DGS revê norma sobre isolamento após contacto com infetados
Quando houver um consenso entre os peritos, a DGS fará emitir uma nova orientação sobre o período de incubação na eventualidade de um contacto de alto risco.
A Direção-Geral da Saúde (DGS) está a rever a norma sobre o período de isolamento profilático, podendo a quarentena para as pessoas que estiveram próximas de infetados com o novo coronavírus deixar de ser 14 dias.
“A ciência neste momento começa a dar indicações sobre quais são os dias máximos, até onde as pessoas provavelmente podem incubar o vírus, podem vir estar infetadas e podem vir a transmitir“, disse a diretora-geral da Saúde, na conferência de imprensa de atualização de informação relativa à pandemia de covid-19.
Graça Freitas acrescentou que se está a começar a perceber que, a partir do décimo dia, “a probabilidade de alguém que ainda não se infetou se vir a infetar é pequena”. A responsável sustentou que é com base nesta ciência que a DGS está a rever documentação internacional, a analisar a evidência noutros países e a consultar peritos e especialistas.
“Estamos a trabalhar numa eventual nova recomendação que só será feita obviamente se tivermos confiança suficiente na medida que estamos a promover”, ressalvou, frisando que a DGS está a rever essa norma e quando houver um consenso entre os peritos fará emitir uma nova orientação sobre o período de incubação na eventualidade de um contacto de alto risco, ou seja, de uma pessoa que esteve próximo de um infetado com covid-19 e assim “sair do seu isolamento mais precocemente”.
Graça Freitas sustentou que estas são matérias “muito sensíveis” e a DGS tem baseado as orientações na evidência e o conhecimento.
A diretora-geral da Saúde afirmou que se começou por reduzir o período de isolamento profilático para as pessoas infetadas ao passar-se a considerar que ao fim de 10 dias, desde a data de início de sintomas ou de um teste positivo, o doente tem alta clínica desde que apresente “uma melhoria franca do seu estado clínico”.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 43 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. Em Portugal, morreram 2.343 pessoas dos 121.133 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
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