Rui Rio prevê eleições legislativas antecipadas em 2022: “É muito difícil a legislatura chegar ao fim”
O presidente do PSD considera que outubro de 2021 será um mês difícil para o Governo com as eleições autárquicas e a negociação do OE 2022. Para Rio, o mais provável é que haja eleições antecipadas.
Outubro de 2021 será um momento fulcral para a estratégia da liderança do PSD. Rui Rio antecipa que este mês será o “momento mais pesado” para o Governo com a conjugação das eleições autárquicas e da negociação do Orçamento do Estado para 2022 (OE 2022). O líder social-democrata admite que “se der para o torto” haverá eleições antecipadas em 2022.
Em entrevista à Antena 1 esta quarta-feira, Rio perspetivou uma tempestade política nos próximos meses, contrariando a visão do atual Presidente da República, que é o candidato apoiado pelo PSD às eleições presidenciais. Se Marcelo Rebelo de Sousa acha que não haverá crise política e que a esquerda continuará a aprovar os Orçamentos do PS, o líder do PSD tem outra visão: “É muito difícil a legislatura chegar até ao fim”, prevê.
Para Rui Rio as “fragilidades crescentes” do Governo, assim como a “fragmentação” dentro do próprio Executivo e os “conflitos” internos, levam a crer que poderá haver uma “crise política” em outubro do próximo ano, “o momento mais pesado em 2021”, com as eleições antecipadas a serem convocadas para 2022. A contribuir para este cenário está a expectativa do líder da oposição de que irá conquistar as câmaras de Lisboa e do Porto nas próximas eleições autárquicas.
A juntar a essas dificuldades, o líder do PSD diz que o “grande derrotado” das presidenciais, independentemente do resultado, será o PS. Contudo, quis dar um sinal ao eleitorado mais moderado ao dizer que “será mau para o país se o líder do Chega, o doutor André Ventura, tiver uma votação grande e expressiva”. O PSD já admitiu formar um Governo com o apoio parlamentar do Chega, consoante as exigências apresentadas.
Na mesma entrevista, Rio culpou António Costa pelo “excesso” de mortalidade que se está a verificar este ano: “Eu estimo que vão morrer em Portugal este ano mais cerca de 15 mil pessoas do que a média, das quais mais 5 mil de Covid e 10 mil de outras patologias que não o Covid”.
Em relação à TAP, o líder social-democrata diz que, se fosse Governo, não excluía “nada” a hipótese de deixar cair a transportadora aérea. “Depende”, referiu, criticando de seguida o aumento de salários dentro da empresa aos trabalhadores que assumiram mais responsabilidades, ainda que auferindo menos do que os seus antecessores nos mesmos cargos. “É esta TAP que fomos tendo que estamos a pagar com o nosso dinheiro”, apontou.
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