Goldman Sachs e fundos internacionais avançam com novas ações em tribunal contra Portugal

Em causa está um financiamento de 835 milhões de dólares de um veículo montado pelo banco americano e que foi transferido para o BES mau na sequência a resolução do Banco de Portugal.

O Goldman Sachs e mais de uma dezena de fundos internacionais, entre eles o Elliott International, do investidor Paul Singer (o conhecido “abutre” da Argentina), colocaram esta semana novas ações no tribunal português no âmbito da queda do BES, em 2014. Desta feita, o alvo é a República portuguesa. O processo não é novo e estas ações já eram esperadas. Em causa está um financiamento de 835 milhões de dólares feito por vários investidores ao BES através de um veículo montado pelo banco americano (a Oak Finance) e que foi transferido para o banco mau na sequência da resolução do Banco de Portugal.

Na prática, com aquela decisão de transferir o empréstimo da Oak Finance para o BES “mau”, o Banco de Portugal praticamente eliminou qualquer possibilidade de aqueles investidores reaverem o dinheiro aplicado.

Face a essa medida, este grupo de investidores e o próprio Goldman Sachs (em nome dos clientes) avançaram para os tribunais internacionais no sentido de serem reembolsados.

Já há processos contra o Banco de Portugal e Novo Banco. Agora, no início desta semana, o processo teve novo desenvolvimento. Este grupo de investidores internacionais deu entrada com as duas ações administrativas no Tribunal Administrativo de Lisboa, tendo como alvo a República portuguesa.

Uma delas foi apresentada por 11 investidores (os clientes do Goldman Sachs): Olifant Fund, FFI Fund, Elliott International, Suffolk (Mauritius) Limited, The Liverpool Limited Partnership, Mansfield (Mauritius) Limited, GL Europe Luxembourg, Silver Point Luxembourg, Silverpoint Mauritius, TDC Pensionskasse e FYI.

A outra foi avançada pelo próprio banco de investimento norte-americano e tem o valor de 292 milhões de euros (222 milhões de dólares).

Ao que o ECO apurou, este grupo de investidores questiona a forma como foi feita transposição da lei europeia da resolução para a lei nacional, em 2014, e é nesse sentido que o Estado português, enquanto legislador, é visado nestas duas ações. O banco americano contesta a “regra dos 2%” relativa às participações qualificadas. Foi essa a razão pela qual o Banco de Portugal transferiu o empréstimo de 835 milhões de dólares para o banco mau, mas o Goldman Sachs considera ter atuado em nome de outros investidores.

O ECO contactou o Goldman Sachs, mas não obteve uma resposta até à publicação do artigo.

Estas ações foram colocadas numa semana em que o Banco de Portugal sofreu uma derrota também no caso BES, embora num processo diferente. O Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão absolveu esta terça-feira a KPMG e outros cincos responsáveis da auditora no caso BES Angola. Com isso, anulou a coima de quase cinco milhões de euros aplicada pelo supervisor em abril do ano passado. O Banco de Portugal diz estar a analisar a decisão do tribunal para avaliar “eventual recurso”.

O caso Oak Finance

A Oak Finance foi um veículo criado pelo Goldman Sachs que emprestou 835 milhões de dólares ao BES pouco tempo antes do colapso do banco, em 2014.

Embora montado pelo Goldman Sachs, este veículo foi financiado por outras entidades, incluindo o fundo de pensões da Nova Zelândia e o conhecido investidor Paul Singer.

Em julho de 2018, o Supremo Tribunal britânico decidiu que o caso devia ser decidido em Portugal, e não em Londres, como pretendiam os fundos. A decisão foi considerada uma vitória para o Banco de Portugal, na medida em que aumenta a probabilidade de o processo que ficou conhecido com o “caso Oak Finance” ter um desfecho favorável e não venha a aumentar a fatura da resolução do BES para o Fundo de Resolução nacional.

Na ação colocada nos tribunais britânicos, estes investidores internacionais consideraram ilegal a decisão do Banco de Portugal de transferir este crédito do Novo Banco para o banco mau do BES.

Do lado do supervisor português, a decisão de transferir este financiamento para o BES mau baseou-se no facto de “haver razões sérias e fundadas para considerar que a Oak Finance atuara (…) por conta do Goldman Sachs International, e que esta entidade detivera uma participação superior a 2% do capital do BES”. O que, à luz das regras da resolução, obrigava à inclusão do financiamento do Goldman Sachs no banco mau.

