Portugal quer emitir até 1.250 milhões em dívida a sete e 10 anos
Leilão de obrigações do Tesouro vai acontecer na próxima quarta-feira, segundo anunciou a agência liderada por Cristina Casalinho.
Portugal vai voltar na próxima quarta-feira ao mercado de dívida de médio prazo. A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP anunciou que pretende realizar um leilão duplo de obrigações do Tesouro (OT) a sete e dez anos, sendo que em conjunto poderá emitir até 1.250 milhões de euros.
“O IGCP, E.P.E. vai realizar no próximo dia 26 de agosto pelas 10h30 dois leilões das OT com maturidade em 15 de outubro de 2027 e 15 de fevereiro de 2030, com um montante indicativo global entre 1.000 milhões e 1.250 milhões de euros”, anunciou em comunicado a agência liderada por Cristina Casalinho.
O leilão vai acontecer numa altura em que os investidores têm mostrado forte apetite pela dívida nacional, levando o preço dos títulos a subir e a afundar as taxas. A última vez que Portugal se financiou a dez anos foi a 22 de julho, quando emitiu 820 milhões de euros com uma yield de 0,352% e uma procura 1,97 vezes acima da oferta. O juro destes títulos negoceia esta sexta-feira em mercado secundário em 0,341%.
Quanto às OT a sete anos, Portugal não se financiou com esta maturidade este ano. No entanto, no último leilão de títulos a seis anos, também no final do mês passado, o Tesouro colocou 430 milhões com uma taxa de -0,108% e uma procura superior à oferta em 2,72 vezes.
As baixas taxas de juro refletem a atuação do Banco Central Europeu (BCE), que, em plena pandemia, lançou uma bazuca para comprar dívida de países do euro numa altura em que os diferentes estados são forçados a gastos avultados para darem resposta à crise sanitária.
A bazuca do BCE para combater o impacto do vírus na economia do euro já ficou com quase 9 mil milhões de euros em dívida portuguesa. A estas compras realizadas entre março e julho acrescem 2,7 mil milhões em obrigações do Tesouro que o BCE comprou desde o arranque do ano.
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