Manter lay-off nas empresas de transporte em Lisboa e Porto é “contraproducente”, diz Catarina Martins

A coordenadora do Bloco de Esquerda defende que manter o acesso ao regime de lay-off simplificado nas empresas de transporte que fazem serviço público coletivo nas Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto é “contraproducente”, apontando que contraria o esforço das autarquias que estão a pagar mais às empresas para compensar eventuais perdas.

“Acabar com o lay-off neste setor é um passo essencial, que já devia ter sido dado, e que pode permitir aumentar muito rapidamente a oferta de transportes rodoviários nos concelhos limítrofes do Porto e de Lisboa”, defendeu Catarina Martins, em conferência de imprensa, transmitida pelas televisões.

A líder bloquista aponta que estas linhas de transportes servem habitantes e trabalhadores da zona, sendo que, se a Direção-Geral de Saúde pede mais distância, se devia ter “mais transporte e não menos”. “Ter oferta de transportes reduzidos é um absurdo”, reitera Catarina Martins, apontando que deverão existir mais pessoas a trabalhar no verão do que o normal, já que muitas “já tiraram dias de férias”, antes do período típico.

Outra das medidas que o partido avançou para o combate à propagação da Covid-19 na Área Metropolitana de Lisboa é que se coloquem em circulação todas as carruagens nas linhas de Sintra, bem como uma reformulação das frequências dos comboios nesta linha, que serve alguns dos concelhos mais afetados pela pandemia.