O Goldman Sachs contestou este entendimento e argumentou que a lei só foi transposta em agosto de 2014, enquanto deixou de ter posição qualificada em julho, rejeitando que seja aplicada a retroatividade da lei.

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Produção automóvel em Portugal cai 22% até novembro

  • Lusa
  • 16 Dezembro 2020

A produção automóvel caiu 22% até novembro, em comparação com o mesmo período do ano anterior, para quase 251 mil unidades. Os dados foram avançados pela ACAP.

A produção automóvel caiu 22% de janeiro a novembro, em comparação com o mesmo período do ano anterior, para quase 251 mil unidades, mas melhorou neste último mês, segundo dados da Associação Automóvel de Portugal (ACAP).

“Em termos acumulados, de janeiro a novembro de 2020, registou-se um decréscimo de 22% em comparação com o período homólogo, correspondendo a 250.868 unidades fabricadas em 2020”, indicou, em comunicado, a ACAP.

Só em novembro, foram produzidos 35.454 veículos automóveis ligeiros e pesados, o que se traduz num aumento de 12,9% face ao mesmo mês de 2019.

Por categoria, nos primeiros 11 meses do ano, foram produzidos 201.018 ligeiros de passageiros, menos 23,5% do que no período homólogo, 46.991 comerciais ligeiros (-12,9%) e 2.859 veículos pesados (-42,9%).

Já no que se refere às exportações, que representam 98% da produção em Portugal, a Europa continua a ser o destino líder com 94,2%. Alemanha (20,7%), França (16,6%), Itália (11,3%), Espanha (11%) e o Reino Unido (7,8%) estão no topo desta avaliação.

De janeiro a novembro, a montagem de veículos pesados recuou 78,9%, face a igual período do ano anterior, para 584 unidades. Em novembro, foram montados 26 veículos pesados, um retrocesso de 82,7% em comparação com igual mês de 2019.

Este foi o quarto mês consecutivo em que apenas foram montados veículos pesados de passageiros. No acumulado dos 11 meses do ano, foram exportados 82,2% dos veículos montados em Portugal, o equivalente a 480 unidades.

“Os Estados Unidos da América são o maior destino destas exportações uma vez que recebem 54,8% das exportações”, apontou.

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Sugestão da DGS em transformar ceia em almoço de Natal agita Twitter

  • Tiago Lopes
  • 16 Dezembro 2020

Subdiretor-geral da saúde sugeriu que este ano a tradicional ceia de Natal seja antecipada para um almoço no dia anterior. Conselhos de Rui Portugal tornaram-se virais no Twitter.

A intervenção de Rui Portugal, subdiretor-geral da Saúde, durante a conferência de imprensa desta terça-feira, onde foram apresentadas as 10 recomendações da Direção-Geral da Saúde para os portugueses passarem o Natal em família e em segurança, rapidamente tornou-se viral no Twitter.

Sobre o Natal, o subdiretor-geral da Saúde lembrou que “não é obrigatório que o Natal se comemore, neste país, na ceia de Natal. Pode comemorar-se, por um momento de exceção, num almoço de Natal, na véspera do dia de Natal. Não há nada que o impeça.”

Como exemplo, Rui Portugal contou que a comemoração do aniversário de uma pessoa da sua casa que faz anos num dos dias da quadra é assinalada com um pequeno-almoço. “Nunca se deixou de fazer esta celebração de aniversário por causa das outras festividades”, disse.

A conferência de imprensa do subdiretor-geral da saúde rapidamente se tornou num dos assuntos mais falados no Twitter esta quarta-feira. O utilizador “Insónias em Carvão” montou um vídeo onde lembra a popular personagem “Diácono Remédio”, criada por Herman José no programa “Herman Enciclopédia”.

Outra proposta que não escapou ao olhar crítico dos utilizadores do Twitter foi a sugestão de “visitas rápidas no quintal” com uma troca simbólica de presentes de Natal, “como compotas”.

O economista António Nogueira Leite, em tom irónico, partilhou um vídeo de Rui Portugal na sua conta do Twitter com a legenda “um grande comunicador.”

O utilizador Jomes Banda partilha o momento em que Rui Portugal refere que a comemoração do aniversário de um familiar na altura do Natal é ao pequeno-almoço com a legenda “a personagem mais hilariante do mês.”

