Cerca de 40% das energéticas sofreram interrupções do negócio em abril
38% das empresas do setor energético sofreram algum tipo de interrupção do negócio em abril, enquanto 28% afirmou ter começado a sofrer paralisações logo desde janeiro.
Cerca de 40% das empresas do setor energético sofreram algum tipo de interrupção do negócio em abril, devido à pandemia, e a maioria está a adiar ou reduzir manutenções não essenciais para reduzir custos, divulgou esta sexta-feira a Marsh JLT Specialty.
De acordo com uma pesquisa realizada pela Marsh JLT Specialty a mais de 4.500 empresas do setor energético e elétrico a nível mundial, mais de um terço (38%) das empresas sofreu uma interrupção em abril de 2020, como resultado do impacto do surto de Covid-19, e 28% afirmou ter começado a sofrer paralisações logo desde janeiro.
O relatório acrescenta que as empresas elétricas e renováveis norte-americanas começaram a sentir efeitos de rutura apenas a partir de abril, enquanto na Europa Ocidental e em empresas petrolíferas nacionais integradas ou internacionais, as perturbações sentiram-se muito mais cedo, em janeiro de 2020.
As pequenas e médias empresas do setor energético foram as que sentiram o maior impacto da pandemia nas suas operações, enquanto as grandes empresas (medidas pela dimensão de produção) não sofreram grandes interrupções, conclui a pesquisa.
Como parte das medidas de redução de custos, a manutenção não essencial foi reduzida, ou até adiada em alguns casos, optando as empresas por proteger apenas a manutenção crítica.
No entanto, o documento alerta para que se tenha “muita precaução”, uma vez que os dados históricos das perdas demonstram uma “forte correlação entre a redução da manutenção e um acréscimo das perdas e dos incidentes”.
Reduções e adiamentos nos investimentos são também medidas de gestão de custos planeadas e em curso, apontadas por mais de metade dos inquiridos.
O documento refere ainda que algumas organizações estão a reduzir o número de colaboradores efetivos, em funções não essenciais fora do processo de operações, embora grande parte não esteja a considerar tomar esta atitude.
Já quanto à duração da interrupção no negócio, 22% das empresas inquiridas acredita que seja de quatro a seis meses, 19% afirma que durará entre sete a nove meses, 13% acredita que será de 10 a 12 meses e apenas 3% referiu que durará três meses ou menos.
Mais de um décimo (13%) dos inquiridos referiu que, desde o início do ano até à data, o impacto financeiro da pandemia nos seus negócios tinha excedido os 100 milhões de dólares (cerca de 89 milhões de euros) e 10% afirmou esperar que o impacto financeiro global do ano de 2020 seja de mais de 500 milhões de dólares (cerca de 446 milhões de euros).
Quase metade das empresas inquiridas (41%) foram impactadas pela procura do cliente, porém as empresas apontam a capacidade dos seus principais fornecedores para a entrega e as limitações logísticas têm maior probabilidade de vir a impactar a sua operação no futuro.
As medidas para combater a pandemia paralisaram setores inteiros da economia mundial e levaram o Fundo monetário Internacional (FMI) a fazer previsões sem precedentes nos seus quase 75 anos: a economia mundial poderá cair 3% em 2020, arrastada por uma contração de 5,9% nos Estados Unidos, de 7,5% na zona euro e de 5,2% no Japão.
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