Crédito Agrícola com lucro de 135 milhões em 2019
O grupo liderado por Licínio Pina registou uma subida de 17% dos lucros em 2019.
O Grupo Crédito Agrícola registou lucros de 135 milhões de euros em 2019, um aumento de 17% face ao ano anterior. Deste resultado, 115 milhões de euros tiveram origem no negócio bancário, o que representa uma subida de 7% face a 2018. O grupo também tem outras atividades, nomeadamente no setor segurador (teve lucro de 13,5 milhões).
Relativamente à parte bancária, o grupo liderado por Licínio Pina viu a margem financeira (diferença entre juros recebidos e juros pagos) recuar 2,1% para 298,8 milhões de euros. O produto bancário aumentou para 541,5 milhões de euros, um desempenho para o qual contribuiu o resultado de 54,1 milhões de euros com operações financeiras (venda de títulos, por exemplo).
Do lado do balanço, a carteira de crédito a clientes ascendeu a 10,6 mil milhões, um aumento de 6,6% face a 2018, “superando a evolução do mercado”, destaca o banco.
Os depósitos de clientes aumentaram quase 10% para 15,3 mil milhões de euros, “evidenciando a confiança depositada no
Grupo Crédito Agrícola, com um aumento da quota de mercado para 7,8%”.
O banco destaca ainda a redução do rácio de crédito malparado, que baixou dos 11,1% para os 9,2%. Também diz que continua a manter um nível de liquidez confortável, traduzido num rácio de transformação de 66,9% e num rácio de cobertura de liquidez (LCR 9) de 470,8%.
Em relação ao surto do coronavírus, o Crédito Agrícola adiantou que está monitorizar os desenvolvimentos, “estando em curso a implementação de medidas de adequação das unidades do grupo à fase de contenção”.
Recentemente, o Crédito Agrícola viu-se confrontado com dois casos polémicos relacionados com membros da administração. Primeiro foi a “contratação fantasma” da mulher de Licínio Pina, a quem o banco pagava 2.000 euros por mês para assegurar a “estabilidade emocional” do presidente. O segundo teve a ver com um imóvel em Lisboa que foi vendido à mãe do administrador Sérgio Frade.
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