SATA leva DBRS a cortar a perspetiva da dívida dos Açores para negativa. Madeira mantém-se estável
Agência canadiana corta perspetiva da dívida dos Açores, de estável para negativa, devido ao impacto das necessidades financeiras da SATA. Rating fica um nível acima de lixo.
A agência de notação financeira DBRS manteve os ratings para as Regiões Autónomas dos Açores e Madeira, em BBB (um nível acima de lixo) e BB, respetivamente. No entanto, alterou a perspetiva para a evolução da dívida dos Açores, passando-a de estável para negativa, agravamento justificado pelas condições financeiras da companhia aérea SATA.
“A alteração da perspetiva da DBRS Morningstar de estável para negativa reflete principalmente as prováveis implicações no balanço dos Açores das dificuldades financeiras do Grupo SATA”, indica a agência, em comunicado. A companhia aérea recebeu um apoio financeiro do governo regional em forma de garantia, aprovado pela Comissão Europeia.
“A colaboração da República de Portugal na obtenção da aprovação da Comissão para o empréstimo de emergência”, indica, na visão do DBRS Morningstar, “a fiscalização e apoio do governo nacional à região”. De forma a avaliar o risco de crédito de médio prazo dos Açores, a DBRS Morningstar procura obter um maior conhecimento sobre a recuperação da indústria do turismo na região e sobre a viabilidade da SATA a médio e longo prazo“, explicam.
Já a Madeira mantém-se estável e no nível BB. Esta avaliação deve-se ao “desempenho financeiro estabilizado da região nos últimos anos e à melhoria lenta das métricas de dívida antes do início da crise”, explica a DBRS. Para além disso, a “supervisão e apoio financeiro ao governo regional da República de Portugal e o controlo reforçado da Madeira sobre a dívida indireta, bem como os passivos comerciais”, também contribuíram para a decisão.
A agência canadiana admite que a Madeira vai sentir o “impacto adverso” da Covid-19, particularmente no setor do turismo, existindo também incerteza quanto ao calendário para a recuperação total. No entanto, considera que o “apoio contínuo do governo nacional deve ajudar a região a navegar no atual período de desafios”.
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