Rendas das casas subiram 0,2% na pandemia. Caíram 6,4% em Lisboa
O valor mediano das rendas fixou-se em 5,41 euros por metro quadrado no segundo trimestre do ano, uma subida de 0,2% face ao mesmo trimestre do ano passado.
Após a travagem na subida dos preços de venda, também os valores do arrendamento das casas refletiram os efeitos da pandemia. No segundo trimestre do ano, o valor mediano das rendas fixou-se nos 5,41 euros por metro quadrado em Portugal, um aumento de apenas 0,2% face ao trimestre homólogo. Contudo, houve 12 municípios em que as rendas baixaram, como é o caso de Lisboa, onde o decréscimo foi de 6,4%.
“No 2º trimestre de 2020, o valor mediano das rendas dos 13.772 novos contratos de arrendamento de alojamentos familiares em Portugal atingiu 5,41 euros/m2. Este valor representa um aumento, face ao período homólogo de 2019, de apenas 0,2%, muito abaixo da taxa de variação homóloga observada no 1º trimestre que se cifrou em 10%“, revelam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) publicados esta quinta-feira.
Esta é a primeira vez que o gabinete de estatísticas públicas apresenta resultados trimestrais para os valores das rendas, sendo que o habitual é a apresentação dos valores medianos por semestre. O INE diz que o “impacto socioeconómico da pandemia covid-19” justifica a análise desagregada do primeiro e do segundo trimestre. “Esta opção permite uma análise das dinâmicas mais recentes do mercado de arrendamento mas condiciona a apresentação de resultados para pequenos domínios territoriais”.
Variação mediano das rendas e número de novos contratos de arrendamento
Os números hoje divulgados revelam, assim, uma travagem abrupta na subida dos preços do arrendamento entre o primeiro e o segundo trimestre para a globalidade do país. Apesar do crescimento de 4,8% no número total de novos arrendamentos no segundo trimestre, para um total de 13.772 contratos, as rendas subiram apenas 0,2%.
Houve 12 municípios onde as rendas baixaram
Olhando mais em detalhe, é possível constatar que houve um conjunto alargado de municípios onde os valores de arrendamento baixaram. Foi o que aconteceu em metade dos 24 municípios de maior dimensão, ou seja, daqueles que têm mais de 100 mil habitantes.
Neste quadro, as quebras de maior dimensão foram observadas em Cascais e Lisboa, onde no segundo trimestre deste ano os preços das rendas baixaram 10,1% e 6,4%, respetivamente. Mais a norte, no Porto, o valor mediano das rendas caiu 1,1%.
Em sentido inverso, Loures, Amadora e Odivelas sobressaem entre os municípios de maior dimensão com maiores acréscimos nos valores de arrendamento. Estes foram de 15,7% em Loures, 11,6% na Amadora, e 8,5% em Odivelas.
Relativamente aos municípios com mais de 100 mil habitantes localizados fora dos limites das áreas metropolitanas, apenas Coimbra e Funchal apresentaram valores de rendas superiores ao nacional, tendo ambos registado uma redução dos valores de arrendamento em novos contratos, de 1,3% e 5,8%, respetivamente.
(Notícia atualizada às 11h45 com mais informação)
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