Vieira da Silva diz que “o teletrabalho levanta problemas muito delicados”
Ex-ministro do Trabalho e da Segurança Social destaca entraves em termos de interação, mas também questões como número elevado de horas de trabalho que são mais difíceis de controlar no teletrabalho.
Vieira da Silva, ex-ministro do Trabalho e da Segurança Social, revela uma posição muito conservadora relativamente ao teletrabalho. Em entrevista ao Jornal de Negócios (acesso pago), o ex-governante diz que este “levanta problemas muito delicados”, considerando que é mais fácil controlar a forma como o trabalho é prestado e remunerado quando feito de forma presencial.
“Aquelas visões de que isto é uma oportunidade para passarmos de um paradigma de organização do trabalho para um outro radicalmente diferente, em que todos nós trabalhamos nesta rede de nuvem etérea em que tudo funciona no melhor dos mundos… não sou partidário desta visão”, diz Vieira da Silva, salientando os entraves em termos de interação, mas também questões da natureza das relações de trabalho, como o número elevado de horas de trabalho que são mais difíceis de controlar no teletrabalho.
Questionado relativamente ao aumento do desemprego e ao maior risco associado às pessoas com mais idade e se a política de adiamento da idade de reforma se deve manter, Vieira da Silva é perentório. Considera que seria um erro inverter esse caminho. E alerta que “antecipar a idade da reforma é uma solução perigosa”.
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