Metade dos trabalhadores da EDP vão passar a regime de teletrabalho
Elétrica diz que o trabalho remoto tem vindo a ser testado e aplicado "de forma regular", e a "adaptação e flexibilidade" é algo que para que os trabalhadores "estão preparados".
A EDP decretou que metade dos seus trabalhadores vão laborar em regime de teletrabalho a partir desta quarta-feira, na sequência de uma atualização do plano de contingência da empresa contra o Covid-19.
“Como medida preventiva, a EDP decidiu que 50% dos seus colaboradores irão funcionar em regime de teletrabalho a partir desta quarta-feira, 11 de março”, pode ler-se numa nota enviada por fonte oficial da EDP à Lusa.
De acordo com a empresa, “a EDP procura assim prevenir qualquer potencial risco de contágio sem colocar em causa o normal funcionamento da sua atividade em todas as áreas e serviços”.
“Para tal, todas as equipas na empresa dispõem de sistemas e ferramentas tecnológicas preparadas para garantir o trabalho à distância sem perturbações”, adianta ainda a empresa.
Segundo a elétrica liderada por António Mexia, o trabalho remoto tem vindo a ser testado e aplicado “de forma regular”, e a “adaptação e flexibilidade” é algo que para que os trabalhadores “estão completamente preparados”.
Para além da medida aplicável a metade dos seus trabalhadores anunciada, a EDP prevê também as práticas de “limitar as viagens nacionais e internacionais ao estritamente necessário”, “recomendar aos colaboradores que evitem viagens da China, Itália, Espanha, França, Alemanha, Irão, Japão, Singapura ou Repúplica da Coreia do Sul”.
As pessoas que regressem de qualquer desses países “devem ser enquadradas em regime de trabalho à distância durante um período de duas semanas, sendo que o regresso às instalações da EDP só deve ocorrer caso não se manifestem, durante esse período, sintomas de tosse, febre ou dificuldades respiratórias”.
O número de casos confirmados em Portugal de infeção pelo novo coronavírus, que causa a doença Covid-19, subiu para 59, mais 18 do que os contabilizados na terça-feira, anunciou a Direção-Geral da Saúde (DGS).
De acordo com o boletim sobre a situação epidemiológica em Portugal, há 471 casos suspeitos, dos quais 83 aguardam resultado laboratorial.
Segundo a DGS, há ainda 3.066 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde. A epidemia foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.200 mortos.
Cerca de 117 mil pessoas foram infetadas em mais de uma centena de países, e mais de 63 mil recuperaram.
Nos últimos dias, a Itália tornou-se o caso mais grave de epidemia fora da China, com 631 mortos e mais de 10.100 contaminados pelo novo coronavírus, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia.
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