Wall Street avança. Mais compras da Fed dão ganhos na bolsa
Mais uma vez, a ação do banco central levou à valorização das cotadas nos EUA. No início da sessão, os índices registaram perdas entre 1% a 2%, mas acabaram por fechar com ganhos.
Wall Street abriu esta segunda-feira em terreno negativo, mas inverteu com o anúncio da Reserva Federal norte-americana de que irá ampliar o programa de compra de dívida de empresas, mais uma medida de apoio monetário à economia.
O Dow Jones subiu 0,62% para os 25.763,15 pontos, o S&P 500 avançou 0,83% para os 3.066,59 pontos e o Nasdaq somou 1,43% para os 9.725,02 pontos. Ainda assim, o índice tecnológico continua aquém dos máximos históricos alcançados recentemente.
A meio da sessão em Nova Iorque, a Fed disse que a partir desta terça-feira irá passar a comprar obrigações individuais de empresas que satisfaçam o rating mínimo, alargando o âmbito das compras que fazia até agora através de ETFs (exchange-traded funds) de obrigações de empresas. A ação do banco central norte-americano tem sido um dos catalisadores da forte recuperação das bolsas desde os mínimos de março provocados pelos receios relacionadas com a pandemia.
Contudo, na semana passada a Fed divulgou projeções económicas mais pessimistas do que o esperado numa altura em que os investidores estavam otimistas sobre a reabertura da economia norte-americana. Os números viriam a contribuir para as fortes quedas registadas em Wall Street com os índices norte-americanos a marcar na semana passada a maior queda semanal desde março.
Esta terça-feira, a política monetária poderá continuar a marcar o andamento dos mercados uma vez que o líder do banco central norte-americano, Jerome Powell, volta a pronunciar-se em público, desta vez perante o congresso norte-americano.
No início desta sessão, os investidores mostravam receios com uma segunda vaga da pandemia após recente aumento dos casos na China — com a reintrodução de novas medidas de contenção do vírus — e em partes dos Estados Unidos, o que diminuiu a expectativa de uma recuperação económica rápida.
Entre as cotadas, as tecnológicas voltaram a brilhar com o Facebook, a Amazon, a Netflix e a Apple a subir mais de 1%. O setor financeiro norte-americano também valorizou.
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