Num mês, cerca de 163 mil portugueses perderam o emprego, alerta Eugénio Rosa
Um inquérito da Universidade Católica, para avaliar os efeitos da pandemia, mostra que 4% dos trabalhadores perderam o emprego em cerca de um mês.
Num mês, cerca de 163 mil trabalhadores perderam o seu posto de trabalho, mais de 980 mil estão sem atividade e 1,7 milhões viu o salário reduzido, devido à crise provocada pela pandemia do novo coronavírus, alerta o economista Eugénio Rosa. As conclusões são retiradas a partir de um estudo da Universidade Católica.
O inquérito, que tem uma amostra aleatória de 1.700 inquiridos e que foi realizado entre 6 e 9 de abril, mostra que 4% dos empregados já perderam o emprego. “Tomando como base o número de trabalhadores por conta de outrem em dezembro de 2019 (4,083 milhões) é fácil de concluir que já foram despedidos 163 mil trabalhadores devido à crise, e isto apenas num mês”, aponta Eugénio Rosa, num estudo publicado na sua página online.
Além disso, 36% dos inquiridos têm agora rendimentos inferiores aos que recebiam antes da crise. Em relação ao emprego total, que inclui empresários e trabalhadores, isto traduz-se em cerca de 1,7 milhões de portugueses. Relativamente a trabalhadores, corresponde a cerca de 1,47 milhões, aponta o economista.
Quanto ao lay-off, o inquérito conclui que na primeira semana deste mês já 13% dos trabalhadores estavam neste regime, o que corresponde a cerca de 530 mil trabalhadores. Neste regime, os trabalhadores têm direito a receber pelo menos dois terços da retribuição normal ilíquida.
No estudo da Católica concluiu-se também que um em cada cinco está sem atividade, o que pode corresponder a cerca de 981 mil portugueses. “Neste total estão incluídos naturalmente milhares de micro e pequenos empresários e de trabalhadores com recibo verde devido às suas empresas terem fechado (muitos deles vão desaparecer porque não aguentam o fecho e a incerteza futura) e de “recibos verde” cuja prestação de serviços foi extinta por falta de atividade”, sinaliza Eugénio Rosa.
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