Qualidade dos serviços dos CTT “separa” Governo e concessionário

Pedro Nuno Santos garantiu que qualquer prolongamento da atual concessão dos CTT não vai implicar quebra das obrigações anteriores. "Todas terão de ser integralmente cumpridas".

O Governo ainda não lançou o concurso para a próxima concessão dos CTT, mas já está em conversas com empresas privadas sobre o assunto, segundo disse o ministro das Infraestruturas e da Habitação. Pedro Nuno Santos garantiu que o Governo não vai ceder a “chantagens” para tomar uma decisão.

“Temos concessão até ao final do ano. Há conversas com o concessionário, pontos que nos separam que têm a ver com o nível de qualidade exigida pelo serviço”, explicou Pedro Nuno Santos esta quarta-feira, durante uma audição da Comissão de Orçamento e Finanças e de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, no âmbito da apreciação na especialidade da proposta do Orçamento do Estado para 2021 (OE2021). “O trabalho está a ser feito. Já disse e reitero: nenhuma opção esta neste momento excluída”.

O ministro respondia à deputada do Bloco de Esquerda, Isabel Pires, que lembrou que, estamos no início de novembro e não há ainda um novo contrato de concessão. No debate na generalidade, o Governo já tinha dito que todas as opções estão em aberto relativamente ao futuro da concessão do serviço postal universal, que termina no fim de 2020, não sendo assim certo que seja prolongada a concessão atual. E, esta quarta-feira, Pedro Nuno Santos voltou a afirmar que, “neste fase, não está excluída qualquer solução para os CTT”.

O ministro garantiu ainda que qualquer prolongamento da atual concessão não vai implicar quebra das obrigações anteriores. “Todas terão de ser integralmente cumpridas”, apontou, referindo-se às falhas em todos os indicadores de qualidade de serviço que estavam definidos para 2019 (os últimos medidos pelo regulador).

“Nunca o Estado cederá a qualquer tipo de chantagem. Faremos a negociação com consciência de que representamos o Estado e Portugal e nenhuma empresa privada se pode colocar na posição de fazer chantagem com o Estado. Isso é impensável e não vai acontecer”, rematou.

Estas declarações foram ditas no dia em que os CTT apresentaram os resultados até setembro, reportando uma quebra de 81% nos lucros para 4,3 milhões de euros, devido, sobretudo, ao recuo de 17,1% no total de correio endereçado.

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Debate sobre o Plano Ferroviário Nacional vai acontecer em janeiro, diz ministro

Portugal ainda não tem um Plano Ferroviário Nacional e essa é uma "falha" que Pedro Nuno Santos reconhece. Contudo, o ministro anunciou que o debate para este documento acontecerá em janeiro.

Apesar de estar elaborado o Plano Nacional de Investimentos 2030, onde está prevista uma forte aposta na ferrovia, o ministro das Infraestruturas diz que ainda falta elaborar o Plano Ferroviário Nacional (PFN). “É uma falha”, disse Pedro Nuno Santos, referindo que o debate para a elaboração deste instrumento será lançado em janeiro de 2021 e que o Governo pretende ter o documento pronto, “no máximo”, no prazo de um ano.

“Temos já no Plano do Governo prevista a elaboração do Plano Ferroviário Nacional (PFN). Não temos este plano, é uma falha, um dos muitos problemas, e queremos resolvê-lo. É um instrumento que permite planear de forma mais integrada a rede ferroviária que queremos ter“, disse Pedro Nuno Santos esta quarta-feira, durante uma audição da Comissão de Orçamento e Finanças e de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, no âmbito da apreciação na especialidade da proposta do Orçamento do Estado para 2021 (OE2021).

Vamos lançar o debate para a elaboração do PFN em janeiro e esperamos que, no máximo, num ano, tenhamos este plano. Queremos que haja um grande debate nacional para que consigamos que o país se envolva sobre a rede ferroviária que quer e que defina prioridades”, acrescentou.

Durante a mesma audição, o ministro sublinhou, como tem feito por várias vezes, a importância de apostar na ferrovia. “Após vários anos sucessivos os Governos desistiram de investir na ferrovia. E a ferrovia é dos melhores meios de transporte ao dispor das população”, disse, referindo que, “infelizmente, o país achou que era o meio de transporte do passado”.

Ainda no âmbito do PNI2030, questionado pela deputada Inês Sousa Real, do PAN, sobre a proposta do partido para a criação de uma taxa de carbono às viagens aéreas e marítimo-fluviais, cuja verba reverta para o Fundo Ambiental e para desenvolver a ferrovia, Pedro Nuno Santos respondeu apenas: “Estamos disponíveis para discutir convosco políticas de descarbonização”.

