Governo volta a reunir com Moita e Seixal para os convencer sobre aeroporto no Montijo
O primeiro-ministro vai reunir novamente com os autarcas de Moita e Seixal numa última tentativa de os convencer a aceitarem o novo aeroporto do Montijo. Mas garante que não há outra hipótese na mesa.
O Governo vai voltar a reunir com os autarcas de Moita e Seixal, a 16 e 17 de março, numa última tentativa de os convencer a aceitarem a conversão da base aérea do Montijo num aeroporto comercial. Mesmo assim, em declarações transmitidas pela SIC Notícias, o primeiro-ministro garantiu que está totalmente afastada a hipótese de vir a optar por uma localização alternativa.
Esta quarta-feira, o Governo encontrou-se com os presidentes de vários municípios que serão afetados pelos impactos do novo aeroporto. No final, António Costa admitiu novas reuniões com os dois autarcas da Moita e do Seixal, respetivamente Rui Manuel Marques Garcia e Joaquim Santos, numa última tentativa de os convencer a acolherem a decisão do novo aeroporto do Montijo como complemento ao de Lisboa.
“A localização [do novo aeroporto] é uma discussão muito interessante. Apaixonou o país, teve várias opções, cada uma com argumentos a favor e argumentos contra. Mas só continua em termos académicos. Em termos práticos, ficou encerrado em 2014/2015” pela decisão do XIX Governo, disse. Desta forma, “seria irresponsável um novo Governo chegar e pôr em causa tudo o que anterior tinha decidido”, argumentou.
O primeiro-ministro dramatizou a discussão, lembrando que “o aeroporto de Lisboa está a rebentar pelas costuras” e já não há tempo para manter a discussão pública sobre outra localização diferente da do Montijo. “Neste momento, já não temos, sequer, o benefício de poder arrastar o problema”, considerou o governante.
Na visão do Governo, os municípios nas proximidades do novo aeroporto “têm o direito” a pronunciarem-se, mas dentro dos dois pontos previstos na lei: o impacto ambiental e a “limitação dos direitos de construção”. “Respeito a opinião de toda a gente sobre a opção que não está em cima da mesa, que é a de relocalização”, considerou.
Estes dois municípios têm prometido bloquear o começo da obra, por preferirem outras localizações. Esta quarta-feira, o presidente da Câmara Municipal do Seixal, Joaquim Santos, afirmou que o Governo não deu “um único argumento que mostrasse que o Montijo é a melhor opção”.
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