Há ainda quem peça o rápido regresso da diretora-geral de Saúde, Graça Freitas, que atualmente está a recuperar da Covid-19.

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Ex-senador espanhol Rodríguez Martín ouvido no “caso Tándem”

  • Servimedia
  • 16 Dezembro 2020

Em investigação estão alegados crimes de suborno, descoberta e revelação de segredos em relação ao chamado projeto Saving.

O antigo senador socialista espanhol Francisco Rodriguez Martin apresenta-se esta quarta-feira perante o juiz do Tribunal Nacional que está a investigar o “caso Tándem”, Manuel García-Castellón, que acusou o ex-político no âmbito da peça separada número 25.

Rodriguez Martin, que foi senador do PSOE para Sevilha durante quatro anos, é ouvido pela sua alegada participação numa missão ao comissário reformado e na prisão provisória José Manuel Villarejo para espionar o antigo dono da empresa de construção Martinsa-Fadesa, Fernando Martin.

Nesta peça separada do “caso Tandem” são investigados alegados crimes de suborno, descoberta e revelação de segredos em relação ao chamado projeto Saving. O resumo que o jornal El Mundo publicou e que a Servimedia conseguiu confirmar através de fontes próximas do caso, revela que o tráfego de chamadas de uma dúzia de pessoas foi ilegalmente analisado e que foram obtidos dados de recenseamento e dados pessoais de terceiros.

Do mesmo modo, o resumo revela que teria sido o comissário Enrique García Castaño, aliás ‘El Gordo’, quem teria recomendado os serviços de José Manuel Villarejo ao ex-senador, bem como os áudios que poderiam atestar a participação de Rodríguez Martín no esquema.

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Nasdaq em recorde à espera de mais apoio da Fed

Banco central deverá anunciar, ao final da tarde, um ajustamento nas medidas de resposta à pandemia. Wall Street segue em alta com a expectativa.

A Reserva Federal norte-americana deverá anunciar, ao final da tarde desta quarta-feira, mais apoio à economia dos EUA e a expectativa está a dar um ânimo cauteloso os investidores em Wall Street. Perante a desaceleração da atividade norte-americana, o banco central liderado por Jerome Powell poderá mudar o discurso, após o encontro de dois dias do Comité de Política Monetária (FOMC).

À espera das declarações de Powell, Wall Street abriram a sessão a negociar em alta. O S&P 500 avança 0,04% para 3.696,25 pontos, enquanto o Nasdaq sobe 0,13%, tendo tocado o recorde de 12.622,15 pontos. O Dow Jones desliza 0,03% para 30.191,38 pontos.

“Os investidores esperam mais apoio por via de mudanças nos parâmetros do programa de compra de ativos, incluindo uma extensão no prazo médio dos ativos para apoiar o mercado imobiliário. Acreditamos que a Fed deva fortalecer sua orientação futura, condicionando o seu programa de compra de ativos ao cumprimento das suas metas para o emprego e a inflação”, diz Franck Dixmier, global CIO fixed income da Allianz Global Investors.

A expectativa de que a Fed mude o discurso esta quarta-feira é generalizada no mercado já que os últimos dados da atividade no setor de serviços, indica uma desaceleração que penaliza o emprego. Em simultâneo, o agravamento no número de infeções com Covid-19 preocupa, especialmente dada a incerteza sobre se o Congresso vai votar a favor do plano de recuperação.

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Mercadona abre em Campanhã e cumpre meta de 20 supermercados em 2020

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  • 16 Dezembro 2020

Este é já o segundo supermercado da cadeia espanhola no Porto. Tem 1900 m2, 100 lugares de estacionamento e gerou 60 novos postos de trabalho.

A Mercadona acaba de abrir o 20º supermercado em Portugal, em Campanhã – Porto. Com uma área de venda de 1.900 m2, a abertura desta unidade gerou 60 postos de trabalho, sendo que todos os colaboradores têm contratos sem termo desde o primeiro dia, como é política da cadeia de supermercados espanhola.

O novo supermercado conta com um parque de estacionamento de 100 lugares, tendo sido concebido segundo o Modelo de Loja Eficiente que a Mercadona está a implementar em toda a sua cadeia e que representa uma poupança energética superior a 40% face a uma loja tradicional. Inclui as secções Talho, Charcutaria, Peixaria, Pastelaria e Padaria, Perfumaria, Frutas e Legumes e Pronto a Comer.

