TAP precisa de 3,72 mil milhões de euros até 2024, no pior cenário
Plano de reestruturação da TAP foi entregue esta quinta-feira a Bruxelas. Medidas incluem despedimentos, corte de salários, redução de frota e quebra de rotas.
A TAP pode vir a precisar de 3,725 mil milhões de euros até 2025, de acordo com o cenário mais pessimista que o Governo desenhou no plano de reestruturação enviado esta quinta-feira para Bruxelas. No mínimo, o apoio público será de 3,4 mil milhões, segundo anunciou o ministro Pedro Nuno Santos.
Após o cheque inicial de 1,2 mil milhões de euros que a TAP recebeu do Estado em 2020 (para garantir a tesouraria de emergência), as necessidades de liquidez da empresa poderá ser ainda mais elevado que o esperado. No próximo ano, os 970 milhões de euros que o Governo apresentou aos partidos é o cenário mais otimista, sendo o mais pessimista coloca as necessidades em 1.164 milhões de euros.
Em 2022, o intervalo situa-se entre 473 milhões e 503 milhões de euros. Seguindo-se 379 milhões a 438 a milhões em 2023 e 392 milhões a 420 milhões de euros em 2024. Ora, feitas as contas aos vários anos, o custo do apoio público de 2020 a 2024 estará entre 3.414 milhões e 3.725 milhões de euros. “Esperamos ficar sempre abaixo da parte inferior do intervalo e que não tenhamos responsabilidades superiores a 3,3 mil milhões“, diz Pedro Nuno Santos.
“Temos de estar preparados para o pior cenário”, sublinhou. O ministro garantiu ainda que em 2025, a TAP já estará com resultados líquidos positivos e “estará já em condições de começar a devolver algum do dinheiro ao estado português“.
O secretário do Estado do Tesouro Miguel Cruz clarificou que, a partir do próximo ano, os apoios estarão condicionados ao “cumprimento das metas de reestruturação”. “O que está em cima da mesa na relação com a TAP é um compromisso”, aponta, sublinhando que este será um fator chave para recuperar a confiança dos investidores para que a empresa se consiga voltar a financiar em mercado.
Os instrumentos preferenciais para os apoios do Estado serão garantias de Estado para que a empresa se possa financiar. Cruz diz acreditar que a implementação do plano de reestruturação permita que a TAP gradualmente consiga voltar a ir aos mercados. Atingir os objetivos de reequilíbrio operacional e financeiro “não é um aspeto irrelevante na relação da TAP com os mercados e da capacidade de a TAP se voltar a financiar nos mercados”, acrescentou o secretário de Estado.
(Notícia atualizada)
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