Capacidade rodoviária Porto – Lisboa é para “aumentar” e não “substituir”

Questionado sobre o encurtar da distância de viagem entre Lisboa e Porto, Pedro Nuno Santos garantiu não se tratar de um “abandono da Linha do Norte”. Até porque, afirmou, essa linha “não pode ser abandonada”. “Precisamos de aumentar a capacidade rodoviária Lisboa – Porto, não de a substituir. Precisamos de uma nova ligação que vai permitir um tempo de viagem mais rápido do que o da Linha do Norte”, disse.

O PNI prevê que a viagem de comboio entre Porto e Lisboa passe a ser feita em cerca de uma hora, ao invés das atuais três horas. Esta mudança “vai mudar a forma como o país se relaciona, como as duas áreas metropolitanas (de Lisboa e Porto) se relacionam e vai aumentar as oportunidades de relação económica”, apontou Pedro Nuno Santos.

Relativamente à Linha do Vouga, adiantou que esta “é para requalificar de uma ponta à outra”. “Não faz sentido ser de outra maneira. O que está no PNI é de Aveiro a Espinho, integralmente, e não apenas entre Oliveira de Azeméis e Espinho, como estava previsto anteriormente”, disse.

O ministro das Infraestruturas notou ainda que nenhuma linha será desativada — “isso não vai acontecer” — e, quanto às que estão desativadas atualmente, será feita uma reavaliação “para que não se hipoteque a possibilidade de serem ativadas no futuro”.

Sobre o PNI2030, Pedro Nuno Santos diz que o Governo “tem de começar a trabalhar o mais depressa possível”, mas que o foco atual é a execução do Ferrovia 2020. “É onde estamos concentrados e canalizamos a disponibilidade orçamental”, disse.

(Notícia atualizada às 20h17 com mais informação)

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Vendas online da Vista Alegre disparam 181% em outubro

Vendas online da Vista Alegre registaram crescimento de 181% em outubro. Canal private label foi o que mais contribuiu para o incremento do negócio.

A Vista Alegre continua a recuperar depois de ter voltado aos lucros no terceiro trimestre do ano. Em outubro, o volume de negócios do grupo registou um crescimento de 9,3%, alcançando os 11,8 milhões de euros. Este crescimento foi motivado pelo aumento das vendas online que registaram um crescimento de 181% quando comparado com o período homólogo, de acordo com um comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A Vista Alegre adianta que o grupo “continua, neste mês, a apresentar um crescimento da atividade, alcançando um volume de negócios em outubro de 2020 de 11,8 milhões de euros, um aumento de 9,3% (mais um milhão de euros)”, explica o grupo em comunicado.

No mês de outubro o canal de retalho registou uma quebra de vendas nas lojas, registando um decréscimo de 9,8% face ao período homólogo, contrariamente às vendas online que cresceram. Segundo a Vista Alegre, o canal Private Label, foi o que mais contribuiu para o incremento do volume de negócios, tendo no mês de outubro registado um crescimento de 25,7% face a igual mês do ano anterior.

Em termos acumulados, o Grupo Vista Alegre atingiu um volume de negócios, entre janeiro e outubro, de 87,6 milhões de euros, verificando uma quebra de 8,4% relativamente ao mesmo período de 2019.

“Com o atual agravamento da crise pandémica, as perspetivas económicas estão muito dependentes da sua evolução e das medidas de combate à mesma, podendo tais medidas vir a afetar a atividade do grupo Vista Alegre, com maior incidência nas vendas a retalho”, considera a empresa.

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Aegon vende pirâmide da Transamerica por 650 milhões de dólares

  • ECO Seguros
  • 4 Novembro 2020

O edifício em forma de pirâmide é o segundo mais alto da cidade de São Francisco (EUA). Foi inaugurado pela Transamerica Corporation em 1972 e a receita da venda reforça a solvência da Aegon NV.

O complexo imobiliário que inclui o Transamerica Pyramid, um dos imóveis históricos e mais icónicos da cidade californiana, foi vendido por 650 milhões de dólares (cerca de 555 milhões de euros), menos 50 milhões face ao preço acordado antes da crise da pandemia, cujo impacto também se estendeu ao setor imobiliário e acabou por adiar a conclusão do negócio.

O complexo de escritórios foi vendido pela seguradora holandesa Aegon NV, que desde 1999 detém o controlo acionista da Transamerica Corporation, grupo norte-americano de serviços financeiros diversificados e atualmente limitado aos seguros, num negócio que, além do imóvel em forma de pirâmide, inclui outros edifícios da área envolvente. A transação tem como comprador um consórcio liderado por Michael Shvo, investidor e promotor imobiliário nova-iorquino, em parceria com outras entidades como a sociedade gestora do maior fundo alemão de pensões de reforma (Bayerische Versorgungskamme).

