França adia reforma das pensões e subsídio de desemprego na origem de greves
As negociações sobre as reformas em França vão prolongar-se pelo menos até ao final do ano, anunciou o primeiro-ministro francês. Além disso, França adiou ainda as reformas no subsídio de desemprego.
O novo primeiro-ministro francês, Jean Castex, anunciou esta sexta-feira o adiamento até ao final do ano das reformas do sistema de pensões e de subsídio de desemprego, na origem de greves maciças, como pediam as organizações sindicais.
A reforma das pensões “vai manter-se”, disse Castex à saída de uma reunião com os parceiros sociais, acrescentando que as negociações se vão prolongar pelo menos até ao final do ano devido à crise económica provocada pela pandemia de covid-19.
Até agora, o objetivo do governo do Presidente Emmanuel Macron era finalizar as negociações no verão. A reforma proposta pelo executivo passa por aumentar a idade de reforma dos 62 para os 64, uma das medidas mais criticadas, e uniformizar os 42 sistemas de pensões diferentes que existem em França.
Nas atuais regras, os trabalhadores ferroviários, por exemplo, podem reformar-se mais cedo e outros trabalhadores, como os médicos ou os advogados, pagar contribuições mais baixas.
Quanto ao subsídio de desemprego, o executivo pretende limitar as condições de acesso a estas prestações, embora, esta sexta-feira , Jean Castex tenha assegurado que as alterações serão adaptadas “às presentes circunstâncias”.
As reformas, uma promessa central da campanha eleitoral de Macron em 2017, deram origem a semanas de greves e manifestações. Com a crise provocada pelo confinamento e quase paralisação económica aplicados para travar a propagação do vírus, as previsões apontam para uma contração de 11% da economia francesa em 2020 e um aumento da taxa de desemprego dos 8,1% de 2019 para pelo menos 11% em 2020.
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