Exportações na região Norte crescem. Emprego na indústria transformadora desce
No terceiro trimestre, as exportações no Norte cresceram 3,2%, contrariamente ao emprego na indústria transformadora que desceu significativamente. Houve perda líquida de 16.800 postos de trabalho.
As exportações de bens da Região do Norte cresceram 3,2% no terceiro trimestre de 2019, em termos homólogos, invertendo a tendência de queda observada no trimestre anterior (-1,7%). O crescimento das exportações foi impulsionado, sobretudo, pela venda de “automóveis, outros veículos terrestres, partes e acessórios” e “máquinas, aparelhos e materiais elétricos, som e imagem”.
No terceiro trimestre de 2019, as exportações de bens, cresceram em Braga (14,0%) e em Vila Nova de Gaia (9,4%) e diminuíram em Vila Nova de Famalicão (-1,1%), Guimarães (-1,8%) e na Maia (-3,4%).
Por NUTS III, em termos homólogos, as exportações de bens no período analisado aumentaram no Douro (17,4%), no Cávado (10,6%), no Tâmega e Sousa (6,1%), no Alto Minho (5,1%) e na Área Metropolitana do Porto (3,2%). Ao mesmo tempo, as exportações diminuíram no Ave (-1,5%), no Alto Tâmega (-6,1%) e em Terras de Trás-os-Montes (-6,5%).
O boletim trimestral da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) indica que a Área Metropolitana do Porto é a “mais exportadora”, com 50,3% das exportações regionais, destacando que as “variações mais significativas” foram no Douro e no Cávado (10,6%), “muito impulsionadas pelas trocas comerciais de máquinas e aparelhos”.
Emprego da Região do Norte aumenta 0,6%
A população empregada da Região do Norte, no terceiro trimestre de 2019, alcançou o valor de 1.716,2 mil indivíduos traduzindo-se num crescimento homólogo de 0,6%, uma ligeira aceleração face ao crescimento verificado no trimestre anterior (0,5%).
Segundo o relatório, os principais indicadores do mercado de trabalho da Região Norte continuaram a evidenciar sinais de abrandamento.
No terceiro trimestre de 2019, o emprego das indústrias transformadoras da Região do Norte diminuiu 3,7%, em termos homólogos, o que implicou a perda líquida de 16.800 postos de trabalho, a maior queda observada entre todos os ramos de atividade. No seu conjunto o setor secundário (indústria, construção, energia e água) registou uma redução homóloga de 1,6%, invertendo uma tendência de crescimento que se verificava há 12 trimestres.
Já o emprego do setor primário (agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca) registou um crescimento homólogo de 3,0% neste terceiro trimestre, interrompendo 11 trimestres consecutivos em queda.
E no setor dos serviços houve um crescimento homólogo de 1,6%, em ligeira aceleração face ao observado no trimestre anterior (1,2%). O melhor desempenho foi mesmo ao nível do emprego na saúde humana e apoio social cresceu em 11,6%, tendo sido criados mais 16.300 postos de trabalho, em termos líquidos.
Desemprego apresenta ligeiro agravamento
No terceiro trimestre de 2019 a taxa de desemprego da Região do Norte atingiu o valor de 6,6%, o que representa um aumento de 0,4 pontos percentuais face ao trimestre anterior. Mas em termos homólogos, a taxa de desemprego reduziu em 0,6 pontos percentuais.
Por outro lado, os salários médios líquidos por conta de outrem do setor primário (agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca) registaram um crescimento de 28,4% no terceiro trimestre de 2019 face ao trimestre homólogo de 2018, tendo sido o maior aumento entre os setores de atividade da Região do Norte.
Nas indústrias transformadoras e no comércio por grosso e a retalho, os ramos geradores de mais emprego (39,4% do total da Região do Norte), o crescimento salarial foi de 2,4% e 2,6%, respetivamente.
Contrariamente ao ramo da Administração Pública, Defesa e Segurança Social obrigatória (-5,7%), as outras atividades de serviços (-6,5%) e as atividades imobiliárias (-36,4%) que observaram as maiores reduções dos salários médios líquidos.
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