O imóvel, um dos ícones da arquitetura no centro de San Francisco, nunca havia sido vendido e deverá agora ser objeto de uma renovação, mas continuará a figurar no logótipo da seguradora Transamerica, dado que esta retém os direitos do naming.

“Transamerica Pyramid”: O imóvel em forma de pirâmide deixa de pertencer à seguradora, continuando imagem de marca da participada da Aegon nos Estados Unidos.


“A companhia Transamerica construiu e manteve a propriedade do imóvel desde a sua conclusão em 1972. Orgulhamo-nos de continuar ligados à história deste icónico edifício, uma vez que iremos manter os direitos do nome e da marca”, referiu Lard Friese, CEO da Aegon, citado num comunicado. De acordo com a Aegon, o encaixe financeiro reforça o balanço e o perfil de risco da participada americana contribuindo ainda para melhorar o rácio de solvência do grupo segurador holandês em 4%, na ótica do normativo europeu (Solvência II).

Concebido como um imóvel para escritórios e comércio, o Transamerica Pyramid – com 48 andares, 49,2 mil metros quadrados de área útil e uma altura de 260 metros (212m excluindo o pináculo que remata o último piso) -, é atualmente o segundo mais alto da cidade.

Até 2018, o “Pyramid” era o arranha-céu mais alto na cidade de São Francisco. Nesse ano cedeu o primeiro lugar à torre da tecnológica Salesforce.com Corp., cuja altura se aproxima dos 300 metros. A torre da Salesforce custou 1,1 mil milhões de dólares, a preços da época, tem 61 andares e a sua construção levou cinco anos a ser concluída.

A Aegon está presente em Portugal através de parceria com o grupo Santander. A líder holandesa do setor é quem produz os seguros comercializados pelo grupo bancário em Espanha, detendo também 51% da Aegon Santander Portugal Vida e da Aegon Santander Portugal Não Vida.

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Swiss Re cresce 6% em volume de prémios até setembro e reduz perdas para 691 milhões

  • ECO Seguros
  • 4 Novembro 2020

A líder mundial do resseguro abateu parte das perdas anunciadas no final do primeiro semestre de 2020. Excluindo impacto Covid-19, resultado dos primeiros 9 meses teria sido 1,6 mil milhões.

A SwissRe registou resultado negativo de 691 milhões de dólares (cerca de 593 milhões de euros) no final dos primeiros nove meses do exercício, reduzindo o prejuízo apresentado para a primeira metade do ano (1,1 mil milhões dólares), ao conseguir 444 milhões de resultado líquido positivo no terceiro trimestre, anunciou a instituição.

Excluindo as perdas decorrentes de sinistros associados à Covid-19 mais os 3,0 mil milhões de dólares antes de impostos em reservas constituídas desde início do exercício, o resultado líquido do grupo teria sido de 1,6 mil milhões de dólares no conjunto dos nove meses, 19,5% acima dos 1,34 mil milhões de lucro alcançado no mesmo período de 2019.

No conjunto dos primeiros nove meses do ano, a companhia averbou 30,16 mil milhões de dólares (cerca de 25,9 mil milhões euros) em prémios, em progressão de 6,1% face a idêntico período de 2019, calculando a sua posição de capital – pelo critério Swiss Solvency Test ou SST – acima de 220% e a comparar com os 223% do rácio apresentado a 1 de julho passado.

Desde o final do primeiro semestre, “a nossa atividade corrente mostra um desempenho positivo e cumprimos com confiança a prioridade do grupo em melhorar as condições do mercado”, afirmou Christian Mumenthaler, presidente executivo do grupo Swiss Re, citado em comunicado.

Detalhando por negócio, na generalidade das áreas com RoE (rentabilidade sobre capitais próprios) na ordem dos dois dígitos, a companhia refere que a divisão P&C Re (resseguro Propriedade e Danos) apresentou perdas de 201 milhões de dólares (excluindo impacto da covid-19, o resultado líquido foi positivo em 1000 milhões). Dos 30,16 mil milhões de dólares em volume de prémios recolhido desde início do ano, 15,5 mil milhões foram gerados por resseguro de riscos P&C, que cresceu 9,2%, a beneficiar de grandes transações.

O negócio L&H Re (Vida e Saúde) gerou resultado líquido de 72 milhões de dólares (excluindo efeitos da pandemia, o lucro ascendeu aos 620 milhões). Por fim, a divisão de Corporate Solutions (segmento empresas), apresentou prejuízo de 323 milhões (excluindo covid-19, o resultado foi positivo em 211 milhões).