Na construção desta loja foi recuperada a chaminé industrial que se encontrava em estado devoluto neste espaço, preservando assim um símbolo característico da antiga zona industrial.

A empresa, tal como tem vindo a fazer desde o início desta situação de pandemia, continuará a aplicar todas as medidas de segurança dentro das suas lojas com o objetivo de garantir a saúde e segurança dos seus colaboradores e clientes.

Atualmente, o horário de funcionamento do supermercado Mercadona de Campanhã é das 9:00h às 21:30h, de segunda a sexta-feira, e das 8:00h às 13:00h aos sábados e domingos, em cumprimento com o Decreto 11/2020. O horário está sujeito às restrições temporárias que eventualmente venham a ser decretadas pelas entidades competentes, e que serão informadas nos canais próprios da empresa.

Sandra Santos, Presidente da Assembleia de Freguesia de Campanhã, António Nunes, Vogal da Junta de Freguesia de Campanhã, Ernesto Santos, Presidente da Junta de Freguesia de Campanhã, e Ricardo Valente, Vereador da Câmara Municipal do Porto, junto de Joana Ribeiro, da Mercadona (da esquerda para a direita).

De acordo com Rui Moreira, presidente da Câmara Municipal do Porto, “este novo espaço fica assim ligado a projetos emblemáticos em curso nesta zona do Município, nomeadamente o Terminal Intermodal de Campanhã, que se encontra em fase final de construção, e o Projeto Matadouro, um investimento de 40 milhões de euros, com início dos trabalhos previsto para setembro de 2021, que constituirá um novo polo económico, empresarial e cultural vibrante na zona oriental da cidade”.

A abertura desta loja concluiu o objetivo traçado pela empresa de ter, no final de 2020, 20 lojas em funcionamento, distribuídas pelos distritos do Porto, Braga, Aveiro e Viana do Castelo. A empresa já iniciou os processos de seleção e recrutamento para cinco novos supermercados a abrir em 2021, localizados em Santa Maria da Feira, Guimarães, Porto, Vila Nova de Famalicão e Espinho.

No âmbito da sua Política de Responsabilidade Social, a Mercadona tem vindo a reforçar as doações realizadas a entidades sociais. Até ao momento, a empresa doou mais de 900 toneladas de produtos a cantinas sociais, bancos alimentares e outras instituições de solidariedade social em Portugal. Isto é possível através da colaboração das suas 20 lojas com 20 cantinas sociais de proximidade. No que diz respeito à loja de Campanhã, esta encaminhará as suas doações alimentares para a SAOM – Serviços de Assistência Organizações de Maria – destinadas à confeção de refeições para pessoas sem abrigo nos restaurantes solidários do Centro de Acolhimento Temporário Joaquim Urbano.

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Bruxelas garante que Portugal tem prioridade nas interligação energéticas da UE

  • Capital Verde
  • 16 Dezembro 2020

Os projetos da Infraestrutura Transeuropeia de Energia (Regulamento TEN-E) vão estar entre as prioridades da Presidência Portuguesa do Conselho Europeu em 2021.

A Comissária Europeia para a Energia, Kadri Simsoon, garantiu na Comissão ITRE – Indústria, Investigação e Energia, que Portugal não será esquecido nas novas orientações sobre os projetos prioritários da Infraestrutura Transeuropeia de Energia (Regulamento TEN-E), acrescentando acreditar que o facto de este regulamento estar entre as prioridades da futura Presidência Portuguesa do Conselho Europeu poderá ajudar a concretizar uma solução para Portugal e outros territórios periféricos.

A promessa foi feita em resposta a uma pergunta da eurodeputada do PSD Maria da Graça Carvalho, que lembrou que Portugal “é uma região periférica, mas tem uma elevada produção de energia renovável, tendo por isso expectativas de ser abrangido pelas interligações que irão ser financiadas com caráter prioritário pela União Europeia.

“Podemos contar consigo para não deixar para trás regiões como a nossa ou o Báltico? Pode garantir que estaremos interligados, e que teremos uma Europa interligada e um Mercado Interno de Energia?”, questionou a eurodeputada.

“Sim, com certeza”, disse a comissária europeia. “Nesta renovação do Regulamento TEN-E iremos abordar as situações de muitos estados-membros. E fiquei muito feliz por saber que esta renovação será também uma das prioridades da Presidência Portuguesa, que começa no dia 1 de janeiro. Espero que isto nos ajude a encontrar uma boa solução já no futuro próximo”.

