Investimento na Área de Reabilitação Urbana de Lisboa decresceu 12% em 2019
Há um grupo de seis freguesias que concentra, entre si, 60% de todo o investimento imobiliário realizado na Área de Reabilitação Urbana de Lisboa em 2019.
O investimento imobiliário na Área de Reabilitação Urbana de Lisboa (ARU) decresceu 12% em 2019, ano em que também o número de transações realizadas baixou 18%, informou esta segunda-feira a consultora Confidencial Imobiliário.
De acordo com consultora, especializada em indicadores de análise do mercado, no ano passado, o investimento imobiliário na ARU de Lisboa chegou a um total de 5.200 milhões de euros, correspondentes a cerca de 10.720 transações, representando “um decréscimo de 12% em volume investido e de 18% em número de transações”.
Em 2019, o montante médio por operação foi de cerca de 478.400 euros, mais 32.000 euros (+7%) do que os 455.600 euros investidos em 2008 por transação, acrescentou a consultora.
A ARU de Lisboa exclui zonas como o Parque das Nações, as Laranjeiras ou a Alta de Lisboa, pelo que, nesta análise, a consultora alertou que considerou a transação de todo o tipo de imóveis (desde prédios a frações), incluindo os diversos segmentos (desde residencial a comercial, serviços ou terrenos), de todas as freguesias da cidade, excluindo as do Parque das Nações, Lumiar e Santa Clara.
Segundo revelou, há um grupo de seis freguesias que concentra, entre si, 60% de todo o investimento imobiliário realizado na ARU em 2019.
Os principais destinos de investimento foram as freguesias de Santo António (595 milhões de euros), Santa Maria Maior (553 milhões de euros), Avenidas Novas (551 milhões de euros) e Misericórdia (532 milhões de euros, todas captando mais de 500 milhões de euros e com quotas de 10% a 11%.
A consultora inclui no grupo as freguesias de Arroios (453 milhões de euros) e Estrela (447 milhões de euros), ambas com quotas de 9%. As restantes freguesias alcançaram volumes investidos entre os 210 milhões e os 24 milhões de euros.
De acordo com Ricardo Guimarães, diretor da Confidencial Imobiliário, “este abrandamento era previsível, tendo em conta o pico histórico atingido em 2018, de cerca de 6.000 milhões de euros, e o facto de tal volume consolidar dois anos de crescimentos anuais acima dos 30%”.
No entanto, salienta que, antes da covid-19 “começava já a ser evidente alguma perda de força do mercado”, que atribui à “incerteza que se instalou entre os investidores na sequência das mudanças legais e fiscais anunciadas”.
“No atual cenário de quebra abrupta e inesperada da procura, poderá ser uma boa oportunidade fazer a reavaliação de tais medidas”, o que poderá “devolver confiança aos investidores” e ser “benéfico para amenizar este impacto”, considerou, salientando que, “com esta situação de pandemia, as transações pararam”, sendo “inevitável que a atividade anual seja afetada face a 2019”.
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