Vendas de carros estão a afundar 86% este mês. ACAP pede medidas ao Governo
Setor automóvel está em crise. Pandemia está a fazer afundar as vendas de carros, levando a ACAP a exigir ao Governo que adote medidas específicas para ajudar um setor que tanto contribui em impostos.
O setor automóvel está a ser fortemente penalizado pela pandemia. Com os stands encerrados por causa do estado de emergência, as vendas estão a afundar. A ACAP aponta para uma quebra de 86% na comercialização de veículos novos este mês, exigindo por isso a intervenção do Governo, adotando medidas para ajudar o setor.
“No período de 1 a 14 de abril, o mercado de ligeiros de passageiros teve uma queda de 86%. Ou seja, neste período foram matriculados 838 veículos e, no período homólogo de 2019, tinham sido matriculados 6.208″, revela a ACAP em comunicado. “E há que ter em consideração que a maioria destas matrículas correspondem a encomendas efetuadas antes de 16 de março”, remata.
Esta forte quebra revelada por Hélder Pedro, secretário-geral da ACAP, sucede a um mês, o de março, em que as vendas tinham já registado uma quebra acentuada, de mais de 50%, no mercado de automóveis novos. “No mercado de viaturas usadas, a situação é mais complicada ainda”, remata.
Neste sentido, e por considerar que o “setor automóvel é, sem dúvida, dos mais afetados por esta grave crise”, a ACAP propôs ao Governo a tomada de medidas para, por um lado, minimizar o impacto desta crise e, por outro, relançar a procura.
A ACAP pede:
- Aumento, imediato, da linha de apoio à compra de veículos elétricos que deverá ver a sua dotação aumentada em 100%;
- Plano de incentivo ao abate de veículos em fim de vida (com mais de 12 anos);
- Suspensão de pagamento de IUC;
- Linha de crédito específica para as empresas do setor com uma parte do capital a fundo perdido.
A associação que representa as marcas nota a importância que o setor tem para a economia, salientando que “setor automóvel é responsável por 21% do total de receitas fiscais, por 25% das exportações de bens transacionáveis, representa 19% do PIB e emprega diretamente 200.000 pessoas”. Nestas duas primeiras semanas de abril, a ACAP estima “uma perda de receitas por parte do Estado de 15 milhões de euros”.
(Notícia atualizada às 16h37 com mais informação)
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