Casos de Covid-19 sobem para 11.730. Já morreram 311 pessoas
A Direção-Geral da Saúde elevou para 11.730 o número de casos confirmados de Covid-19 em Portugal, um crescimento diário de 4% que é mais baixo desde a chegada da pandemia ao país.
As autoridades de saúde portuguesas encontraram 452 novos casos de Covid-19, elevando de 11.278 para 11.730 o número de pessoas infetadas pelo novo coronavírus no país. Trata-se de uma taxa de crescimento diária de cerca de 4%, a mais baixa desde que o vírus chegou ao país.
Os dados apurados pela Direção-Geral da Saúde (DGS) até à meia-noite mostram também que a doença provocou a morte a 16 pessoas nas últimas 24 horas, o que faz subir para 311 o número total de óbitos causados pela pandemia em Portugal até ao momento. Já 140 pessoas infetadas foram dadas como recuperadas.
Boletim epidemiológico de 6 de abril de 2020:
A região Norte continua a registar o maior número de pessoas infetadas (6.706) e de óbitos (168), seguindo-se a região de Lisboa e Vale do Tejo (3.070 casos confirmados). A região Centro do país é a terceira região com mais casos (1.521), mas é também a segunda a registar a maior quantidade de óbitos (76).
Entre os casos mais graves da doença, 1.099 pessoas estão sujeitas a internamento hospitalar e 270 encontram-se em unidades de cuidados intensivos. Ou seja, a esmagadora maioria das pessoas infetadas, 86,6% do total, está a ser medicamente acompanhada no domicílio, como tem sido previsto e promovido pela DGS.
Entre os óbitos a lamentar, a maioria deram-se nas camadas vulneráveis da população. Do total de 311 mortes registadas pelo Covid-19, 199 foram de cidadãos com mais de 80 anos e 71 pessoas com 80 a 79 anos de idade. Estas eram pessoas que estavam no chamado grupo de risco, a quem o novo coronavírus tem provocado as maiores complicações.
Este coronavírus é uma nova estirpe que teve origem na China em dezembro de 2019, na cidade de Whuan. Chegou a Portugal a 2 de março, mas desde 1 de janeiro de 2020 que a DGS encontrou um total de 91.794 casos suspeitos no país. Das pessoas testadas, 75.564 não estavam infetadas pelo coronavírus.
Em Portugal, há ainda um total de 23.470 pessoas sob vigilância das autoridades, sobretudo por terem estado em contacto com pessoas cujos testes deram positivo para esta doença. Um total de 4.500 pessoas aguarda resultado laboratorial.
Portugal tem uma [capacidade de] testagem de cerca de 10.500 amostras processadas por milhão de habitantes, em linha e em alguns casos acima de países como a Suécia e a Dinamarca.
Máscaras para todos? DGS aguarda “parecer”
Em conferência de imprensa, a diretora-geral da saúde não quis comprometer-se já com uma eventual recomendação à população para que toda a gente use máscara de proteção facial. “Pedimos o parecer para as máscaras, temos visto outros pareceres. À data estamos alinhados com a Organização Mundial da Saúde”, disse Graça Freitas.
Atualmente, a máscara é apenas recomendada a pessoas com sintomas, doentes com Covid-19 e profissionais de saúde, entre outras exceções. Mas alguns países admitem estender a recomendação a toda a população. Além disso, a ministra da Saúde, Marta Temido, também já disse que “em algumas circunstâncias, a utilização de máscaras pode ter um efeito protetor”.
Na mesma conferência de imprensa, o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, anunciou que a taxa de letalidade global é de 2,7%, ou 10,5% nos doentes com mais de 70%. O governante disse ainda que “Portugal continua a aumentar o número de testes efetuados”.
“Mais testes que países como a Suécia e a Dinamarca”
“Desde 1 de março, foram realizados cerca de 110 mil testes de diagnóstico. A nossa capacidade instalada para diagnóstico é de 11 mil testes por dia, 7.000 no público e 4.000 no privado. A esta capacidade acrescem testes realizados em instituições de investigação nas várias universidades do país, cuja disponibilidade muito agradecemos”, referiu.
Lacerda Sales disse ainda que, “do total de testes, 54% foram realizados nos laboratórios públicos e 46% nos privados”. “Portugal tem uma testagem de cerca de 10.500 amostras processadas por milhão de habitantes, em linha e em alguns casos acima de países como a Suécia e a Dinamarca e não muito longe de Itália”, garantiu.
Por fim, o secretário de Estado considerou que, ao nível do equipamento, “estamos numa fase onde há garantia de alguma estabilidade nas compras e previsão de entrega de encomendas”. Esta semana chegam mais 500 ventiladores a Portugal e, na próxima semana, depois da Páscoa, deverão chegar mais 500, disse. “Já foram entregues 144 ventiladores a hospitais de todo o país, de norte a sul. É um equipamento crucial numa altura em que aumenta o número de doentes em unidades de cuidados intensivos”, lembrou.
(Notícia atualizada às 13h08 com mais informações)
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