Alemanha critica EUA. E rejeita convite de Trump para cimeira do G7
A rutura de Washington com a Organização Mundial da Saúde é um “sério revés para a saúde mundial”, alertou o ministro da Saúde alemão, defendendo que agora a União Europeia precisa “comprometer-se".
A rutura de Washington com a Organização Mundial da Saúde (OMS) é um “sério revés para a saúde mundial”, alertou este sábado o ministro da Saúde alemão, defendendo que agora a União Europeia precisa “comprometer-se mais” financeiramente.
Numa mensagem divulgada no Twitter, o governante alemão Jens Spahn aproveitou para salientar a necessidade de reformar aquela instituição das Nações Unidas. Jens Spahn insistiu que a União Europeia deve “comprometer-se mais” financeiramente após a decisão do Presidente dos EUA, Donald Trump, de cortar laços com a OMS, que acusou de ser inapta na gestão da pandemia de covid-19.
Na sexta-feira, Donald Trump alegou que a OMS não soube responder de forma eficaz ao seu apelo para introduzir alterações no modelo de financiamento, depois de já ter ameaçado cortar o financiamento à organização das Nações Unidas, acusando-a de ser demasiado benevolente com o Governo chinês.
Tweet from @jensspahn
No início deste mês, o Presidente norte-americano já tinha feito um ultimato à OMS, ameaçando cortar a ligação à organização se não fossem feitas reformas profundas na sua estrutura e no seu modus operandi.
Nessa altura, Trump suspendeu temporariamente o financiamento à OMS, no valor que está estimado em cerca de 400 milhões de euros anuais, o que corresponde a 15% do orçamento da organização.
Merkel rejeita convite de Trump para comparecer na cimeira do G7
Além das críticas do ministro da saúde, também a chanceler alemã, Angela Merkel, rejeitou o convite do Presidente norte-americano para participar pessoalmente na cimeira do G7, em junho, nos Estados Unidos da América (EUA), devido ao contexto pandémico da covid-19, revelou hoje o escritório do governo germânico.
“Atualmente, dada a situação geral da pandemia, ela não se pode comprometer em participar pessoalmente [na cimeira]”, disse o seu gabinete, acrescentando que Angela Merkel continuará a monitorizar a situação do novo coronavírus.
Depois de ter cancelado a cimeira do G7, marcada para 11 e 12 de junho, em Camp David, o Presidente norte-americano disse há uma semana que estava a considerar organizar uma reunião de líderes, porque seria “um excelente sinal para todos” para um regresso ao normal durante a pandemia.
Imediatamente após o anúncio, a chanceler alemã admitiu que não ainda tinha decidido comparecer pessoalmente ou por videoconferência, mas este sábado o seu escritório disse à agência DPA que a governante já tomou uma decisão.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 362 mil mortos e infetou mais de 5,8 milhões de pessoas em 196 países e territórios. Mais de 2,4 milhões de doentes foram considerados curados.
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