Marcelo ouve partidos na próxima segunda-feira sobre “renovação do estado de emergência”

  • Lusa
  • 28 Dezembro 2020

Marcelo Rebelo de Sousa vai reunir com os partidos com assento parlamentar na próxima segunda-feira. Em causa está “a renovação do estado de emergência”.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou esta segunda-feira que vai receber os partidos políticos com assento parlamentar na próxima segunda-feira, para os ouvir sobre “a renovação do estado de emergência”.

“O Presidente da República marcou, para a próxima segunda-feira, dia 4 de janeiro, audiências com os partidos políticos com assento parlamentar, para os ouvir sobre a renovação do estado de emergência”, refere uma nota divulgada na página da Presidência da República na Internet.

Esta tem sido a prática seguida pelo chefe de Estado antes das anteriores renovações do estado de emergência.

Nesta segunda vaga da pandemia de Covid-19, o estado de emergência foi decretado em 09 de novembro e vigora atualmente até 07 de janeiro, com recolher obrigatório nos concelhos de risco de contágio mais elevado.

Portugal contabiliza pelo menos 6.619 mortos associados à Covid-19 em 394.573 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).

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Crise pandémica traz inovação. O que esperar do setor de seguros em 2021

  • ECO Seguros
  • 28 Dezembro 2020

Em conversa com Ricardo Azevedo, diretor técnico da Innovarisk Underwriting, o subscritor de riscos fala das lições da pandemia e dos ramos que ganharam definitivo protagonismo para o futuro.

As Webtalks ECOseguros dirigiram-se ao modo como os subscritores de riscos, aqueles que avaliam, qualificam e quantificam as coberturas adequadas às apólices que lhes são propostas. Ricardo Azevedo é diretor Técnico da Innovarisk Underwriting e propõe a seguradoras portuguesas e internacionais contratos novos, renovações, alterações. Está diariamente a par das tendências do mercado, de como os seguradores estão a reagir às novas realidades. Falámos de conclusões sobre o ano de 2020 e de como se está a desenhar o mercado do risco segurador em 2021.

 

 

 

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Pandemia trocou as voltas aos adágios. Só o Pai Natal se salvou

Velhas máximas dos mercados dão, pelo desempenho histórico das bolsas, algum vislumbre sobre o que pode acontecer. Este ano, a pandemia derrotou a maioria dos adágios, cá e lá fora.

Todos gostariam de saber o que vai acontecer antes de acontecer mesmo. Então nos mercados… Seria a receita para o sucesso de muitos investidores, que poderiam engordar de forma expressiva as suas carteiras. Mas isso não é possível. Por isso, são muitos os que procuram outras formas de tentar antever movimentos futuros dos mercados, recorrendo a desempenhos passados.

Há muito que os padrões de negociação de anos anteriores são seguidos por alguns investidores, tentando com esses seguir estratégias de investimento que podem, tendencialmente, resultar em ganhos com as ações. Há quem olhe para gráficos, recorrendo a análise técnica (em detrimento da análise fundamental), para fazer “jackpot”. A ajudar a esse estudo estão aqueles que são conhecidos como os adágios.

São velhas máximas dos mercados que dão, pelo desempenho histórico das bolsas, algum vislumbre sobre o que pode acontecer. Estas velhas máximas podem ser um bom guia, mas também falha. E este ano, falharam bastante. Janeiro não foi grande conselheiro, “sell in may” deu mau resultado e setembro não foi “negro”. Foi março o mês terrível para os investidores, por causa de um “cisne negro”: a pandemia.

Janeiro, um guia com a pontaria desafinada

O adágio referente ao primeiro mês do ano é simples: “Como vai janeiro, vai o ano inteiro”. E como foi janeiro? Um misto. Por cá, o ano arrancou relativamente bem, com o PSI-20 a apresentar uma valorização de 0,72%, contrariando o comportamento das restantes praças europeias. No primeiro mês do ano, o Stoxx 600 cedeu 1,23%. Nos EUA, 2020 também começou com sinal negativo, ainda que muito ligeiramente. O S&P 500 recuou apenas 0,16%.

