F1 em Portugal com 38 mil nas bancadas. Espectadores podem ter de usar máscara
AIA chegou a apontar para 50 ou 60 mil espectadores nas bancadas a ver a F1. Número baixou para 46 mil, mas o limite será, agora, de 38 mil. Ainda há bilhetes.
A ParkAlgar, a gestora do Autódromo Internacional do Algarve, chegou a trabalhar num cenário em que teria 46 mil espetadores a assistir ao vivo ao regresso da “prova rainha” do automobilismo ao país, mas a fasquia está agora mais comedida. Numa altura em que os casos de Covid-19 estão a aumentar tanto em Portugal como no resto da Europa, Paulo Pinheiro garante que haverá público nas bancadas, mas a lotação do circuito será menor que o previsto. Resta saber se terão, ou não, de usar máscara para assistirem à corrida de Fórmula 1 (F1).
Em Portugal, os recintos desportivos continuam vazios, embora o secretário de Estado do Desporto, João Paulo Rebelo, diga esperar que “nas próximas semanas” o público possa estar de regresso às bancadas, não só dos estádios de futebol, mas a outros, como os autódromos. Aliás, desde que foi confirmada a prova portuguesa que essa era a expectativa, já que foi logo colocado à venda o primeiro lote de bilhetes — que rapidamente esgotou.
“Já temos autorização das autoridades” de saúde para a presença de público nas bancadas do AIA, entre 23 e 25 de outubro, ou seja, sensivelmente dentro de um mês. A garantia é dada ao ECO pelo CEO da gestora do recinto, que promete que será “respeitada e assegurada a proteção dos espectadores”. “É um ponto fulcral para nós”, remata.
Parkalgar está a prever um máximo de 38 mil espectadores, num recinto com capacidade para mais de 90 mil.
“O método utilizado [para a limitação de lugares no recinto] foi o de assegurar os distanciamentos, seja nas bancadas seja no processo de acesso ao circuito, para que durante todo o tempo as normas em vigor de distanciamento sejam cumpridas“, diz Paulo Pinheiro. Para isso, a Parkalgar está a “prever um máximo de 38 mil espectadores, num recinto com capacidade para mais de 90 mil”.
A lotação prevista é inferior à apontada inicialmente pelo responsável logo após a confirmação da realização da prova de F1 em território nacional, que era de 46 mil, cerca de metade da capacidade máxima — chegou mesmo a falar em 50 ou 60 mil. “São regras [de limitação de lugares] adicionais, testadas e validadas durante o Mundial de Superbikes” que decorreu em agosto, explica o responsável ao ECO.
São menos oito mil espectadores, por forma a “assegurar todas as normas de higiene”, diz Paulo Rebelo. Até ao momento, foram vendidos “mais de 32 mil bilhetes”, havendo cerca de seis mil disponíveis, revela o CEO que, recentemente, salientou que a prova acontecerá sempre, mas admitiu que “se a situação epidemiológica do país piorar, a presença de público será cancelada”.
Máscara pode ser obrigatória
Todos estes milhares de espectadores que pretendem ver (e ouvir) os monolugares a acelerar em terras lusa após 24 anos de silêncio da F1 em Portugal terão de utilizar máscara para aceder ao recinto. Esta é uma das regras já definidas pela organização da prova como medida adicional de proteção do público, além do distanciamento social.
"O uso de máscara que, neste momento, é obrigatório, até chegarmos ao lugar na bancada, poderá ser obrigatório ao longo de todo o evento.”
Contudo, poderá ser necessário manter essa mesma máscara a tapar a boca e nariz. “O uso de máscara que, neste momento, é obrigatório, até chegarmos ao lugar na bancada, poderá ser obrigatório ao longo de todo o evento“, alerta Paulo Pinheiro.
Esta afirmação surge numa altura em que a Direção-Geral da Saúde (DGS) publicou o plano da saúde para o período “outono-inverno”. Neste documento é recomendado o uso de máscara ao ar livre, além dos espaços fechados, embora apenas em situações em que não seja possível assegurar o distanciamento social, como em ruas movimentadas.
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