Isabel dos Santos acusa PGR angolana de criar “quadro artificial” para justificar mandado de detenção
Isabel dos Santos nega que a justiça desconheça o seu paradeiro e acusa PGR de Angola de desejar "criar um quadro artificial de justificação" para emissão de um mandado internacional de detenção.
Isabel dos Santos reagiu às afirmações do procurador-geral da República (PGR) angolano, que assumiu na sexta-feira ter dificuldade em a notificar, admitindo que a possibilidade de emitir um mandado de captura internacional “está em aberto”. Isabel dos Santos diz ser falsa a afirmação de que a justiça angolana desconheça o seu paradeiro e acusa Helder Pitta Grós de querer “criar um quadro artificial de justificação” para a emissão do referido mandado.
“Desminto a afirmação de que não é conhecido o meu paradeiro ou que eu não esteja contactável. É falsa a afirmação de que a Justiça angolana desconhece o meu paradeiro e que não me possa contactar”, diz a empresária angolana em comunicado. Adianta ainda que os seus advogados “encontram-se mandatados conforme manda a lei, têm praticado vários atos sucessivamente nos processos e estão em contacto com a Procuradoria-Geral de Angola, com o Tribunal de Luanda e com as Justiças de Portugal”.
Esta reação surge depois de na sexta-feira Pitta Grós ter assumido dificuldades em notificar a empresária Isabel dos Santos, em Angola e noutros países, admitindo que a possibilidade de emitir um mandado de captura “está em aberto”. “Em Luanda já foi notificada nos locais possíveis onde poderia ser contactada e não houve nenhuma resposta”, adiantou Helder Pitta Grós, numa conferência de imprensa.
Isabel dos Santos reage, assim, a essas declarações, classificando-as de “sofisma inaceitável” e considerando que Pitta Grós “só pode querer desejar criar um quadro artificial de justificação para emissão de mandato internacional de detenção”.
“De facto, a minha liberdade de expressão parece estar a incomodar politicamente e por isso desejam calar-me política e socialmente a todo o custo”, diz ainda a empresária angolana, acrescentando estar “disponível, como sempre estive, a colaborar com a Justiça e a prestar todos os esclarecimentos necessários para que prevaleça a verdade”.
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