Seguindo o adágio, este teria sido um ano bom para Lisboa e mau para as restantes bolsas europeias e norte-americanas. Resultado? Praticamente 12 meses volvidos, só no Stoxx 600 o mês de janeiro revelou ser um bom conselheiro. O índice que agrega as maiores cotadas do Velho Continente prepara-se para fechar o ano com uma queda de quase 5%.

No caso do PSI-20, a subida de janeiro foi enganadora, já que o índice nacional prepara-se para fazer até pior que as restantes bolsas europeias ao rumar a uma queda em torno de 7%. Será a maior queda anual da praça portuguesa desde 2018.

No S&P 500, o “engano” acabou por ser positivo. Se a queda em janeiro foi um mau presságio, aqueles que ignoraram o adágio conseguiram uma boa valorização das suas carteiras. Num ano marcado por muitos recordes em Wall Street, o índice americano prepara-se para fechar 2020 com um ganho de 14%.

Vender em maio? Deu prejuízo

É, provavelmente, o adágio mais conhecido por quem investe nos mercados acionistas. O “sell in May and go away, and come on back on St. Leger’s Day“, ou seja, venda em maio e só volte às bolsas depois do feriado de St. Leger, no final de setembro, é sempre tido em consideração pelos investidores tal o número de vezes que se tem revelado certeiro.

Este ano, este adágio foi bom conselheiro, pelo menos em Lisboa. O PSI-20 acabou por apresentar um desempenho negativo entre o final de abril e 30 de setembro, com o índice nacional a recuar 5%. Mas lá fora, não foi bem assim. Vender deu mau resultado.

Depois do forte trambolhão das bolsas com o confinamento por causa do novo coronavírus, a reabertura das economias antes do verão deu um novo ânimo aos investidores, que ainda desconheciam que viria aí uma segunda vaga. Assim, neste período, tanto o Stoxx 600 como o S&P 500 conseguiram apresentar fortes valorizações, com o primeiro a ganhar 6,19% e o segundo a dar um salto ainda maior: disparou 15,47%.

E o pior mês do ano foi…

Regra geral, setembro tende a ser um mês negativo nos mercados acionistas a nível mundial. Com os investidores ainda a regressarem das férias, o que se traduz em menor liquidez nas bolsas, o nono mês do calendário costuma trazer muitas notícias, seja ao nível empresarial, seja de política monetária, o que muitas vezes faz com que o adágio de que setembro é o pior mês do ano nas bolsas se concretize. Este ano foi assim?

Setembro foi mau para os investidores. Tanto cá, como lá fora. O PSI-20 acumulou uma quebra de 5,44%, bem mais expressiva do que a apresentada pelas bolsas europeias (Stoxx 600 cedeu 1,48%) e que a queda de 3,92% do S&P 500.

Mas se setembro comprovou o estatuto de um mês negativo para as bolsas, o adágio acabou por não se cumprir. Nenhum outro mês do ano foi tão negro para os mercados como o de março. Com o novo coronavírus a chegar à Europa e aos EUA, obrigando a medidas duras para travar a sua propagação, que fez afundar as economias dos dois lados do Atlântico, registaram-se quedas de dois dígitos.

O S&P 500 cedeu 12,51%, ainda assim uma queda menos expressiva que a registada pelo Stoxx 600 que nesse mesmo período de crise pandémica afundou 14,8%. Lisboa foi a “reboque”, recuando 14,6%.

Pai Natal traz a vacina no trenó

O ano não termina sem mais um adágio. Quando muitos já procuram o presente ideal para oferecer no Natal, o “rally” do Pai Natal costuma presentear os investidores com valorizações expressivas no último mês do ano, período em que muitos grandes investidores (fundos de investimento, por exemplo) começam a mexer nas suas carteiras para se prepararem para o ano seguinte.

E o Pai Natal apareceu mesmo, este ano. Impulsionado por uma enxurrada de estímulos monetários e orçamentais dos dois lados do Atlântico, mas também com a expectativa quanto ao sucesso das várias vacinas contra a Covid-19, que pode ser o estímulo necessário para uma forte recuperação da economia, as bolsas valorizaram.