A estes números acrescem 1,5 mil milhões de dólares em numerário encaixado com o fecho da operação de venda da ReAssure, que a divisão Life Capital concluiu no 3º trimestre.

No mesmo documento, a instituição indica que, dos 3 mil milhões de dólares de reservas constituídas desde início do ano, 67% representam provisões para perdas incorridas mas não reportadas (IBNR na gíria financeira internacional).

Por exemplo, em relação à explosão que, no início de agosto, destruiu o porto de Beirute e zona circundante, a companhia reservou 222 milhões de dólares para cobrir a sua parte de responsabilidades com pedidos de compensação relacionados com a catástrofe na capital do Líbano.

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Liberty avalia papel dos mediadores na experiência dos clientes

  • ECO Seguros
  • 4 Novembro 2020

É iniciativa realizada globalmente nos 29 países onde a Liberty Mutual está presente e quer promover uma cultura corporativa, centrada nas pessoas, entre os mais de 45 mil colaboradores da seguradora.

A Liberty assinalou a 3.ª edição da Semana da Experiência do Cliente, uma iniciativa que a seguradora dedica à discussão de tendências de consumo e sobre como potenciar a experiência dos clientes, sensibilizando colaboradores para o propósito de “ajudar as pessoas a desfrutar o presente e olhar com confiança para o futuro”.

Tendo o papel dos mediadores como temática principal, a Liberty Seguros explica que esta edição foi organizada pela primeira vez de forma totalmente virtual e interativa e incluiu novas atividades, como a partilha das melhores práticas e experiências vividas nestes meses de pandemia, que condicionaram a experiência do cliente neste e noutros setores.

Jesús Núñez, Diretor Executivo de Vendas e Distribuição, explicou: “Para a Liberty, as pessoas estão em primeiro lugar. Acreditamos que o progresso ocorre quando elas se sentem seguras. Por isso, este ano mais do que nunca, quisemos aprimorar a sua experiência no desenvolvimento de produtos modulares, criando um novo ecossistema digital a partir do zero e ficando com os nossos mediadores para ajudá-los a crescer e adaptarem-se ao campo digital. Além disso, durante as CX Talks pudemos conhecer as melhores práticas durante estes meses difíceis e aprender com quem melhor sabe como lidar com os clientes: os nossos mediadores”.

Partilha das melhores práticas de experiência do cliente durante a pandemia

Para concluir a edição, a Liberty organizou as CX Talks, nas quais mediadores, parceiros, especialistas de outros setores e colaboradores refletiram sobre o seu trabalho na experiência com os clientes e partilharam as melhores práticas durante a pandemia e “a forma como estiveram sempre ao lado dos mesmos”. Esta primeira CX Talks teve como objetivo “partilhar os testemunhos dos mediadores da Liberty sobre o seu trabalho na experiência com os clientes”.

Desta forma, “a seguradora destacou o papel do mediador, uma das figuras-chave para o setor de seguros e, em concreto, para a Liberty”, realça o comunicado. As CX Talks contaram com a participação de grandes especialistas na área da experiência do cliente de outras áreas e setores, como Anders Hallmén Valle-Riestra, da Connecting Visions; Kristina Mayr, Chefe de Experiência do Consumidor da Telefónica Alemanha; e Marko Jovic, gerente sénior da experiência do cliente no A1 Telekom Austria Group.

Este ano, detalha a companhia, foi também criado o Wall of Commitment com a finalidade de motivar os colaboradores da empresa a reforçarem o seu compromisso com a experiência do cliente, “convidando-os a refletir sobre a sua importância para a empresa e sobre como o seu trabalho pode contribuir para uma experiência melhor para todos os clientes da seguradora”. Outra novidade da semana foram as Broker stories, através das quais “os colegas da equipa comercial partilharam como continuaram a acompanhar os mediadores de forma virtual”, nos últimos meses.

Ao longo do mês de novembro, complementa a fonte, a seguradora irá partilhar com toda a equipa “as melhores iniciativas que fizeram a diferença este ano, como símbolo do reconhecimento dos colaboradores que mais melhoraram a experiência dos seus clientes e mediadores”.

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Portugal e Espanha acordam trabalho conjunto para definir planos estratégicos da Política Agrícola Comum

  • Lusa
  • 4 Novembro 2020

Ministros da Agricultura de Portugal e Espanha acordaram desenvolver trabalho conjunto para definir planos estratégicos da Política Agrícola Comum 21-27 nas áreas sanidade animal e fitossanidade.