Na sua intervenção, Maria da Graça Carvalho defendeu também que a “digitalização deve ser uma prioridade” na reorganização dos sistemas energéticos europeus que será tornada possível pelos projetos prioritários para a Infraestrutura Transeuropeia de Energia.

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Morreram mais 82 pessoas por Covid-19 e há 4.720 novas infeções

Desde o início da pandemia, o país soma 358.296 casos confirmados e 5.815 óbitos. Já recuperaram 283.719 pessoas.

Morreram mais 82 pessoas por Covid-19 nas últimas 24 horas, segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS) esta quarta-feira. Desde o início da pandemia Portugal soma 5.815 óbitos. Esta quarta-feira foram ainda confirmados mais 4.720 infeções pelo novo coronavírus, elevando o total de casos no país para 358.296.

O número de casos ativos voltou a aumentar, havendo de momento 68.762, mais 957 que na terça-feira. Já o número de recuperados é de 3.681. Desde o início da pandemia, já recuperaram da doença 283.719 pessoas no país.

Os internados diminuíram pelo segundo dia consecutivo, especialmente nas unidades de cuidados intensivos. De acordo com os dados da DGS, há 3.181 pessoas hospitalizadas, menos 25 que no dia anterior. Desta, 486 encontram-se nos cuidados intensivos, menos 20 do que na última atualização do boletim.

O Norte continua a ser o maior foco da pandemia em Portugal. A região representa cerca de 46% dos novos casos (2182) e 42% dos óbitos (35). Já a região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 1.375 novos casos e 30 mortes.

O Centro registou mais 840 casos e 14 óbitos, o Alentejo 177 e dois e o Algarve 94 e uma morte. Nas regiões autónomas não houve nenhum óbito, tendo os Açores e a Madeira confirmado 36 e 16 novos casos, respetivamente.

O boletim epidemiológico dá ainda conta de um total de 74.290 pessoas sob vigilância ativa das autoridades de saúde, por terem estado em contacto com outras pessoas entretanto diagnosticadas com a doença. São menos 282 que no dia anterior.

(Notícia atualizada às 14h30)

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Empresas inovadoras têm dimensão, faturação e produtividade mais elevada

  • Lusa
  • 16 Dezembro 2020

Em 2018, as empresas inovadoras tinham o dobro dos funcionários e uma faturação 3,8 vezes superiores do que as não inovadoras, revela o Instituto Nacional de Estatística.

As empresas inovadoras tinham em média, em 2018, o dobro dos funcionários e uma faturação 3,8 vezes superiores do que as não inovadoras, apresentando também níveis mais elevados de Valor Acrescentado Bruto (VAB) e produtividade, segundo o INE.

Segundo o “Stats E – Estudo sobre as empresas inovadoras 2018” do Instituto Nacional de Estatística (INE), “a inovação está fortemente relacionada com a dimensão das empresas”, tendo as empresas inovadoras uma média de 137 pessoas ao serviço, comparativamente às 68 pessoas das empresas não inovadoras.

“Na maioria dos setores de atividade, independentemente do escalão de pessoal ao serviço, as empresas inovadoras apresentaram, em termos relativos, um maior número de trabalhadores com habilitações superiores, destacando-se as empresas com 50 a 249 pessoas ao serviço da Informação e comunicação (62,2%)”, nota o INE.

O trabalho aponta ainda que, “na maioria dos setores de atividade e independentemente do escalão de pessoal ao serviço, as empresas inovadoras apresentaram um VAB médio superior às não inovadoras”: em 2018, o VAB gerado por empresa inovadora situou-se em 6,306 milhões de euros e o volume de negócios em 27,655 milhões de euros, contra 1,827 milhões de euros e 7,249 milhões de euros, respetivamente, por empresa não inovadora.

O destaque vai para as empresas com 250 ou mais pessoas ao serviço do setor dos ‘transportes e armazenagem’, com um VAB médio de 75,3 milhões de euros, e da ‘informação e comunicação’, com 68,8 milhões de euros.

Em 2018, o volume de negócios por empresa inovadora foi 3,8 vezes superior ao registado pelas empresas não inovadoras, tendo esta diferença sido superior nas empresas com 250 ou mais pessoas ao serviço, com 164,2 milhões de euros por empresa inovadora face aos 59,7 milhões de euros por empresa não inovadora (2,8 vezes mais).

