TAP avança para lay-off por causa do Covid-19
A TAP vai pedir ao Governo o acesso ao regime de lay-off simplificado. A medida abrange todas as classes profissionais e poderá atingir nove mil trabalhadores por um período até três meses.
A TAP vai pedir ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social a adesão ao regime de lay-off simplificado, avançou a SIC, tendo sido já confirmada pelo ECO junto de fonte da companhia aérea portuguesa. A medida é para o período de maio até junho, abrange todas as classes profissionais, incluindo pilotos e pessoal de bordo, e tem por objetivo limitar os custos da empresa quando tem a totalidade da frota em terra.
Ao que foi possível apurar, o lay-off vai abranger até 90% dos cerca de 10.000 colaboradores da empresa já a partir desta semana. A decisão foi apresentada pela administração da companhia aérea aos sindicatos e à Comissão de Trabalhadores, sendo que fonte oficial da TAP diz ao ECO que “nenhum trabalhador da TAP foi até agora notificado ou informado de que passaria ao regime de lay-off”
O lay-off está ainda a ser negociado com o Governo, sendo que o Estado detém 50% do capital da empresa. A ideia da TAP, sabe o ECO, é que esta aprovação do regime de lay-off entre em vigor a partir de dia 1 de abril. Recorde-se que, até ao momento, a Segurança Social recebeu pedidos de 1.400 empresas para o acesso ao lay-off simplificado.
Este lay-off vai abranger todas classes profissionais, incluindo pilotos e pessoal de bordo. Terá também incidência sobre os trabalhadores da parte comercial e da manutenção. Estes trabalhadores irão receber dois terços do vencimento, sendo 30% suportado pela empresa e 70% pela Segurança Social.
Recorde-se que o programa de licenças sem vencimento que a TAP lançou para fazer face ao impacto do surto de Covid-19 na sua atividade registou, até 19 de março, 300 adesões, sendo o prazo dessas licenças de seis meses.
Além disso, a TAP decidiu não renovar o contrato a prazo com 100 trabalhadores, que já foram notificados, uma medida do plano de contingência implementado pela companhia no âmbito do surto de Covid-19.
Voos? Só para Madeira e Açores
A decisão de avançar com o pedido de acesso a este regime vem no seguimento da suspensão de vários voos por causa da pandemia. Depois de cancelar 1.000 voos, decidiu cancelar mais 2.500 nos primeiros dias deste mês. Com o agudizar da pandemia, acabou por suprimir mais voos, passando as ligações de 75 para apenas 15.
Agora, a TAP vai suspender a totalidade dos voos a partir de 1 de abril, sendo realizados, condicionado às autorizações, apenas ligações para a Madeira e Açores. Fica ainda em aberto a execução de voos para missões específicas.
(Notícia em atualização)
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