Depois de algumas sessões de fortes ganhos, o surgimento de uma nova estirpe do novo coronavírus, mas também o impasse em torno do Brexit, ainda provocaram algumas quedas nas bolsas mundiais, mas o saldo a poucos dias do fecho do mês (e do ano), acabou por ser positivo tanto na Europa como nos EUA. Enquanto o Stoxx 600 soma 1,8% em dezembro, o S&P 500 ganha cerca de 2%. E o PSI-20? O “rally” do Pai Natal trouxe ganhos ainda mais expressivos a Lisboa, com o índice de referência a valorizar quase 5%.

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EDP e EDP Renováveis renovam máximos em bolsa

A grande maioria das cotadas da bolsa de Lisboa terminou a primeira sessão da semana com ganhos, num dia de valorizações nas praças europeias.

A bolsa nacional arrancou a última semana do ano pintada de verde, com a grande maioria das cotadas a registar valorizações. A praça lisboeta acompanhou assim os ganhos sentidos nas congéneres europeias. O desempenho do PSI-20 foi impulsionado pelas cotadas da pasta do papel, bem como pelo setor da energia.

O PSI-20, índice de referência nacional, subiu 1,53% para 4.929,30 pontos. Entre as 18 cotadas, apenas duas ficaram abaixo da linha d’água nesta sessão, uma — o BCP — ficou inalterada e as restantes registaram valorizações.

A liderar as subidas esteve a Corticeira Amorim, que ganhou 3,41% para 10,92 euros. A EDP Renováveis subiu 3,14% para 23 euros e a EDP ganhou 1,2% para 5,24 euros, sendo que em ambos os casos as cotadas tocaram máximos históricos na sessão. Em conjunto, o grupo já vale 40 mil milhões de euros em capitalização de mercado.

EDP renova máximo

As papeleiras também sobressaem nos ganhos, com a Navigator a registar ganhos de 2,69% para os 2,518 euros. A Altri avançou 1,27% para os 5,18 euros e a Semapa subiu 2,58% para os 9,16 euros. No retalho, a Jerónimo Martins valorizou 1,61% para 13,90 euros.

A primeira sessão da semana também foi positiva na Europa, depois de ter sido atingido um acordo para o Brexit, bem como aprovados estímulos nos EUA. O índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 0,7%, depois de ter atingido o nível mais alto desde o fim de fevereiro, durante a sessão. Já o alemão DAX ganhou 1,6%, um máximo histórico, enquanto o francês CAC-40 avançou 1,3% e o espanhol Ibex-35 somou 0,6%.

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Marcelo promulga novo período de adesão às moratórias

O Presidente da República promulgou o diploma do Governo em que se reabre o período de adesão às moratórias até 31 de março.

Marcelo Rebelo de Sousa anunciou esta segunda-feira que promulgou o diploma do Governo que reabre o período de adesão às moratórias bancárias até 31 de março. Para justificar a promulgação, o Presidente da República realça a “importância social” desta medida. O anterior período de adesão tinha terminado em setembro desde ano.

“Sublinhando a importância social do alargamento do regime até 30 de setembro de 2021 e da possibilidade de a ele decorrerem os que o não fizeram logo a partir de março, o Presidente da República promulgou o diploma que altera as medidas excecionais de proteção dos créditos das famílias, empresas, instituições particulares de solidariedade social e demais entidades da economia social, no âmbito da pandemia da doença Covid-19″, anuncia o Presidente da República no site da presidência.

Esta nova legislação foi aprovada pelo Governo no último Conselho de Ministros a 22 de dezembro: “Foi aprovada uma alteração ao regime da moratória bancária, permitindo novas adesões até 31 de março de 2021”, referia o comunicado, explicando que “esta alteração visa acautelar os constrangimentos de liquidez e tesouraria decorrentes do impacto económico da segunda vaga da pandemia“.

