Imobiliário rendeu 1.500 milhões até março. Vírus vai travar setor
Primeiro trimestre foi o segundo melhor trimestre de sempre na história do país. Mas o resto do ano vai trazer um abrandamento. 2020 deverá fechar abaixo dos 2.500 milhões.
O imobiliário está a ser um dos setores afetados pela atual crise, mas o primeiro trimestre conseguiu escapar a este tsunami. De acordo com a consultora CBRE, até março foram fechados 17 negócios imobiliários, num total de 1.500 milhões de euros, o segundo valor trimestral mais elevado de sempre. Contudo, para a totalidade do ano, o setor estima quebras de 30% face ao ano passado.
Entre janeiro e março, dos 42 imóveis que foram transacionados, a CBRE destaca a venda de uma participação num conjunto de centros comerciais constituído pelo Centro Colombo, o Centro Vasco da Gama, o CascaiShopping e o NorteShopping, que representou cerca de metade dos 1.500 milhões transacionados.
Além disso, foram vendidos dois portefólios, um com dez hotéis e outro com oito escritórios, refere o research da consultora. Assim, “o setor do comércio captou mais de 50% do total do investimento no trimestre”, com os hotéis a representarem 24% e os escritórios 19%. Do montante associado a estas operações, cerca de 75% do investimento veio de investidores internacionais.
Os números registados nos primeiros três meses do ano dão continuidade à tendência bastante positiva observada no último trimestre do ano passado, em que foram transacionados 1.700 milhões de euros no mercado, um recorde para o mercado nacional. Estes 1.500 milhões do primeiro trimestre “excedem já o valor total captado em 2007, antes da crise”, refere a CBRE.
Para a totalidade do ano, o mercado esperava que fosse batido um novo recorde face aos 3.500 milhões de euros registados em 2019, mas as expectativas estão agora mais baixas, devido à crise que está a gerar incerteza no setor. Ainda assim, a CBRE acredita que dentro de três meses o mercado vai começar a recuperar e que será possível fechar o ano entre os 2.000 e os 2.500 milhões de euros em negócios.
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