Poupança e eficiência energética são chave para empresas ajudarem a adiar a sobrecarga do planeta
Em 2020, 22 de agosto é o dia em que começamos a sobrecarregar o planeta diz a Global Footprint Network. Hoje estamos a gastar por ano 1,6 planetas Terra.
É uma data que se assinala todos os anos, mas não pelos melhores motivos. O Dia da Sobrecarga da Terra (Earth Overshoot Day, no original em inglês) marca o momento em que a humanidade esgota todos os recursos biológicos que o planeta Terra tem capacidade para renovar durante todo o ano. A humanidade utiliza atualmente 60% a mais do que aquilo que pode ser renovado — o equivalente aos recursos de 1,6 planetas.
Portugal vai mais longe e é o 10º país do mundo com uma maior pegada ecológica, gastando por ano o equivalente a 2,5 planetas Terra.
Este ano, 22 de agosto é quando começamos a sobrecarregar o planeta diz a Global Footprint Network (em Portugal a data foi já assinalada a 25 de maio). O dia foi adiado quase um mês face às previsões iniciais, mas pelos piores motivos: a pandemia global de Covid-19 que obrigou milhões de pessoas em todo o mundo ao confinamento durante vários meses e assim contribuiu temporariamente para reduzir mas emissões de gases poluentes.
A pensar no papel que as empresas podem ter na reversão deste cenário, a Schneider Electric e a Global Footprint Network lançaram em conjunto o e-book “Strategies for One-Planet Prosperity” (Estratégias para a Prosperidade de um só planeta), que apresenta um enquadramento para que as os negócios de hoje continuem relevantes num mundo marcado pelas alterações climáticas e pela escassez de recursos. A recuperação económica que aí vem pode e deve ser verde.
A Schneider Electric está a colaborar com os investigadores da GFN para estimar quais as tecnologias disponíveis para edifícios, processos industriais e produção de eletricidade podem atrasar a data sem perda de produtividade ou conforto.
As duas entidades investigaram e descobriram que se 100% dos edifícios e infraestruturas industriais existentes em todo o mundo fossem equipados com tecnologias de eficiência energética e energia renovável (desenvolvidas e comercializadas pela Schneider Electric e pelos seus parceiros), e assumindo que não haveria mudanças nos hábitos humanos, a data do Earth Overshoot Day poderia ser adiada pelo menos em 21 dias. Ou seja, apenas através da feficiência energética seria possível ganhar mais três semanas por ano.
Se conseguirmos adiar o Dia da Sobrecarga da Terra por cinco dias, a cada ano que passa, seria possível regressar à “compatibilidade de um só planeta” antes de 2050, em linha com o Acordo de Paris. O e-book dá exemplos de empresas de vários setores económicos cujos modelos de negócios apoiam a visão “prosperidade de um só planeta”.
“Com a recuperação económica necessária na mente de todos, chegou a hora de os empresários e líderes da indústria reconhecerem que a oferta de produtos e serviços que melhoram a capacidade da humanidade para obter sucesso não tem a ver com fazer o bem, mas sim o que é necessário para o seu negócio”, afirma Mathis Wackernagel, fundador e presidente da Global Footprint Network, em comunicado.
O enquadramento de “prosperidade de um só planeta” foi lançado já no ano passado pela Schneider Electric e pela Global Footprint Network. Este ano, os dois parceiros uniram-se para ilustrar como as empresas cujos produtos e serviços apoiam o sucesso da humanidade a longo prazo – contribuindo para adiar a data do Earth Oveshoot Day – estão melhor posicionadas para se manter relevantes também a longo prazo.
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