Não se conhece o decreto-lei em si, mas é expectável que o novo período de adesão às moratórias bancárias arranque a 1 de janeiro e se prolongue até 31 de março. Uma vez que já foi promulgado apenas falta a publicação do texto em Diário da República para produzir efeitos, o que deverá acontecer nos próximos dias.

As moratórias bancárias estarão em vigor pelo menos até ao final de setembro de 2021 para os cidadãos e empresas. Porém, as empresas dos setores mais afetados beneficiarão de uma extensão da maturidade dos seus créditos pelo período de 12 meses, “que acresce ao período em que os créditos foram diferidos, permitindo que os pagamentos sejam feitos de forma mais faseada e em linha com a evolução da atividade económica”.

Os últimos dados do Banco de Portugal revelam que mais de 20% do crédito dos bancos está “protegido” pelas moratórias num total de 46 mil milhões de euros. De acordo com os dados das autoridades europeias, é o terceiro nível mais elevado na União Europeia.

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Luís Filipe Vieira entre as 18 pessoas que BE quer ouvir na comissão de inquérito ao Novo Banco

O Bloco de Esquerda vai entregar esta segunda-feira um requerimento para ouvir 18 personalidade na comissão de inquérito do Novo Banco. Luís Filipe Vieira e Nuno Vasconcellos estão entre os visados.

O Bloco de Esquerda vai requerer a audição de 18 personalidades na comissão parlamentar de inquérito ao Novo Banco. A lista inclui o atual presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, e o ex-administrador e sócio da Ongoing, Nuno Vasconcellos, sendo que o requerimento será entregue esta segunda-feira pela deputada bloquista Mariana Mortágua. O partido não revelou, no entanto, quais os documentos que irá requerer.

Os bloquistas juntam-se assim aos requerimentos do PSD (76 personalidades) e do PAN (32 personalidades). Várias pessoas repetem-se nos requerimentos dos três partidos, como é o caso do ex-ministro das Finanças e atual governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, assim como o seu antecessor no BdP, Carlos Costa, e a sua antecessora nas Finanças, Maria Luís Albuquerque.

Contudo, o que salta à vista da lista do Bloco é a vontade de ouvir os responsáveis de alguns negócios do Novo Banco relacionados com personalidades ligadas ao Benfica. Os bloquistas querem ouvir o próprio presidente do clube, Luís Filipe Vieira, pelo seu papel na Promovalor (com dívidas perante o Novo Banco), e o seu filho Tiago Vieria, da Promovalor e C2 Ventures, e Nuno Gaioso Ribeiro, da C2 Ventures e ex-administrador do Benfica.

O Bloco quer ainda ouvir outros empresários como Nuno Vasconcellos, ex-administrador e sócio da Ongoing (dona do extinto Diário Económico e de uma participação da PT, também com dívidas ao Novo Banco), e o próprio CEO do Novo Banco, António Ramalho, como seria de esperar, assim como os ex-administradores do BES e do Novo Banco, Vítor Bento e José Honório.

Os restantes pedidos de audição são para reguladores portugueses e europeus:

  • João Costa Pinto, ex-Presidente do Conselho de Auditoria do Banco de Portugal;
  • Luís Máximo dos Santos, presidente do Fundo de Resolução;
  • João Filipe Soares da Silva Freitas, Secretário Geral FdR e Diretor do Departamento de Resolução (DRE) do Banco de Portugal;
  • José Brito Antunes, ex-diretor do Departamento de Serviços Jurídicos do Banco de Portugal;
  • José Rodrigues de Jesus, ex-presidente da Comissão de Acompanhamento;
  • José Bracinha Vieira, presidente da Comissão de Acompanhamento;
  • Ger Jan Koopman, vice-diretor geral da Concorrência, Comissão Europeia;
  • Peer Ritter, responsável pelas ajudas de Estado ao setor financeiro, Comissão Europeia.

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Fisco decide em janeiro se venda de barragens da EDP paga 100 milhões de euros em impostos

  • Lusa e ECO
  • 28 Dezembro 2020

Ministro Matos Fernandes explicou que a venda das seis barragens situadas na bacia hidrográfica do Douro é um negócio societário que não paga IMI, IMT ou Imposto de Selo.

O ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, afirmou esta segunda-feira que na transmissão de bens de domínio público hídrico não existem impostos como o IMI, Imposto de Selo ou IMT, havendo um negócio “societário” através de uma concessão que é do Estado.

“Associados à transmissão de bens do domínio público hídrico como são, manifestamente, as barragens, não existem impostos como o IMI, IMT ou Imposto de Selo. Há é aqui um negócio societário para além da transmissão de um bem físico que é uma concessão do Estado“, explicou João Pedro Matos Fernandes, após uma reunião com o grupo de trabalho que terá como função analisar os impactos da venda das seis barragens situadas na bacia hidrográfica do Douro, que decorreu em Miranda do Douro (Bragança).

O governante salientou, ainda, que após 20 de janeiro de 2021, data a partir da qual “as empresas terão de pagar o seu Imposto de Selo, é que se poderá avaliar o valor a pagar”. “Durante o ano de 2021, a Autoridade Tributaria, sobre a matéria em causa, é que se pronunciará. No caso da venda das barragens [da bacia hidrográfica do Douro], o valor ronda os 100 milhões de euros e se tiver de ser pago, será pago. Este período de pagamento começará a contar desde 21 janeiro de 2021″, concretizou o ministro do Ambiente e Ação Climática.

O governante acabou por concretizar que todos os que achavam que o negócio da venda de seis barragens transmontanas a um consócio internacional liderado pela francesa Engie não deveria ser feito em 2020, “ou estavam enganados ou de facto tentaram enganar alguém”.

O grupo trabalho constituído por representantes dos ministérios do Ambiente, das Finanças e da Modernização do Estado, de organismos da Administração Pública e dos municípios de Alijó, Alfândega da Fé, Carrazeda de Ansiães, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Murça, Torre de Moncorvo e Vila Flor, tiveram hoje em Miranda do Douro a sua primeira reunião trabalho.

Para a primeira semana de 2021 ficou agendada uma segunda ronda de conversações que contará com a presença do novo consócio que vai gerir os seis empreendimentos hidroelétricos, EDP e Agência Portuguesa do Ambiente (APA). Em cima da mesa está a operação de venda dos Títulos de Utilização de Recursos Hídricos relativos aos aproveitamentos hidroelétricos de Miranda, Bemposta, Picote, Baixo Sabor, Feiticeiro e Foz Tua.

Autarcas querem conhecer condições nos contratos

Para Artur Nunes, o representante dos autarcas neste grupo de trabalho e também presidente da câmara de Miranda do Douro, tratou-se de uma reunião “produtiva” onde foram esclarecidas um conjunto de dúvidas relativamente à venda da concessão das seis barragens transmontanas. “Contudo, ainda nos falta saber as condições contratuais estabelecidas para o negócio e o impacto que vai ter na região o que iremos conhecer na reunião de janeiro. Depois, apresentaremos propostas concretas de financiamento, para um conjunto de ações a levar a cabo neste território e que vão desde o regadio a questões ambientais “, vincou o autarca.

Já o Movimento Cultural da Terra de Miranda (MCTM) que é composto por associações culturais e personalidades dos concelhos do Planalto Mirandês marcou presença no exterior de edifício da Câmara de Miranda do Douro, aproveitando para recordar que a EDP vendeu por 2,2 mil milhões de euros um conjunto de seis barragens que “são bens do domínio público”. “O senhor ministro do Ambiente tratou do negócio sem exigir qualquer contrapartida à EDP. Por este motivo os portugueses perderam centenas milhões de euros e que foram ganhos por quem vendeu“, denunciou o represente do MCTM, José Maria Pires.

Na quinta-feira, o MCTM acusou o ministro do Ambiente e Ação Climática de dar uma “borla” fiscal à EDP que ronda os 300 milhões de euros na sequência da venda de seis barragens transmontanas. Numa carta aberta dirigida ao ministro do Ambiente e Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, o MCTM acusa o Governo “de ter isentado indevidamente a EDP do pagamento de 110 milhões de euros de Imposto de Selo”.