Os ministros da Agricultura de Portugal e Espanha acordaram esta quarta-feira desenvolver um trabalho conjunto para a definição dos planos estratégicos da Política Agrícola Comum (PAC) 21-27 e nas áreas da sanidade animal e fitossanidade.

A ministra da Agricultura portuguesa, Maria do Céu Antunes, e o ministro da Agricultura, Pesca e Alimentação de Espanha, Luis Planas, reuniram-se esta quartra-feira por videoconferência e “acordaram desenvolver um trabalho conjunto para a definição dos Planos Estratégicos da PAC 21-27, na aplicação da estratégia do Prado ao Prato (Farm to Fork) à PAC”, informou o gabinete do Ministério da Agricultura, em comunicado.

Numa mensagem em vídeo difundida nas páginas oficiais na internet do Ministério da Agricultura, Maria do Céu Antunes adiantou que foi também acordado um trabalho conjunto noutras iniciativas para o período de transição entre os dois quadros de programação, “naquilo que diz respeito aos pagamentos diretos, mas também ao programa de desenvolvimento rural”, por forma a minimizar “os eventuais desequilíbrios que decorrem dos efeitos de fronteira entre Portugal e Espanha”.

Os dois governantes congratularam-se também pelo acordo alcançado no último Conselho de Ministros de Agricultura da União Europeia, que teve lugar no Luxemburgo, considerando-o “um bom ponto de partida para o trabalho a desenvolver pela presidência portuguesa, tendo em vista a conclusão da reforma da Política Agrícola Comum”.

Quanto às áreas da sanidade animal e fitossanidade, os titulares das pastas da agricultura acordaram criar uma equipa de trabalho para “identificar as áreas temáticas relevantes, criar redes de partilha de dados, efetuar análises de risco e propor procedimentos de atuação conjunta para a mitigação dos impactos decorrentes das alterações climáticas no aparecimento de doenças emergentes”.

Igualmente numa mensagem em vídeo difundida na internet, Luis Planas sublinhou a importância da coordenação entre Portugal e Espanha no que diz respeito à área sob a sua alçada.

“Ofereci à ministra de Portugal todo o apoio de Espanha para alcançar este bom resultado e este êxito que espero que se produza”, acrescentou o governante espanhol.

O Parlamento Europeu aprovou em 23 de outubro uma nova PAC, que considera “mais verde” para a União Europeia.

O documento deverá agora ser negociado com os Estados-membros, mas várias organizações não-governamentais e também deputados europeus consideram-no insuficiente para responder aos desafios ambientais e climáticos que o mundo enfrenta.

Alvo de críticas são também os subsídios para apoiar a agricultura intensiva e a insuficiência nos apoios a modelos mais sustentáveis e ecológicos previstos na nova PAC.

Em Portugal, a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e a Coordenadora Europeia Via Campesina (ECVC) defenderam que a posição do Parlamento Europeu sobre a reforma da PAC é insuficiente e desadequada.

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Patrões esperam que novos apoios às empresas “sejam dignos desse nome”

O primeiro-ministro assegurou que serão aprovadas, esta quinta-feira, novos apoios às empresas e ao emprego. "Esperemos que sejam dignos desse nome", avisam os patrões.

O presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) espera que as medidas de apoio que o primeiro-ministro anunciou que serão reveladas esta quinta-feirasejam dignas desse nome e que auxiliem as empresas a manterem os postos de trabalho“. António Saraiva falava aos jornalistas à saída de uma reunião com o Presidente da República sobre uma eventual nova declaração de estado de emergência.

Esta quarta-feira, o chefe do Executivo avançou que será aprovado em Conselho de Ministros um novo conjunto de “medidas de apoio à atividade económica, em particular às micro, pequenas e médias empresas”, face ao “esforço muito grande” que lhes está a ser exigido por causa da pandemia de coronavírus.

Em reação, o presidente da CIP disse esperar que tais apoios “sejam dignos desse nome e que auxiliem as empresas a manterem os postos de trabalho”, tendo frisado que, neste momento, estão a ser desprezadas as medidas à economia. Aliás, António Saraiva já tinha defendido que o Orçamento do Estado para 2021 esquece as empresas e não apoia o emprego.

O “patrão dos patrões” disse ainda esta quarta-feira ser “obviamente contra” o confinamento total do país, à semelhança do que aconteceu na primavera, não tendo confirmado a sua posição sobre um eventual novo estado de emergência.

Também o líder da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) não quis pronunciar-se sobre essa hipótese, à saída da reunião com Marcelo Rebelo de Sousa.