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Por setor, as empresas inovadoras do ‘comércio’, com 47,6 milhões de euros por empresa, registaram o valor mais elevado, mas foi na ‘indústria e energia’ que a diferença entre as empresas inovadoras e não inovadoras foi superior (6,3 vezes).

No que se refere à produtividade aparente do trabalho, salientaram-se as empresas inovadoras com 50 a 249 e com 250 ou mais pessoas ao serviço da ‘informação e comunicação’, que registaram os valores mais elevados (69,4 mil euros e 90,4 mil euros, respetivamente), e as empresas inovadoras com 10 a 49 pessoas ao serviço dos ‘transportes e armazenagem’ (52,9 mil euros).

Outra das conclusões do estudo é que as empresas inovadoras que integram os setores de alta e média-alta tecnologia apresentaram um VAB médio superior (9,6 milhões de euros) ao das empresas não inovadoras (2,3 milhões de euros), o que também se verificou na produtividade aparente do trabalho.

Em ambas as variáveis, o realce vai para as empresas inovadoras que integram o setor dos ‘serviços intensivos em conhecimento de alta tecnologia’, que registaram os valores mais elevados.

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Bitcoin bate novo máximo ao cotar acima dos 20 mil dólares

A moeda virtual bateu um novo máximo. Está a cotar acima dos 20 mil dólares. Depois de um rally sem precedentes no final de 2017, colapsou durante o ano de 2018, chegando ao mínimo de 3.400 dólares.

A Bitcoin voltou a tocar máximos de sempre. Em plena pandemia, a moeda virtual mais conhecida do mundo está a cotar acima dos 20 mil dólares, um valor superior ao anterior máximo de 19.873 dólares que foi alcançado no final de novembro.

Esta terça-feira, às 13h42 em Lisboa, o preço da bitcoin disparou para os 20.000 dólares, estando atualmente a cotar acima deste valor. Nas últimas 24 horas a moeda disparou 4,22%. Só este ano, a Bitcoin já valorizou mais de 180%, de acordo com dados da Coin Metrics, da CNBC.

Bitcoin dispara para novo máximo de sempre

Fonte: Reuters

Este ano, o desempenho da Bitcoin está a ser impulsionado por grandes investidores, como Paul Tudor Jones e Stanley Druckenmiller, que transferiram os seus próprios ativos para a criptomoeda, diz a CNBC. Além disso, o PayPal anunciou no final de outubro que em breve permitirá a compra de Bitcoin e outras criptomoedas, bem como pagamentos com moedas virtuais.

“Quando se imprimem biliões de dólares a mais em papel-moeda, isso valoriza a Bitcoin e outras criptomoedas”, disse em agosto Dan Morehead, CEO da empresa de investimento em moedas virtuais, Pantera Capital, em declarações ao Yahoo Finance (conteúdo em inglês). “O ouro vai subir, a Bitcoin vai subir. É uma proteção contra a desvalorização do papel-moeda”, acrescentou.

Depois de um rally sem precedentes no final de 2017, a Bitcoin colapsou durante o ano de 2018, tendo chegado a bater um mínimo de cerca de 3.400 dólares.

A Bitcoin foi criada em 2007/2008 por Satoshi Nakamoto, cuja verdadeira identidade (ou identidades) ainda é desconhecida. O seu funcionamento assenta numa tecnologia designada blockchain, que permite manter um registo inviolável de transações desde o começo, garantindo que a oferta de moedas virtuais é limitada.

(Notícia atualizada às 14h24 com mais informação)

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Prorrogação dos subsídios de desemprego que acabem em 2021 será automática

  • Lusa
  • 16 Dezembro 2020

A prorrogação dos subsídios de desemprego que terminarem em 2021 será automática, não sendo necessário entregar um pedido para esse efeito.

Os subsídios de desemprego que terminarem em 2021 serão prorrogados por seis meses de forma “automática” não sendo necessário entregar um pedido para esse efeito, disse esta quarta-feira a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho.

“As pessoas não precisam de fazer nada, [a prorrogação] será automática”, afirmou a governante numa conferência de imprensa no Ministério do Trabalho, em Lisboa, onde recebeu a ministra do Trabalho e Economia Social de Espanha, Yolanda Díaz, numa reunião bilateral para debater várias políticas e no âmbito da cooperação bilateral nos domínios do emprego e das políticas sociais.

