Portugal regista 16.934 casos de Covid-19. Número de mortes sobe para 535
A Direção-Geral da Saúde elevou para 16.934 o número de casos confirmados de Covid-19 em Portugal, mais 349 do que no dia anterior, a menor percentagem de subida de casos registada até agora.
A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 349 novos casos de coronavírus em Portugal nas últimas 24 horas, elevando para 16.934 o número de pessoas infetadas com a doença. É a taxa de crescimento diária mais baixa já registada desde o início do surto em Portugal, de 2,10%.
Os dados apurados pelas autoridades de saúde até à meia-noite revelam ainda que morreram mais 31 doentes por causa do vírus, num total de 535 desde que o surto foi detetado no país. A ministra da Saúde adiantou que 21 das vítimas mortais registadas nas últimas 24 horas eram utentes com mais de 80 anos, na conferência de imprensa diária.
Desta forma, a taxa de letalidade, ou seja, o número de pessoas que morre em relação ao número de doentes, subiu para 3,2%. Um total de 277 pessoas já recuperou da doença, número que não se alterou face ao dia anterior.
Segundo o balanço da DGS, do total de pessoas infetadas, 1.187 estão sujeitas a internamento hospitalar, das quais 188 estão em unidades de cuidados intensivos. As restantes estão a ser acompanhadas nos respetivos domicílios. Há ainda 3.264 casos que estão a aguardar resultados laboratoriais e 26.989 pessoas sujeitas à vigilância das autoridades.
A ministra da Saúde indicou que desde 1 de março foram realizados 179 mil testes para Covid-19 em Portugal. “Durante os primeiros dias de abril já realizamos mais testes do que durante mês de março, o que mostra a estratégia de testar mais”, referiu Marta Temido.
O Norte continua a ser a região mais afetada do país, com 9.984 casos e 303 óbitos, seguido por Lisboa e Vale do Tejo, com 3.896 casos e 96 mortes e o Centro, que regista 2.477 casos e 123 mortes. Há ainda registo de 284 casos e nove mortes no Algarve, e 140 casos no Alentejo, de acordo com o boletim epidemiológico. Nos Açores registam 94 casos e quatro óbitos, e na Madeira há 59 infetados.
Graça Freitas refere, na conferência de imprensa diária, que, no que diz respeito à letalidade da doença, “há pequenas variações regionais” que podem refletir certos fatores. Estes são a “distribuição demográfica da população, a densidade populacional e a concentração de pessoas vulneráveis em instituições”.
Máscaras “sociais” recomendadas em espaços fechados com muitas pessoas
A Direção-Geral da Saúde (DGS) vai recomendar o uso de máscaras não cirúrgicas, também chamadas “sociais ou comunitárias”, em espaços fechados e com elevado número de pessoas, como supermercados e transportes públicos, anunciou a ministra da Saúde, Marta Temido, na conferência de imprensa diária.
Marta Temido sublinhou que esta é uma “medida adicional e suplementar às medidas já implementadas”, e que é para quando o confinamento começar a ser levantado, quando a possibilidade de muitas pessoas se juntarem no mesmo espaço for mais provável.
Já no que diz respeito à capacidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS), a diretora-geral da Saúde aponta que “os dados que temos indicam que ainda não foi atingido o máximo do nosso potencial”. Ainda assim, Graça Freitas aponta que “não podemos ficar descansados com estes números, mas de facto estamos num planalto e não houve necessidade de expandir a capacidade instalada, que tem sido, até à data, suficiente para dar a resposta.”
Quanto ao regresso à normalidade, a ministra adiantou que poderá recomeçar o “tratamento programado não-urgente de doentes não-Covid-19 em segurança nas próximas semanas”. Marta Temido aponta que está a ser articulado com as estruturas que gerem o acesso ao SNS e com as Administrações Regionais de Saúde o plano de regresso à normalidade, que será conhecido nos próximos tempos.
Este plano terá três tipos de resposta. “Os hospitais vão identificar os casos mais prioritários, depois identificar as equipas cirúrgicas e ponderar até alguma flexibilidade para otimizar as condições de utilização para evitar que o sistema fique congestionado nesta fase”, explica a ministra.
(Notícia atualizada às 13h50)
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