Aos jornalistas, João Vieira Lopes disse apenas que defende o regresso do lay-off para evitar o desemprego, “medidas de apoio fiscais ou outras a fundo perdido e o apoio de uma solução para o arrendamento comercial”.

Depois de ter ouvido os partidos com assento parlamentar sobre a eventual declaração de estado de emergência, o Presidente da República recebeu, esta terça-feira e quarta-feira, os parceiros sociais.

De notar que o primeiro-ministro propôs, no início da semana, a Marcelo Rebelo de Sousa que seja decretado o estado de emergência, ainda que com uma “natureza preventiva” e com vista a “eliminar dúvidas” sobre a ação do Governo para responder à pandemia.

Em entrevista à RTP, o Presidente da República confirmou que estar ponderar essa hipótese, tendo adiantado que o novo estado de emergência, a concretizar-se, será “diferente”, na medida em que será “muito limitado”.

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Porta 65 não resolve o arrendamento jovem, mas solução “vai demorar”

O ministro da Habitação reconhece que o Porta 65 não resolve o problema do arrendamento jovem. Mas garante que, "no futuro", vai ser articulado com o Programa de Arrendamento Acessível.

Pedro Nuno Santos reconhece que o Programa Porta 65 não resolve o problema da dificuldade que os jovens têm em aceder ao mercado de arrendamento e, por isso, garante que, “no futuro”, este vai ser articulado com o Programa de Arrendamento Acessível (PAA). O ministro admite que a resposta do Estado aos jovens vai, “infelizmente, demorar” e que, por enquanto, o Porta 65 “tem de continuar a existir”.

“Queremos uma articulação do Porta 65 Jovem com o PAA no futuro. Mas, verdadeiramente, a solução para o arrendamento jovem não é o Porta 65”, disse Pedro Nuno Santos esta quarta-feira, durante uma audição da Comissão de Orçamento e Finanças e de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, no âmbito da apreciação na especialidade da proposta do Orçamento do Estado para 2021 (OE2021).

Vamos, infelizmente, demorar a ter a resposta pública necessária, mas o Porta 65 tem de continuar a existir. A articulação com o PAA é exatamente para que o Porta 65 se possa cingir a rendas que têm um teto máximo”, acrescentou.

Esta intenção de articular o Porta 65 com o PAA já era conhecida, dado que estava prevista no Orçamento do Estado para 2020. O documento previa um reforço de dois milhões de euros face aos 20 milhões de euros que estavam previstos em 2019, ou seja, 22 milhões de euros.

O PAA foi criado pelo Governo no verão do ano passado, prevendo que proprietários privados inscrevam os seus imóveis na plataforma e os arrendem a preços 20% abaixo dos praticados no mercado. Em troca, têm benefícios fiscais Contudo, desde então, têm sido muito poucos os proprietários interessados. No espaço de um ano foram assinados apenas 242 contratos de arrendamento.

(Notícia atualizada às 18h14 com mais informação)

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Linha da Beira Baixa vai ficar pronta até ao final do ano, diz Pedro Nuno Santos

O Ferrovia 2020 será concluído dentro do prazo previsto, até dezembro de 2023, garantiu o ministro, referindo que a linha da Beira Baixa "estará pronta para ser inaugurada" até ao final de 2020.

O Ferrovia 2020 “será concluído dentro do prazo previsto”, ou seja, até dezembro de 2023, garantiu Pedro Nuno Santos, detalhando que 75% deste programa de investimento em infraestruturas estão em fase de “obra ou contratação de obra”. Numa audição esta quarta-feira, o ministro adiantou ainda que a linha da Beira Baixa “estará pronta para ser inaugurada” até ao final deste ano.

“Temos 75% do Ferrovia 2020 em obra ou em contratação para obra e uma parte mais reduzida em projeto”, disse Pedro Nuno Santos numa audição da Comissão de Orçamento e Finanças e de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, no âmbito da apreciação na especialidade da proposta do Orçamento do Estado para 2021 (OE2021).

O ministro disse ainda que o Governo conta ter “tudo em empreitada” no primeiro trimestre de 2021. “Temos vários investimentos em curso, mas só consideramos [o Ferrovia2020] totalmente executado quando esta linha estiver concluída”, acrescentou, referindo-se à Linha da Beira Baixa, que garantiu que “estará pronta para ser inaugurada até final deste ano”, num investimento de três milhões de euros.

A intervenção na Linha da Beira Baixa passa pelo “reforço dos níveis de segurança, qualidade e disponibilidade da infraestrutura, beneficiando as condições de conforto e comodidade para os utilizadores”, explicou em julho do ano passado a Infraestruturas de Portugal, estando a ocorrer entre o quilómetro 13,195 em Abrantes (Santarém), e o quilómetro 53,422 em Vila Velha de Ródão (Castelo Branco).

