76% das empresas defende regresso gradual à atividade económica
A percentagem de empresas que defende a retoma da atividade ultrapassa os 70%, sendo que 33% já recorreu ao lay-off. Alojamento e restauração seguido dos serviços são os setores mais afetados.
Num universo de 2.411 empresas, 76% é a favor do regresso gradual à atividade económica, sendo que 20% defende um regresso de forma imediata e 56% defende a retoma no início de maio. Contrariamente a 24% das empresas que só tenciona regressar quando a pandemia estiver controlada, revela a Associação Industrial Portuguesa (AIP).
De acordo com o inquérito realizado pela associação de 9 a 14 de abril, das empresas que defendem a retoma gradual da economia num curto prazo, 33% destaca que já recorreu ao lay-off, isto é, ao apoio extraordinário à manutenção de contratos de trabalho que reduz o rendimento dos trabalhadores a dois terços, sendo que 70% do vencimento é assegurado pela Segurança Social e 30% pela empresa. Por outro lado, 30% das empresas inquiridas já recorreu às moratórias, 28% a medidas fiscais e contributivas, 21% a linhas de financiamento e 5% à antecipação de incentivos.
Por outro lado, 29% das empresas inquiridas não tiveram acesso ao lay-off e 13% despediu ou tencionar despedir colaboradores devido à pandemia do Covid-19.
Das 33% das empresas que recorreram ao lay-off, 74% pertencem ao alojamento e restauração e 32% são de serviço e comércio. Sendo que 28% são empresas exportadoras e 34% não exportadoras.
Das empresas que não recorreram ao lay-off (68%): 47% não precisaram deste apoio do Estado; 29% não têm condições de acesso; 14% apontaram outras razões, como falta de encomendas, férias ou despedimentos; 6% ainda estão em processo de decisão e 5% não têm trabalhadores dependentes.
Covid-19 afetou o volume de negócios de 79% das empresas
Os números revelam que houve uma “forte redução” na economia na sequência da luta contra a pandemia. 79% das empresas inquiridas viram o volume de negócios a ser brutalmente afetado por esta pandemia. 34% das empresas registaram quebras no volume de negócios superiores a 40% e 53% das empresas viram o rendimento cair mais de 20%.
Os setores mais afetados desde o início da crise são o alojamento e a restauração (98%), serviços (81%), transportes e armazenagem (79%), comércio e construção (77%), indústria (75%) e agricultura e pescas (64%). Deste universo 56% são grandes empresas, 66% médias empresas, 76% pequenas empresas e 82% microempresas.
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