Pessimismo global penaliza Lisboa. BCP desliza mais de 1,5%
A sentimento é negativo nas ações de todo o mundo e o português PSI-20 não fugiu à tendência. A exceção é a Galp Energia, que subiu 2,74% à boleia da escalada do preço do petróleo.
A escalada de tensões entre Estados Unidos e Irão arrasou o sentimento dos investidores em relação às ações mundiais. Portugal não ficou à margem do pessimismo e o índice de referência nacional fechou com uma perda de 0,12% para 5.235,90 pontos, com duas cotadas a destacarem-se pela negativa: Mota-Engil e BCP caíram mais de 1,5%. Em sentido contrário, a Galp foi a exceção.
Devido à forte exposição a mercados internacionais, a construtura Mota-Engil foi a que mais afundou: 2,36% para 1,82 euros por ação, seguida da Sonae Capital — cujo negócio está ligado ao turismo –, que perdeu 1,69% para 0,755 euros.
Mas foi o BCP que mais penalizou a bolsa de Lisboa. O “peso pesado” do índice perdeu 1,56% para 0,2015 euros e chegou mesmo a negociar abaixo dos 20 cêntimos ao longo da sessão, o que não acontecia desde 12 de dezembro. Entre outras cotadas com forte peso, fecharam ainda no vermelho a Nos (1,11%), a EDP (0,67%) ou a Navigator (0,61%).
Em sentido contrário, a Galp disparou 2,74% para 15,76 euros por ação, em reação à subida do preço do petróleo. O Brent negociado em Londres avançou 0,60% para 69 dólares por barril devido à importância do Médio Oriente para o mercado petrolífero, numa altura de escalada de tensões entre Estados Unidos e Irão, que poderá condicionar a produção.
“Este início de semana foi negativo para os mercados, mas tal já seria de esperar tendo em conta o agravamento das tensões no Médio Oriente“, explicam os analistas do BPI sobre o conflito entre os dois países. “De facto, o panorama geopolítico conduziu os investidores a adotarem uma postura de maior aversão ao risco.
“Assim, em termos setoriais voltámos a assistir a uma forte pressão vendedora em todos os setores de atividade, com exceção do petrolífero“, acrescentaram. O Stoxx 600 perdeu 0,45%, enquanto o alemão DAX cedeu 0,76%, o francês CAC 40 recuou 0,54% e o espanhol IBEX 35 desvalorizou 0,45%.
Em sentido contrário, os ativos refúgio ganharam valor. O ouro negociou próximo de 1.570 dólares por onça, em máximos de seis anos, e os juros das dívidas cederam. Na Alemanha, as Bunds a dez anos negoceiam com um juro de -0,285% e, no caso de Portugal, a yield das obrigações com a mesma maturidade negoceia nos 0,372%.
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