Em 13 de novembro, foi anunciado que a APA tinha aprovado a venda de barragens da EDP (Miranda, Bemposta, Picote, Baixo Sabor e Foz-Tua) à Engie. A mudança do sentido de voto do BE viabilizou, em 23 de novembro, uma proposta do PSD de alteração ao Orçamento do Estado para 2021 (OE2021) para a criação de um fundo com receitas do trespasse da concessão de barragens.

O Imposto do Selo sobre o trespasse resultará numa receita que ascende a 110 milhões de euros. Entre as receitas do fundo estará ainda uma participação dos municípios nas receitas do IVA e do IRC, o valor correspondente ao IMI que incidiria sobre os prédios que compõem as barragens e as construções anexas à sua exploração.

A EDP concluiu, em 17 de dezembro, a venda por 2,2 mil milhões de euros de seis barragens na bacia hidrográfica do Douro a um consórcio de investidores formado pela Engie, Crédit Agricole Assurances e Mirova. O Bloco de Esquerda (BE) e o Partido Social Democrata (PSD) pediram, entretanto, a audição urgente no parlamento do ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, para esclarecer o processo de venda das seis barragens.

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Há mais 2.093 casos e 58 mortes por Covid-19 em Portugal

Desde o início da pandemia já foram identificados 396.666 casos e 6.677 mortes em Portugal. Há mais 99 casos ativos.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 2.093 novos casos de infeção pelo novo coronavírus, elevando o total de casos no país para 396.666. Desde o início da pandemia já morreram 6.677 pessoas com a doença, mais 58 nas últimas 24 horas.

O boletim epidemiológico divulgado esta segunda-feira mostra que recuperaram mais 1.936 pessoas. São já 321.686 as pessoas que recuperaram da doença provocada pelo SARS-Cov-2.

Atualmente há 68.307 casos ativos, mais 99 que no dia anterior. A maioria encontra-se a recuperar no domicílio, havendo ainda 2.967 hospitalizados, mais 97 que no domingo. Nos cuidados intensivos estão 503 doentes, menos uma.

O Norte lidera, novamente, o número de novos casos, tendo confirmado 907 infeções nas últimas 24 horas. Lisboa e Vale do Tejo registou mais 669 casos, o Centro 296, o Alentejo 101, o Algarve 57, a Madeira 34 e os Açores 29.

Quanto ao número de óbitos, dos 58 confirmados pela DGS, 20 são em Lisboa e Vale do Tejo, 19 no Norte, 14 no Centro, três no Algarve e dois no Alentejo. Nas regiões autónomas não há mortes a registar nas últimas 24 horas.

O boletim dá conta de mais 1.067 pessoas sob vigilância ativa das autoridades de saúde, depois de terem contactado com outro caso positivo. No total, estão 93.136 pessoas nesta situação.

(Notícia atualizada às 15h39)

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PAN quer chamar ao Parlamento 32 personalidades no âmbito do Novo Banco

O Grupo Parlamentar do PAN quer ouvir na comissão de inquérito ao Novo Banco Carlos Costa, António Ramalho, Byron Haynes, Máximo dos Santos, Maria Luís Albuquerque, Mário Centeno e Mourinho Félix.

O Grupo Parlamentar do PAN quer chamar ao Parlamento 32 personalidades para serem ouvidas na comissão de inquérito ao Novo Banco e solicita ainda o acesso a 17 dossiers de documentação referentes à instituição bancária.

“Pretendemos com estes pedidos procurar esclarecer tudo aquilo que neste momento não é claro quanto à gestão do Novo Banco”, começa por dizer André Silva, citado em comunicado enviado às redações. Para o deputado do PAN, “mais do que andar numa luta política, é importante procurar esclarecer, de forma séria e consequente, todas as dúvidas quanto a estes negócios, as suas ligações e os seus beneficiários efetivos”.

Assim, o Grupo Parlamentar do PAN enviou ao Parlamento três documentos, onde constam as personalidades, entidades e documentos que devem ser ouvidas e analisadas pela comissão de inquérito ao Novo Banco, tal como fez esta manhã o PSD.

