Lucro da Coca-Cola aumenta 65% no 1.º trimestre para 2.556 milhões de euros
Os resultados líquidos da Coca-Cola aumentaram em 65% no 1º trimestre de 2020, para 556 milhões de euros, face ao período homólogo. Empresa espera “um impacto material” no ano fiscal devido ao surto.
O lucro da Coca-Cola aumentou em 65% no primeiro trimestre deste ano, para 2.775 milhões de dólares (2.556 milhões de euros), face a igual período do ano anterior, revelou esta terça-feira a multinacional norte-americana.
Em comunicado, a Coca-Cola advertiu para o facto de que irá sofrer “um impacto material” no ano fiscal devido às medidas de distanciamento social e confinamento em todo o mundo para conter a pandemia da covid-19.
A multinacional, com sede em Atlanta, nos Estados Unidos, referiu também que faturou 8.601 milhões de dólares entre janeiro e março, menos 1% na comparação com o trimestre homólogo, tendo esclarecido que o volume de negócios no final de fevereiro estava a crescer 3%, excluindo a China, e que estava “a caminho de cumprir as metas para 2020”.
No entanto, a empresa explicou que em março, com a expansão global da pandemia da covid-19, “os países reforçaram os pedidos de distanciamento social e de confinamento das populações”, levando a “mudanças significativas nos padrões de consumo dos consumidores” nos mercados onde está presente.
Nesse sentido, a Coca-Cola explicou que notou “a falta” de consumidores em alguns mercados, a que se seguiram “níveis de procura mais normalizados e um forte aumento no comércio eletrónico”, tudo isto com reflexos nos resultados do segundo trimestre do ano.
Os volumes de vendas permaneceram estáveis nos mercados da América Latina, Europa, Médio Oriente e África devido ao impacto do novo coronavírus em março, enquanto na Ásia-Pacífico caíram 7%, com a única subida, de 3%, a ser apresentada na América do Norte.
“Neste contexto e desde o início de abril, a Coca-Cola sofreu uma queda global no volume da ordem dos 25%”, o que tem a ver, em particular, com as vendas relacionadas com o consumo “fora de casa”.
A empresa não quantificou o impacto que espera ter no segundo trimestre e durante todo o ano, mas este irá “depender fortemente” das medidas para controlar a expansão do novo coronavírus “e do ritmo de recuperação macroeconómico”.
A multinacional manifestou-se, no entanto, “otimista” em relação à melhoria das condições no segundo semestre deste ano.
Os resultados da Coca-Cola excederam as expectativas dos analistas de Wall Street, mas suas ações caíram mais de 4% após a abertura da sessão desta terça-feira. A empresa norte-americana já perdeu quase 20% de seu valor de mercado.
A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 170 mil mortos e infetou quase 2,5 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 558 mil doentes foram considerados curados.
Por regiões, a Europa soma mais de 106 mil mortos (1,2 milhões de casos), os Estados Unidos e o Canadá mais de 44 mil mortos (mais de 824 mil casos), a Ásia mais de sete mil mortos (mais de 172 mil casos), o Médio Oriente quase 5.700 mortos (cerca de 130 mil casos), a América Latina e Caribe mais de 5.300 mortos (quase 110 mil casos), África 1.161 mortos (mais de 23 mil casos) e a Oceânia com 91 mortos (cerca de oito mil casos).
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China
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