Estamos a 8% de termos tudo concluído. O prazo final para o financiamento comunitário é dezembro de 2023″, explicou Pedro Nuno Santos já que as regras do Portugal 2020 permitem que se possa executar despesa três anos após a conclusão do quadro comunitário. “Conseguiremos cumprir os prazos e teremos o Ferrovia 2020 concluído dentro dos prazos”, garantiu.

(Notícia atualizada às 18h15 com mais informação)

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Ministro diz que consumidores pagam a água abaixo do seu verdadeiro custo

  • Lusa e ECO
  • 4 Novembro 2020

Matos Fernandes diz que as tarifas devem ser “justas” e pagar o serviço prestado, mas é preciso “impedir” o seu aumento. Criticou ainda os municípios por terem reduzido o preço da água.

O ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, criticou esta quarta-feira a decisão de alguns municípios de terem reduzido as tarifas da água durante o período de confinamento por causa da pandemia de Covid-19.

No evento online de apresentação do Quadro Estratégico de Compromisso do Grupo AdP – Águas de Portugal, o governante destacou ainda a importância da eficiência e redução dos consumos na atividade da empresa, desde logo “pelas consequências que essa mesma eficiência tem sobre a tarifa”, que deve ser “justa” e pagar o serviço prestado, mas cujo aumento é preciso “tudo fazer para impedir”.

Na visão de Matos Fernandes, o preço que os consumidores portugueses pagam atualmente pela água que consomem nas suas casas está abaixo do que é o seu verdadeiro custo.

“Infelizmente em Portugal são mais os casos em que o que se paga pela água é um valor inferior ao seu verdadeiro custo, do que os casos opostos que, quando existem, são em concessões privadas”, disse, criticando o facto de “durante o período de pandemia, quando nada ficou mais barato, alguns terem entendido – nomeadamente os municípios – reduzir o preço da água que é cobrado aos consumidores”.

Segundo o ministro, por detrás desta decisão está “um valor completamente errado, que é a ideia de que o que é público pode baixar o preço e depois logo se vê como é que essa fatura vai ser paga”.

O ministro abordou ainda o tema da eficiência energética no grupo AdP, considerando que “a questão da poupança da energia propriamente dita e da auto produção de eletricidade e de gases renováveis é um campo de negócio excecional” que o Grupo Águas de Portugal tem vindo a desenvolver.

“Podia ter-se recorrido ao outsourcing generalizado nesta matéria e felicito aqueles que acharam que não e consideraram que esta atividade, pela dimensão do custo que tem a própria energia que é consumida pelo grupo, tinha que ser uma atividade core do próprio grupo”, sustentou.

Para o governante, “é da maior relevância que um grande consumidor de energia como as Águas de Portugal seja autossuficiente”, pelo que o projeto traçado de o conseguir ser até 2030 o “enche de orgulho como ministro que tutela, duplamente, as áreas de energia e da água”.

Neste âmbito, referiu ainda como sendo “da maior importância o projeto de reutilização das águas residuais tratadas”, salientando que “esgoto tratado é água para um número muito alargado de utilizações” (desde a regra das culturas permanentes e espaços verdes à lavagem de ruas, entre várias outras utilizações) e que, “num país que vai ter menos água, esta é a única água nova que se pode trazer ao sistema”.

Além dos elogios, Matos Fernandes aconselhou o Grupo AdP – Águas de Portugal a potenciar a sua capacidade de inovação e faturação internacionalizando-se para mercados “mais maduros e exigentes”.

“É interessante que o Grupo Águas de Portugal comece a procurar mercados mais maduros e mais exigentes, fora do país, onde se possa confrontar um grau diferente de exigências e onde, para lhe podermos dar resposta, o papel da inovação é um papel central”, afirmou João Pedro Matos Fernandes durante um seminário ‘online’ de apresentação do Quadro Estratégico de Compromisso do Grupo AdP.

Segundo o ministro, num contexto em que é também “obrigação” da empresa promover a eficiência da utilização da água e uma redução dos consumos, a AdP estará condenada a ver o seu volume de negócios recuar se não “alargar o espetro de atuação”.

“É estranho, quase contraditório, perceber que uma empresa que vive de vender água é aquela que tem uma maior responsabilidade na redução dos consumos, mas é nossa obrigação promover a eficiência dos usos para além daquela que é a nossa própria atividade. E com isso, no limite, estaremos a reduzir o nosso volume de negócios se não alargarmos o nosso próprio espectro de atuação”, sustentou.