A lista de personalidades inclui “nomes que, direta ou indiretamente, têm estado ligados aos negócios de venda dos ativos ‘tóxicos’ do Novo Banco”, refere o PAN. Algumas das mais conhecidas são Carlos Costa, António Ramalho, Byron Haynes, Luís Máximo dos Santos, Maria Luís Albuquerque, Mário Centeno e Ricardo Mourinho Félix, mas a lista inclui ainda responsáveis do Lone Star, uma ex-funcionária do Novo Banco e o hacker Rui Pinto.

O PAN solicitou ainda à comissão de inquérito, presidida pelo deputado Fernando Negrão, que seja solicitado o acesso a 17 dossiers de documentação, entre os quais o pedido de acesso ao famoso “relatório Costa Pinto”, dirigido ao Banco de Portugal, e o pedido para que a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) disponibilize à Comissão as auditorias ou ações de inspeção realizadas ao Novo Banco desde 2014.

Além disso, foi também pedido o registo de toda a “atividade, no âmbito do contencioso, desencadeada desde 2014 e as conclusões de todas as averiguações, investigações e processos abertos desde o ano 2014 que envolvam o Novo Banco”, bem como a correspondência trocada entre o Ministério das Finanças, Banco de Portugal e Fundo de Resolução com o Novo Banco desde 2014.

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Wall Street arranca última semana do ano perto de máximos

Os principais índices norte-americanos abriram em alta no início da última semana do ano, aproximando-se de máximos históricos. A vacina e os estímulos orçamentais beneficiam a negociação.

Os principais índices norte-americanos arrancaram a última semana do ano em alta, beneficiando da inesperada aprovação do pacote de estímulos por parte do presidente norte-americano, Donald Trump. Foram assim aprovados 900 mil milhões de dólares para injetar na economia dos EUA, nomeadamente para prolongar o subsídio de desemprego a milhões de norte-americanos.

O Dow Jones sobe 0,23% para os 30.199,87 pontos, o S&P 500 avança 0,26% para os 12.804,73 pontos e o Nasdaq valoriza 0,35% para os 3.703,06 pontos. Até ao momento, este tem sido um ano positivo para os índices norte-americanos, com uma recuperação total das quedas estrondosas de março. O Dow Jones acumula um ganho de 5,8%, o S&P 500 de 14,6% e o Nasdaq de 42,7%, beneficiando do facto de ser composto por cotadas tecnológicas, as quais foram menos afetadas pela pandemia.

O Presidente norte-americano assinou o pacote de estímulos contra a crise pandémica de 900 mil milhões de dólares, transformando-se em lei para ser concretizada em breve. Na prática, esta assinatura evita um “shutdown” do Governo norte-americano e prolonga os subsídios de desemprego a milhões de norte-americanos que se viram nessa situação na sequência das restrições implementadas para lutar contra a Covid-19.

Esta aprovação da Casa Branca foi surpreendente dado que inicialmente Donald Trump foi muito crítico do pacote de estímulos acordado entre os democratas e os republicanos no congresso norte-americano, exigindo que os pagamentos diretos aos cidadãos fossem de dois mil dólares e não de 600 dólares.

“Estou a assinar esta legislação para restaurar o subsídio de desemprego, parar os despejos, dar ajuda à renda, (…)”, justificou Donald Trump num comunicado este domingo, referindo também o aumento das verbas para a distribuição da vacina. Antes disso, no Twitter, Trump referia que havia “boas notícias” sobre o pacote de estímulos.

Além do pacote, a negociação bolsista também beneficia da distribuição da vacina nos EUA, com um milhão de pessoas já vacinadas, e agora na Europa. Apesar disso, o doutor Anthony Fauci alertou este domingo que o país poderia ser afetado por uma nova vaga de infeções após as celebrações do Natal e do Ano Novo.

Acresce que poderá haver vários grandes negociadores da bolsa a realizar mais-valias (ou prejuízos) nesta última semana do ano por questões fiscais. Além disso, o volume de negociação deverá baixar com o aproximar do Ano Novo, sendo que as bolsas estarão fechadas na sexta-feira.

