Otimismo na reabertura da economia continua a dar ganhos a Wall Street
Da aviação à energia, passando pelas retalhistas e farmacêuticas: as subidas em Wall Street são transversais aos vários setores.
Wall Street está em alta, dando continuidade aos fortes ganhos da semana passada. É o otimismo dos investidores em relação à reabertura da economia que está a impulsionar as cotações das ações norte-americanas.
O Dow Jones sobe 0,79% para os 27.327,1 pontos, enquanto o S&P 500 valoriza 0,38% para os 3.206,11 pontos. O Nasdaq, que fechou na passada sexta-feira em máximos históricos, algo que não acontecei desde 19 de fevereiro, período anterior à pandemia, continua a valorizar. Avança 2,06% para os 9.814,08 pontos.
É de notar ainda que o S&P 500 já está perto de atingir os níveis com que iniciou o ano, isto depois de no início da pandemia ter estado a negociar cerca de 30% abaixo do valor inicial de 2020.
Uma das razões que está a levar à recuperação dos mercados foram os surpreendentes números do desemprego nos EUA com uma recuperação expressiva que não era antecipada pelos economistas.
“Parece que o bear market mais rápido da história foi seguido pela recuperação mais drástica da história“, resume o analista Marc Chaikin, CEO da Chaikin Analytics, à CNBC, assinalando que, apesar de os casos continuarem em crescimento em alguns Estados norte-americanos, “os investidores estão a ver o copo meio cheio e a olhar para os próximos 12 a 18 meses”.
As subidas nos índices norte-americanos são especialmente visíveis nos setores mais afetados pelo coronavírus. É o caso do setor da aviação onde, por exemplo, a transportadora aérea United está a valorizar mais de 10%. Há ainda o caso das retalhistas e dos operadores de cruzeiros.
Além destes setores, as empresas do setor da energia também estão a reagir ao prolongamento até ao fim de julho do histórico corte de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e aliados. Em Nova Iorque, o petróleo já superou os 40 dólares.
Outro dos setores que tem estado sob atenção nos últimos meses, na sequência do vírus, é o setor farmacêutico. Esta segunda-feira corre a notícia de que a norte-americana Gilead Sciences terá sido contactada pela britânica AstraZeneca para uma fusão que resultaria numa das maiores farmacêuticas do mundo. As ações da Gilead, que no passado recente já beneficiaram dos avanços para um tratamento eficaz contra o coronavírus através do remdesivir, estão a subir mais de 5%.
Esta semana as atenções dos investidores estarão também na reunião da Reserva Federal norte-americana que termina esta quarta-feira. Esta será a primeira reunião desde o início de abril.
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