Revolut Portugal reduz equipa em 10%. Saem 11 pessoas por “mútuo acordo”
A Revolut está a reduzir a dimensão da equipa a nível global. Em Portugal já houve 11 rescisões por "mútuo acordo" durante os meses da pandemia. No total, 16 pessoas deixaram a empresa desde janeiro.
A pandemia trocou as voltas a muitas startups. E a Revolut é uma delas. No ano passado, o banco digital instalou em Matosinhos a segunda maior unidade que tem na Europa e estava focado em contratar mais pessoas. Agora, encontra-se a reduzir a dimensão das equipas em vários países, incluindo também Portugal.
“No nosso escritório no Porto temos atualmente 105 trabalhadores. Em abril e maio de 2020, as rescisões por mútuo acordo foram acordadas com 11 pessoas permanentes; quatro destas rescisões ocorreram em abril e as restantes sete em maio”, avançou ao ECO fonte oficial da Revolut em Portugal.
Estes são os números dos meses da pandemia. Tendo por base um número aproximado de 120 pessoas a trabalharem na Revolut em 2019, a redução de equipa rondará os 10%. Adicionalmente, segundo apurou o ECO, houve cinco pessoas que saíram para outras empresas e não necessariamente durante a crise do Covid-19, fixando em 16 o total de trabalhadores que saíram este ano.
A fintech britânica assenta em Matosinhos algumas operações de compliance e de apoio ao cliente e já tinha sido tornado público que a empresa terá dispensado pelo menos 62 pessoas em todo o mundo, a esmagadora maioria na Polónia. Não foi possível apurar se o processo de redução ainda está em curso.
Esta notícia surge depois de a Wired ter denunciado, no início deste mês, alegadas pressões internas na Revolut para que os trabalhadores afetados aceitassem os termos do “mútuo acordo”. A revista dá como exemplo uma alegada trabalhadora que teve de escolher entre o “mútuo acordo” ou o despedimento por performance deficiente.
A Revolut nega as pressões e dá outra explicação ao ECO. “Em linha com a prática normal nas empresas, poderíamos convocar um processo de consulta de redundâncias com os funcionários afetados, ou entrar em rescisão por mútuo acordo mais favorável para eles”, começa por indicar a mesma fonte. Porém, segundo a Revolut, “uma vez que não havia oportunidades de trabalho alternativas disponíveis, tornando o processo de consulta de redundâncias inútil, os funcionários aceitaram pacotes de rescisão robustos assinando acordos de rescisão mútua, o que está de acordo com as exigências da legislação laboral”.
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