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Preços das telecomunicações caíram 1% face ao ano passado

  • Lusa
  • 28 Dezembro 2020

Segundo o relatório sobre a Evolução dos preços das telecomunicações da Anacom, relativo a novembro, a Nowo oferece as mensalidades mais baixas em sete casos de serviços/ofertas.

Os preços das telecomunicações registaram em novembro uma descida homóloga de 1,03%, mas aumentaram 0,12% face a outubro em resultado do aumento registado nas ofertas de triple-play, segundo informação divulgada esta segunda-feira pela Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom).

“Em comparação com o mês homólogo, a variação de preços verificada foi de -1,03%”, refere a Anacom em comunicado, precisando que a taxa de variação média dos preços das telecomunicações dos últimos doze meses foi de -2,43%. Esta redução de preços “reflete sobretudo a entrada em vigor no dia 15 de maio de 2019 das novas regras europeias que regulam os preços das comunicações intra-UE”, explica.

Numa análise à evolução dos preços nos últimos 11 anos, entre o final de 2009 e novembro de 2020, a informação divulgada pelo regulador indica que em Portugal os preços aumentaram 6,7% naquele período, enquanto na União Europeia desceram 10,6%.

Portugal surge no grupo de oito Estados-membros onde os preços das telecomunicações aumentaram no período considerado, sendo que apenas a Roménia e a Eslovénia registam incrementos mais elevados, de 17,5% e 6,9%, respetivamente.

Em particular, enquanto os preços das telecomunicações em Portugal aumentaram 6,7% neste período, em Espanha, Itália e França diminuíram 9,4%, 16,9% e 24%, respetivamente”, refere o comunicado da Anacom, assinalando que esta diferença se estreitou com a entrada em vigor das referidas novas regras, em maio de 2019. A Dinamarca encabeça a lista dos países da UE onde os preços das telecomunicações mais baixaram entre 2009 e novembro de 2020, recuando 31,9%.

Segundo a Anacom, que esta segunda-feira divulgou o relatório sobre a Evolução dos preços das telecomunicações, de novembro de 2020, a Nowo oferece as mensalidades mais baixas em sete casos de serviços/ofertas, “enquanto a Meo e Nos apresentaram as mensalidades mais baixas para três tipos de serviços/ofertas e a Vodafone para um tipo de serviço/oferta”. O documento refere ainda que é a Nowo que apresenta a mensalidade mais baixa (20 euros) na oferta individualizada de acesso à Internet.

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Commerzbank vai eliminar 2.300 postos de trabalho

  • Lusa
  • 28 Dezembro 2020

O Commerzbank, a segunda maior entidade financeira da Alemanha, vai eliminar 2.300 empregos, cerca de 6% do total, no âmbito de um plano ao qual destina neste trimestre 610 milhões de euros.

O Commerzbank, segunda maior entidade financeira da Alemanha, anunciou esta segunda-feira que vai eliminar 2.300 empregos, cerca de 6% do total, no âmbito de um plano ao qual destina neste trimestre 610 milhões de euros.

A responsável financeira do Commerzbank, Bettina Orlopp, reconheceu que este passo, que pretende aliviar os problemas do banco, vai afetar os resultados deste trimestre, mas considerou que servirá de base para os “ajustes necessários no futuro”.

O banco, cujo principal acionista é o Estado alemão desde a crise financeira de 2009, chegou a acordo para um plano de reestruturação nos próximos três anos, devido à situação em que se encontra numa altura de baixas taxas de juro e com a digitalização.

Há meses que estava em discussão a necessidade de encerramento de agências do banco e de redução do pessoal, depois de um plano de relançamento anterior (que incluía a eliminação de 4.300 postos de trabalho), anunciado em setembro de 2019, não ter convencido os acionistas.

A nova estratégia do Commerzbank será apresentada no primeiro trimestre de 2021, após a saída da presidência de Martin Zielke, no próximo dia 31, sendo substituído por Manfred Knof.

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