EuroBic convoca assembleia-geral para eleger administração
O EuroBic marcou a assembleia-geral para segunda-feira, sendo um dos pontos na ordem de trabalhos a eleição dos órgãos sociais, entre os quais a administração.
O banco EuroBic marcou para 30 de março a assembleia-geral para apreciação e votação das contas de 2019 e eleição dos órgãos sociais, entre os quais a administração, segundo a convocatória publicada no Portal da Justiça.
A assembleia-geral tem seis pontos na ordem de trabalhos: deliberação das contas de 2019, deliberação da proposta de aplicação de resultados, apreciação da administração que terminou mandato em dezembro de 2019, deliberação da política de remunerações do banco, eleição dos órgãos sociais e, por fim, ‘outros assuntos’, de acordo com a convocatória datada de 27 de fevereiro assinada pelo vice-presidente da mesa da assembleia-geral, Alberto Mendes Teles.
Para já, ainda não são conhecidas os resultados do EuroBic relativos a 2019, que vão ser apreciados na reunião de acionistas de 30 de março, às 11h00, na sede do banco, em Lisboa, depois de em 2018 ter tido lucros de 42,5 milhões de euros.
Quanto à eleição dos órgãos sociais, o mandato dos atuais acabou em dezembro passado, desde logo da administração que tem como presidente do Conselho de Administração (chairman) Diogo Vasco Ramos Barrote e como presidente executivo Fernando Teixeira dos Santos (ex-ministro das Finanças de governo PS de José Sócrates), pelo que tem de ser tomada pelos acionistas uma decisão sobre quem irá liderar o banco.
O EuroBic está desde janeiro em processo de venda do seu capital, depois de o escândalo Luanda Leaks ter levado Isabel dos Santos a abandonar a estrutura acionista do banco (onde tinha 42,5%), pelo que, caso a operação de compra pelo Abanca ainda esteja a decorrer em final de março, pode ser tomada uma decisão transitória sobre os órgãos sociais para que o novo acionista decida depois quem irá liderar o banco quando concretizar o negócio (o valor não é conhecido).
Quanto aos atuais acionistas, o principal é Isabel dos Santos, mas em janeiro, aquando da informação de que a empresária angolana ia abandonar a estrutura acionista, o EuroBic também informou que a acionista tinha renunciado “em definitivo ao exercício dos seus direitos de voto”.
O EuroBic nasceu em 2008 de capitais angolanos e em 2014 ficou com a atividade bancária do BPN por 40 milhões de euros, o banco nacionalizado em 2008 que, segundo o Tribunal de Contas, custou ao Estado português 5.000 milhões de euros entre 2011 e 2018.
O EuroBic é liderado por Fernando Teixeira dos Santos, que era ministro das Finanças do governo PS de José Sócrates quando foi decidida a nacionalização do BPN.
Atualmente, o grupo bancário espanhol Abanca (com sede na Galiza) tem em Portugal 70 agências, 500 colaboradores e mais de 80.000 clientes, segundo fonte oficial.
Quando for concretizado o negócio, a estes vão somar-se os 1.482 trabalhadores e 184 agências do EuroBic, que servem 266.670 clientes.
No total, o Abanca ficará com uma rede comercial de mais de 250 agências que passa a servir todas as regiões de Portugal.
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