Vem aí uma comissão de inquérito ao Novo Banco. Parlamento aprova propostas do BE, PS e IL
Os deputados votaram e aprovaram três propostas para a constituição de uma comissão parlamentar de inquérito ao Novo Banco, depois de a auditoria da Deloitte.
O Parlamento acordou que é necessária uma comissão parlamentar de inquérito ao Novo Banco. Os deputados aprovaram três de quatro propostas que foram a votação nesse sentido, sendo a do Bloco de Esquerda aquela que reuniu maior consenso.
A proposta bloquista mereceu “luz verde” da unanimidade dos deputados presentes no plenário. Mas foram também aprovadas as propostas do Partido Socialista e Iniciativa Liberal, ambas, contudo, com o voto contra do PSD. A proposta do Chega foi rejeitada com votos contra do PSD e PS.
Face ao insólito da aprovação sucessiva de três comissões de inquérito, os deputados discutiram por alguns momentos a forma de fundir as três comissões numa só. Ficou acordado convocar uma conferência de líderes, com a maior “brevidade”, para juntar os objetos das três propostas e fechar um texto final.
As propostas foram apresentadas depois de conhecida a auditoria da Deloitte ao Novo Banco e das notícias que apontam para alegados conflitos de interesse e descontos avultados na venda de ativos, num contexto de prejuízos e injeções de dinheiro pelo Fundo de Resolução.
“Temos de investigar as negociatas do Novo Banco”, afirmou a deputada bloquista Mariana Mortágua no plenário. João Paulo Correia, deputado socialista, considerou que “a doença do BES passou para o Novo Banco”. “Temos de saber se estas carteiras de ativos têm sido feitas ao desbarato ou não”, rematou o parlamentar.
Já o deputado único da Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo, indicou que “permanecem dúvidas sobre decisões tomadas” pela administração liderada por António Ramalho. “Esclarecer, apurar, deixar em pratos limpos, é essa a nossa intenção”, concluiu.
A auditoria da Deloitte revelou perdas de mais de quatro mil milhões de euros no Novo Banco, expondo também “um conjunto de insuficiências e deficiências graves” até 2014, na visão do Ministério das Finanças.
(Notícia atualizada pela última vez às 13h53)
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