Banca europeia cede 5% com perspetiva de corte de dividendos
O Banco Central Europeu recomendou aos bancos que não se comprometam com remuneração acionista ou programas de compra de ações, pelo menos até 1 de outubro, devido à Covid-19.
A banca está a reavaliar o pagamento de dividendos aos acionistas devido ao impacto de Covid-19 e os investidores já estão a reagir. Os bancos europeus desvalorizam 5% em bolsa, tendo já chegado mesmo a cair 7% no início da sessão.
Esta altura do ano costuma ser a altura em que as cotadas fecham contas e os acionistas recebem dividendos. A incerteza sobre o potencial impacto do Covid-19 está a determinar mudanças.
O Banco Central Europeu (BCE) recomendou que, pelo menos até 1 de outubro de 2020, não sejam pagos quaisquer dividendos, não seja feito qualquer compromisso irrevogável, por parte de instituições de crédito, de pagamento de dividendos relativos aos exercícios de 2019 e 2020, e que as instituições de crédito se abstenham de recomprar ações para remunerar acionistas.
Esta foi a recomendação feita na sexta-feira ao fim do dia pela instituição liderada por Christine Lagarde. Em alternativa, pede aos bancos que usem o capital para absorver perdas causadas pela pandemia, bem como para apoiar o financiamento de famílias e empresas durante a crise.
Em reação, o índice Euro Stoxx Banks desvaloriza 5%, em linha com o que acontece com os bancos que já anunciaram cortes nos dividendos. O BCP — único banco português cotado em bolsa — perde 2,37% para 0,103 euros por ação. O banco liderado por Miguel Maya compensar os trabalhadores com 5,3 milhões de euros, em vez de distribuir dividendos.
Igualmente, os espanhóis CaixaBank (que afunda 3,78%) e Santander (que perde 4,39%) desvalorizam após terem anunciado cortes nos dividendos. O mesmo acontece com o italiano UniCredit (-7,58%), o holandês ING (-7,10%) ou, de forma mais ligeira, com os suíços UBS (-0,71%) e Crédit Suisse (-0,70%).
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