O que prometem os cinco candidatos à liderança do CDS?

  • Lusa e ECO
  • 25 Janeiro 2020

Na véspera de ser escolhido o próximo líder do CDS, os cinco candidatos deixaram várias promessas à comunidade centrista. O ECO reuniu-as todas.

Na véspera de ser escolhido o sucessor de Assunção Cristas na liderança do CDS, foram muitas as promessas deixadas pelos cinco candidatos a ocupar essa cadeira. Falou-se em tempos de mudança, recuperação de credibilidade, liberdade e pessoas novas.

CDS-PPD.R.
  • Abel Matos Santos: Pediu reflexão entre “o renascer” do CDS e a sua “irrelevância política”

Abel Matos Santos, da Tendência Esperança em Movimento (TEM), foi direto ao pedir o afastamento de anteriores dirigentes, apostando na “mudança para um tempo novo”. “Devemos contar com todos, mas são precisos novos atores políticos descomprometidos com passados e atuações que levaram o CDS à falência, à destruição da sua malha autárquica, ao quase desaparecimento do seu grupo parlamentar”, disse o candidato, pedindo aos congressistas para refletirem na escolha entre “o renascer” do partido e a sua “irrelevância política”.

  • Carlos Meira: Veio para a rua para combater a “nova ditadura do gosto”

Carlos Meira, ex-líder da concelhia de Viana do Castelo, apresentou-se como um candidato que veio para ir para a rua combater aquilo a que apelidou de “nova ditadura do gosto”, imposta e “financiada por certa esquerda”. Candidato do protesto, Meira explicou que “negar o desperdício, as avenças, as subvenções, as negociatas ruinosas praticadas pelo CDS e no CDS é tapar o sol uma peneira” e pediu para o partido se erguer e “mudar, mudar muito” para recuperar a sua credibilidade. Lá fora espera-nos “um povo que está desconfiado de nós”, rematou.

  • Filipe Lobo d’Ávila: CDS não deve ter “vergonha de se assumir de direita”

Filipe Lobo d’Ávila lançou uma espécie de desafio a Assunção Cristas para voltar a candidatar-se à Câmara de Lisboa, porque rejeita descartar os outros “quando dá jeito”. O ex-secretário de Estado recusou a ideia de que, internamente, o CDS precise de uma revolução e que não deve ter “vergonha de se assumir de direita”. Aos delegados fez o apelo a votarem “em liberdade”, sem se deixarem condicionar por “notáveis” ou “barões”.

  • Francisco Rodrigues dos Santos: Não vai “pedir autorização para defender” ideias do CDS

Francisco Rodrigues dos Santos, líder da Juventude Popular, também conhecido por “Chicão”, afirmou que não vai “pedir autorização para defender” as ideias do CDS nem será um partido do “protesto bacoco”. Apresentou-se como um candidato que não quer o CDS como um “Bloco de Esquerda de direita” e concorre “completamente solto e completamente livre”, que “não tem padrinhos, não tem donos, não deve nada a ninguém nem é sucessor de ninguém”. O candidato terminou o seu discurso dizendo que o caminho é o CDS “dispensar a mediação da imprensa para fazer passar a sua mensagem”.

  • João Almeida: “Se for preciso”, o CDS terá candidato presidencial

João Almeida recusou a ideia de ser o candidato da continuidade ou do “mais do mesmo” e prometeu renovação em pelo menos dois terços em cada órgão nacional para trazer mais “gente nova, energia nova e novidade” para “mostrar ao país”. Do alto da tribuna, foi o único que se referiu às presidenciais, dizendo que, “se for preciso” o CDS apresentará um candidato próprio às eleições presidenciais, e já sabe quem será. “Vamos ter o desafio das presidenciais, sabem qual é a minha opinião sobre a avaliação do mandato do atual Presidente da República, mas, se por alguma razão for preciso o CDS ter um candidato às eleições presidenciais, eu sei quem é, sei como vamos fazer e tenho a garantia de que teremos esse candidato”, disse.

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