Swiss Re: Recessão será a mais severa e mais curta de sempre
O SEMPRE, seminário da maior resseguradora do mundo dedicado a Portugal, foi virtual depois de 17 anos presencial. Fazer face à recessão económica e a digitalização acelerada foram os motes.
O SEMPRE, seminário dirigido ao mercado português anualmente realizado pela Swiss Re, centrou-se este ano nos desafios do mundo pós-Covid. Segundo a empresa que é a maior resseguradora do mundo a noção de “pós-Covid” adotada pela Swiss Re implica mudanças fundamentais, e talvez perpétuas, na forma de agir, interagir e comercializar produtos desde que o Covid surgiu. Neste “novo mundo”, “empresas munidas de processos digitalizados do começo ao fim têm uma vantagem competitiva quase “Darwiniana”, como afirmou Francis Blumberg, responsável do setor Vida da Swiss Re para a Europa Continental.
Jerome Haegeli, chefe economista da Swiss Re, apresentou o panorama económico, realçando a severidade sem precedentes desta recessão, mas que por outro lado será uma das mais curtas. Seguiu-se uma atualização da situação da pandemia no mundo, por Stephen Kramer, Emerging Risks Research Leader.
Um painel composto por Juan Arsuaga Serrat da Fidelidade, João Barata da Generali, Esther Baur e Santiago Arechaga da Swiss Re, e moderado por Francisco Botelho do ECO Seguros, discutiu os efeitos da pandemia no setor de seguros, ressaltando a necessidade de uma colaboração maior entre o setor privado e o setor público na abordagem de riscos de grande porte como pandemias, atividades sísmicas e vulcânicas, entre outros, contra os quais existe ainda uma grande lacuna de proteção.
Falou-se também sobre a iniciativa Ruschlikon, um grupo organizado por seguradoras, resseguradoras e corretores de seguros, que visa estabelecer padrões digitais para a indústria, por forma a obter eficiências operacionais e redução de custos. Desenvolveu-se ainda o tema da mobilidade telemática e das novas soluções de seguros desenvolvidas para abordar estas novas áreas de risco.
O segmento Vida apresentou potentes soluções de automatização do processo de subscrição que não requerem complexidades ou grandes investimentos de infraestrutura. Também se abordou a retenção de clientes utilizando os princípios da economia comportamental e da experiência dos clientes.
Urs Baerstschi, o presidente regional da Swiss Re responsável pela Europa, Africa e Médio Oriente, fechou o evento ressaltndo a importância da digitalização: “A digitalização foi um tema central nas apresentações, mostrando seu impacto na cadeia de valor da nossa indústria, seja no acesso cliente, distribuição, processamento de sinistros ou administrativo. No mundo pré-Covid, falávamos de digitalização como uma coisa do futuro. No mundo pós-Covid o futuro é agora”, concluiu.
Este ano, dadas as limitações impostas a todos pela pandemia, a Swiss Re lançou-se no mundo virtual, combinando apresentações presenciais e virtuais a partir de Portugal, Espanha, Suíça e Inglaterra durante o evento transmitido em emissão contínua.
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