

De acordo com a OMS, fora do território britânico foi reportado um número reduzido de casos, nove na Dinamarca, assim como um caso na Holanda e na Austrália.

Além disso, a OMS recomendou aos seus membros para que “aumentem as suas capacidades de sequenciação” do vírus, antes de saberem mais sobre os riscos colocados por esta variante.

Países suspendem voos com Reino Unido

Antes, Itália juntou-se aos Países Baixos e à Bélgica na “unilateralidade” da medida e suspendeu os voos procedentes do Reino Unido para “proteger” a população italiana da nova estirpe de covid-19, mas não adiantou a partir de quando irá vigorar a medida.

Segundo relatos da imprensa italiana, hoje está prevista a chegada a Itália de cerca de duas dezenas e meia de voos oriundos do Reino Unido, onde residem mais de 327 mil cidadãos italianos – dados oficiosos apontam para cerca de 700 mil.

Em Bruxelas, o primeiro-ministro belga, Alexander de Croo, indicou à cadeia de televisão VRT que a suspensão será pelo menos de 24 horas, podendo, porém, ser prolongada, e que começa às 23h00 de hoje.

Em Berlim, fonte do Ministério da Saúde alemão indicou que o Governo está a encarar “seriamente” a suspensão dos voos provenientes do Reino Unido e ainda da África do Sul, o país africano com maior número de infeções, podendo juntar-se também aos Países Baixos cuja decisão foi igualmente tomada hoje e que se prolonga até 01 de janeiro.

As restrições do tráfego aéreo proveniente do Reino Unido e da África do Sul “são uma séria opção” que está a ser analisada por Berlim, acrescentou a fonte.

Nos Países Baixos, um comunicado do Ministério da Saúde holandês recomenda que qualquer introdução desta variante do vírus proveniente do Reino Unido seja limitada tanto quanto possível, “limitando e/ou controlando o movimento de passageiros do Reino Unido”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal regista mais 71 mortes e 3.334 novos casos de Covid

Autoridades identificaram 3.334 novas infeções nas últimas 24 horas. Morreram ainda 71 pessoas, aumentando para 6.134 o número total de vítimas mortais desde o início da pandemia.

As autoridades de saúde detetaram mais 3.334 casos de infeção pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas. O último balanço da Direção-Geral de Saúde dá conta ainda de mais 71 mortes, aumentando para 6.134 o número total de vítimas mortais desde o início da pandemia no país.

Dos 374.121 casos confirmados desde março, 70.754 estão atualmente ativos, depois de mais 2.419 pessoas terem recuperado no último dia, de acordo com o boletim epidemiológico deste domingo, dia 20 de dezembro. Registou-se um aumento de 844 casos ativos face ao balanço de sábado.

Com a maioria das infeções a recuperar em casa, há, porém, 3.027 internados, mais 54 do que ontem. Destes internamentos, 483 doentes dizem respeito a casos mais graves e que estão a ser tratados em unidades de cuidados intensivos.

Na região Norte, a mais afetada pela pandemia, contabilizou 1.505 novos casos e 25 óbitos. Na região de Lisboa e Vale do Tejo, há mais 979 casos e 22 mortos.

O Centro é a terceira região do país mais afetada, tendo registado 543 novos casos e 21 vítimas mortais nas últimas 24 horas. No Alentejo, as autoridades de saúde contaram mais 206 infeções e duas mortes. Com uma morte, o Algarve tem mais 63 casos. Os Açores e a Madeira não registaram qualquer vítima mortal, mas têm mais casos: sete e 31, respetivamente.

É esta a evolução da pandemia no país em vésperas do período de Natal e Ano Novo e antes do início da vacinação contra a Covid-19, que deverá começar no dia 27.

(Notícia atualizada às 14h30)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Novas regras e mão pesada. Como a UE quer domar as “Big Tech”

A Comissão Europeia apresentou esta semana nova regulamentação abrangente para regrar e travar o domínio das grandes empresas de tecnologia. Saiba o que muda em linhas gerais.

A Comissão Europeia apresentou uma reforma “ambiciosa” e “abrangente” das regras que se aplicam ao mundo digital. Para além de um novo enquadramento legal para os serviços digitais, as grandes empresas de tecnologia com controlo do mercado arriscam multas de até 10% do respetivo volume de negócios global.

Ainda que sem as mencionar diretamente, Bruxelas considera que as empresas como Google, Facebook e Amazon operam sob regras já antigas, desatualizadas e que não fazem o suficiente para garantir a proteção dos cidadãos europeus. A Comissão quer ainda mais transparência, podendo obrigar estes grupos a revelarem mais detalhes sobre o funcionamento dos seus algoritmos.

Em causa estão dois atos legislativos, designados Digital Services Act e Digital Markets Act. O primeiro assenta na lógica de que o que é ilegal no mundo físico também o deve ser no mundo digital. O segundo aplica-se especificamente aos grandes grupos dominantes no mercado tecnológico, podendo ser impostos remédios para assegurar que empresas mais pequenas também podem competir com as grandes.

A vice-presidente executiva da Comissão Europeia Margrethe Vestager e o comissário Thierry Breton, os principais responsáveis por estes pacotes de legislação, foram os primeiros a admitir que o tema é complexo. Com base nas perguntas e respostas publicadas por Bruxelas, o ECO preparou uma breve síntese da forma como a Comissão pretende domar estas gigantes do mundo digital.