Em causa está uma medida prevista no Orçamento do Estado para 2021 (OE2021) por iniciativa do PCP, que prorroga por seis meses os subsídios de desemprego que terminarem no próximo ano.

“Excecionalmente, os períodos de concessão do subsídio de desemprego que terminem em 2021 são acrescidos de seis meses”, estabelece a proposta do PCP incluída no OE2021 e aprovada na especialidade com os votos favoráveis de todos os partidos à exceção do PSD, que se absteve.

A ministra adiantou que o Instituto da Segurança Social “já está neste momento a programar todos os sistemas para quem termine o subsídio de desemprego a partir de janeiro, em qualquer um dos meses, tem uma prorrogação automática”.

“O Orçamento do Estado não prevê regulamentação e, portanto, terá aplicação imediata mal entre em vigor”, reforçou Ana Mendes Godinho.

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Bruxelas propõe 4 medidas para resolver malparado da pandemia

A Comissão Europeia apresentou quatro medidas para resolver o problema do malparado numa altura em que se prevê que aumente por causa da crise pandémica, após terminarem as moratórias.

A Comissão Europeia divulgou esta quarta-feira uma estratégia com quatro propostas com o objetivo de evitar uma acumulação de crédito malparado (NPL) no balanço dos bancos europeus devido à crise pandémica. O aumento do NPL poderá limitar a capacidade dos bancos de dar crédito, colocando em causa o ritmo da recuperação económica.

Tendo em conta o impacto do coronavírus na economia da UE, o volume de empréstimos não produtivos deverá aumentar em toda a UE, embora a evolução e a dimensão deste aumento sejam ainda incertos“, admite a Comissão Europeia num comunicado divulgado esta quarta-feira, alertando que a qualidade dos ativos dos bancos poderá diminuir — e, consequentemente, a capacidade dos bancos para conceder empréstimos –, consoante a rapidez da recuperação económica.

Para evitar essa situação, a Comissão Europeia propõe desde logo que a União Europeia continua a desenvolver os mercados secundários de crédito malparado, o que permite aos bancos retirarem esses ativos dos seus balanços e “assegurando simultaneamente uma maior proteção dos devedores”. “Um passo fundamental neste processo será a adoção da proposta da Comissão relativa aos gestores de créditos e aos compradores de créditos, que está atualmente a ser debatida pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho“, recorda a Comissão Europeia, que sugere a criação de uma plataforma central de dados eletrónicos a nível da UE.

Em segundo lugar, a Comissão propõe uma reforma da legislação da UE em matéria de insolvência das empresas e de cobrança de dívidas. “Tal contribuirá para harmonizar os vários quadros em matéria de insolvência existentes na UE, mantendo simultaneamente elevados padrões de proteção dos consumidores“, explica Bruxelas, argumentando que essa convergência iria reforçar a segurança jurídica e acelerar o processo de recuperação do valor dos ativos problemáticos.

Em terceiro lugar, a Comissão Europeia propõe que se apoie a criação de sociedades nacionais de gestão de ativos (SGA) e a cooperação entre as mesmas. “As sociedades de gestão de ativos são veículos que prestam apoio aos bancos em dificuldades, permitindo-lhes retirar empréstimos não produtivos dos seus balanços“, explica, assinalando que estas sociedades libertam os bancos da gestão do crédito malparado.

Por último, a Comissão Europeia quer introduzir medidas cautelares neste tempo de crise pandémica. “Embora a posição atual do setor bancário da UE seja globalmente muito mais sólida do que após a crise financeira, os Estados-Membros continuam a adotar medidas de política económica diferentes”, considera Bruxelas.

A experiência histórica ensinou-nos que é melhor resolver o problema dos empréstimos não produtivos numa fase precoce e de forma decidida, sobretudo se queremos que os bancos continuem a apoiar as empresas e as famílias“, argumenta Valdis Dombrovskis, vice-presidente executivo da Comissão Europeia com o pelouro do setor financeiro e do comércio.

Para já, esta estratégia não passa de uma proposta da Comissão Europeia. Estas quatro propostas terão de ser debatidas pelos Estados-membros, os quais ainda terão de as aprovar (caso haja consenso) e depois aplicá-las a nível nacional.

Em Portugal, o rácio de empréstimos em incumprimento (NPL, non performing loans) passou de 17,9% em junho de 2016 para os 5,5% no segundo trimestre deste ano.

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