Milionários e famílias muito ricas são alvos potenciais do cibercrime
A rápida evolução do cibercrime expôs praticamente todos os setores da sociedade ao risco cibernético. Hoje em dia, além das empresas, os indivíduos e famílias muito ricas são alvos potenciais.
Um relatório da Associação Privada de Gestão de Risco (PRMA na sigla original) – uma organização norte-americana não lucrativa e patrocinada por companhias como a AIG, Chubb, Lloyd´s e dezenas de corretores e outras entidades de diversos setores – sugere que um ataque às famílias milionárias e multimilionárias envolve riscos que vão muito além do roubo de identidade: os cibercriminosos podem vender informações importantes destas vítimas no mercado ‘negro’, representando um enorme risco de segurança.
A consultora Corporate Risk and Insurance conversou com alguns especialistas ligados ao Advanced Chartered Private Risk and Insurance Advisor (ACPRIA) da PRMA sobre como os gestores de risco privados podem proteger clientes com elevado património (High Net Worth Individuals – HNWI na gíria financeira).
Brenda Weaver, da Aon Private Risk Management, explicou que as entidades que gerem e ajudam a proteger o estilo de vida e os bens dos HNWI devem adotar a mesma mentalidade cibernética das empresas, para reduzir o risco a que essas pessoas estão expostas. Isso inclui investir nas três áreas de cibersegurança: prevenção, deteção e recuperação.
“Embora as melhores defesas cibernéticas dependam de protocolos e de um conjunto de princípios de orientações para cada área, é claro que as empresas mais bem protegidas se concentram primeiro na criação de uma cultura cibernética”, disse. “Isto exige apoio visível e endosso dos mais altos níveis da empresa de que a proteção cibernética deve ser uma competência central”.
Atualmente, muitas organizações, em particular as que se dedicam à gestão de ativos e patrimónios, têm entre as suas prioridades de investimento, a aquisição e integração de soluções de segurança; prevenção, deteção, resposta e recuperação de eventos relacionados com este tipo de crime.
No entanto, Erika Close, da PayneWest Insurance, adverte que muitas organizações caem frequentemente num equívoco em relação ao risco cibernético: “O maior equívoco é pensar que é apenas uma questão tecnológica quando na verdade é uma questão comportamental”.
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