Bruxelas faz mira ao discurso de ódio

Se aprovada, a nova regulamentação sobre os serviços digitais aplicar-se-á de forma transversal na União Europeia, mas com um enfoque especial sobre as grandes plataformas de tecnologia, isto é, aquelas que tenham mais de 45 milhões de utilizadores (10% da população do bloco). Por exemplo:

  • Uma empresa como o Facebook será obrigada a tomar medidas para remover o discurso de ódio na sua plataforma, ou outro tipo de conteúdos ilícitos. Deve ainda garantir que os utilizadores podem recorrer das suas decisões.
  • Uma empresa como a Amazon terá de aplicar verificações mais apertadas sobre os comerciantes que vendem produtos na sua plataforma, garantindo que não são comercializados artigos ilegais ou produtos contrafeitos.
  • Uma empresa como a Google terá de informar os utilizadores sobre o funcionamento dos seus algoritmos e o porquê de lhes apresentar um determinado conteúdo (como um anúncio) em detrimento de outro.

“No caso das plataformas de muito grande dimensão, a Comissão terá poderes de supervisão direta e poderá, nos casos mais graves, aplicar multas até 6% do volume de negócios global de um prestador de serviços”, explica Bruxelas em comunicado. No entanto, a Comissão poderá também “exigir medidas imediatas” a estas empresas.

Para as “plataformas desonestas”, a Comissão reserva ainda medidas mais pesadas. “Será possível, como último recurso, solicitar a um tribunal a suspensão temporária do seu serviço, após a participação de todas as partes interessadas”, indica ainda a Comissão.

Bruxelas quer nivelar as regras do jogo

Quanto ao pacote específico sobre os mercados digitais, a Comissão Europeia pretende com esta legislação meter um ponto final nas práticas “desonestas” e lesivas da concorrência, criando condições no mercado para mais alternativas e maior inovação. Por isso, este ato legislativo foca-se apenas nas plataformas designadas “guardiões de acesso” ao mercado.

Uma vez mais, esta categorização recai, sobretudo, sobre as gigantes tecnológicas mais conhecidas, como Google, Amazon, Facebook, Apple, Microsoft e outras. Por exemplo, ao abrigo da proposta da Comissão:

  • Uma empresa como o Facebook será obrigada, em determinadas situações, a permitir que terceiros “possam interoperar” com os seus serviços.
  • Uma empresa como a Amazon terá de dar acesso aos seus comerciantes aos dados gerados pelas suas atividades na plataforma.
  • Uma empresa como a Google terá de facultar aos seus anunciantes ferramentas de medição de desempenho e as informações necessárias para que os seus editores “efetuem a sua própria verificação independente dos anúncios alojados”.

Violações a estas regras abrem a porta a sanções ainda mais pesadas. “Se um guardião não cumprir as regras, a Comissão pode aplicar coimas até 10% do volume de negócios anual total da empresa a nível mundial e sanções pecuniárias compulsórias até 5% do volume de negócios anual total da empresa a nível mundial”, refere a Comissão.

“Em caso de infrações sistemáticas, a Comissão pode impor medidas corretivas adicionais”, tais como a “obrigação de venda de unidades, ativos, direitos de propriedade intelectual ou marcas”, conclui a Comissão Europeia.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal segue com atenção evolução epidemiológica no Reino Unido

  • Lusa
  • 20 Dezembro 2020

Portugal segue “com atenção” a evolução da situação epidemiológica no Reino Unido e está a privilegiar a “cooperação estreita” entre as autoridades de saúde dos dois países, diz o Governo.

Portugal segue “com atenção” a evolução da situação epidemiológica no Reino Unido e está a privilegiar a “cooperação estreita” entre as autoridades de saúde dos dois países, indicou à agência Lusa fonte oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

A fonte do gabinete do ministério respondia à questão colocada pela Lusa sobre se Portugal pensa seguir o exemplo dos Países Baixos e da Bélgica, bem como possivelmente da Alemanha, de suspender os voos provenientes do Reino Unido, após a descoberta de uma nova estirpe de covid-19 no sul de Inglaterra.

É conhecida a posição portuguesa de privilegiar as medidas de proteção tomadas universalmente, em vez de restringir em demasia as possibilidades de circulação de pessoas que tem de viajar por razões essenciais (profissionais, por reunião familiar, etc)”, indicou a fonte do ministério tutelado por Augusto Santos Silva.

“Mas seguiremos com atenção a evolução da situação epidemiológica do Reino Unido, privilegiando a cooperação estreita entre as autoridades de saúde dos dois países”, acrescentou.

Hoje, a Bélgica e os Países Baixos anunciaram a suspensão das ligações aéreas e marítimas provenientes do Reino Unido, enquanto a Alemanha está a encarar “seriamente” essa possibilidade.

Em Bruxelas, o primeiro-ministro belga, Alexander de Croo, indicou à cadeia de televisão VRT que a suspensão começa hoje às 24h00 locais (23:00 em Lisboa) e será pelo menos de 24 horas, podendo, porém, ser prolongada.

Por outro lado, um comunicado do Ministério da Saúde holandês recomenda que qualquer introdução desta variante do vírus proveniente do Reino Unido seja limitada tanto quanto possível, “limitando e/ou controlando o movimento de passageiros do Reino Unido”.

Em Berlim, fonte do Ministério da Saúde alemão indicou que o Governo está a encarar “seriamente” a suspensão dos voos provenientes do Reino Unido e ainda da África do Sul, o país africano com maior número de infeções.

As restrições do tráfego aéreo proveniente do Reino Unido e da África do Sul “são uma séria opção” que está a ser analisada por Berlim, acrescentou a fonte.

As autoridades britânicas já alertaram a Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a descoberta da nova variante do SARS-CoV-2, que é mais facilmente transmissível embora não haja provas de que seja mais letal ou que possa ter impacto na eficácia das vacinas desenvolvidas.

O Reino Unido está na lista dos 10 países mais afetados pela pandemia, ao somar mais de dois milhões de casos de infeção e 67.075 mortes.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.675.362 mortos resultantes de mais de 75,6 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.