Promotora do MWC pede “solidariedade” ao setor após cancelamento
A associação GSMA, que organiza o Mobile World Congress em Barcelona, pediu "solidariedade" ao setor tecnológico, depois de se ver obrigada a cancelar a feira por causa do coronavírus.
A GSMA, associação promotora do Mobile World Congress, quer que o setor seja financeiramente solidário, depois de a epidemia de coronavírus ter levado à decisão de cancelar a feira. Para já, a associação não revela se irá reembolsar o valor pago pelos bilhetes já adquiridos.
“Procuramos solidariedade e que todos suportem os seus próprios custos. Somos uma organização não-governamental e não temos lucros. Não temos uma quantidade enorme de fundos e todos os nossos proveitos são canalizados de volta para a indústria”, explicou o diretor-geral da associação, Mats Granryd, citado pela Bloomberg (acesso condicionado).
Na quarta-feira, a GSMA anunciou o cancelamento do Mobile World Congress 2020, que tinha início marcado para 24 de fevereiro. Trata-se da maior feira de dispositivos móveis do mundo, que decorre todos os anos em Barcelona e que se realiza sucessivamente há mais de três décadas. A decisão foi tomada para prevenir os riscos da epidemia de coronavírus, tendo em conta que eram esperados mais de 100.000 participantes.
O cancelamento foi uma decisão difícil para a associação, cujas receitas provêm maioritariamente da venda de bilhetes e do aluguer dos espaços. Foi a primeira vez que foi tomada uma medida semelhante, o que ganha ainda mais expressão tendo em conta que 2020 é o ano do início da massificação do 5G, um tema que tem marcado todas as últimas edições da exposição.
Segundo a Bloomberg, a GSMA continua a monitorizar atentamente a epidemia de coronavírus, até porque está agendado para 30 de junho o início de um evento semelhante, o MWC Shanghai, em Xangai. Para já, mantém-se ainda a realização do Mobile World Congress em 2021, em Barcelona, revelou a associação.
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