Para Matos Fernandes, é assim “fundamental que o Grupo Águas Portugal, respeitando a vontade dos municípios, nunca deixe de querer alargar o seu espetro de atuação, participando em novas parcerias para além daquelas que já existem e alargando para fora das fronteiras do país o seu negócio e a sua atividade”.

O Quadro Estratégico de Compromisso apresentado pelo Grupo Águas de Portugal assume-se como “um alinhamento e mobilização do grupo no sentido de acrescentar utilidade social, corresponder às exigências ambientais, obter ganhos de eficiência e superar os padrões de qualidade no âmbito dos serviços de abastecimento de água e de tratamento de águas residuais, que são essenciais ao bem-estar, à saúde pública, ao ambiente, à economia e ao desenvolvimento sustentável.”

Segundo a empresa, o documento resultou de “um processo coletivo e participativo, com contributos de cerca de meio milhar de trabalhadores/as a todos os níveis da estrutura e de todas as suas empresas” e traça “um rumo estratégico no reforço da capacidade de resposta à dinâmica associada às alterações climáticas, à descarbonização, à transformação digital e à economia circular, entre outras”.

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Endesa aumenta lucros em 38% para 1.700 milhões de euros até setembro

No próximo dia 25 de novembro a Endesa vai apresentar uma atualização do seu plano estratégico no Capital Markets Day.

A elétrica espanhola Endesa deu conta esta quarta-feira de um aumento de 38,4% nos lucros nos primeiros nove meses do ano para os 1.700 milhões de euros. A empresa garante que, apesar dos impactos financeiros negativos da pandemia de Covid-10 (mais intensos no segundo trimestre), a empresa está a conseguir manter os objetivos anunciados para este ano.

No próximo dia 25 de novembro a Endesa vai apresentar uma atualização do seu plano estratégico no Capital Markets Day, que deverá preparar a empresa para “desafios futuros”.

“A gestão integral do negócio elétrico permite à Endesa atenuar a queda da procura de eletricidade (-6,1%) na Península Ibérica – e dos preços grossistas da eletricidade (-36%) face ao mesmo período de 2019″, disse a empresa em comunicado.

Entre janeiro e setembro de 2020, o EBITDA registou um aumento de 8,2% para os 3.136 milhões de euros, apesar do impacto de 81 milhões como consequência da pandemia de Covid-19 até ao momento. Além desta subida no EBITDA, os lucros aumentaram também por via da diminuição de 57% das provisões para amortizações e perdas por imparidade face ao período homólogo de 2019, para 1.104 milhões. No ano passado, a Endesa acordou a descontinuação do seu negócio de carvão na Península, e registou uma deterioração de caráter extraordinário.

Para o CEO José Bogas, “o modelo da Endesa permitiu terminar o terceiro trimestre do ano com resultados sólidos, apesar da complexidade da conjuntura. Durante estes meses, para além da gestão da empresa com rigor e empenho e da implementação de um intenso plano de descarbonização, da instalação de capacidade renovável e da eletrificação da procura, a nossa prioridade tem sido responder às necessidades de milhares de clientes e minimizar o efeito da pandemia nas comunidades onde estamos presentes “.

Na apresentação online dos resultados aos investidores, Bogas ainda sublinhou os 99 MW de capacidade solar arrematados pela Endesa no mais recente leilão de renováveis em Portugal. Sobre os próximos leilões de solar em Espanha, que deverão ter lugar até ao final do ano, o CEO disse que ainda tem de analisar o recente decreto real sobre os mesmos, mas garantiu que a Endesa vai participar. “Não dependemos deste leilões para levar a cabo o nosso desenvolvimento nas renováveis na Península Ibérica”, disse José Bogas aos analistas e investidores.

Sobre o hidrogénio verde, a Endesa garante que está muito interessada nesta nova fonte de energia, tendo já em estudo 24 projetos, com destaque para um deles que está a ser pensado para a central a carvão de Compostilla, em Espanha, e a ser desenvolvido com um “parceiro industrial”.

A Endesa dá também conta que o crescimento na produção de energia a partir de fontes renováveis ​​permitiu atingir entre janeiro e setembro o objetivo de gerar 85% de eletricidade sem emissões de CO2, meta fixada para 2022. A carteira de projetos renováveis da empresa com ponto de conexão às redes elétricas nacionais ascende já a de 6.900 MW (65% solar e 35% eólica).

Entre janeiro e setembro a Endesa aumentou seu parque solar e eólico em 800 MW (+13% ) em relação a setembro do ano passado, atingindo 7.478 MW já em operação. No total, o portfólio de projetos renováveis ​​da empresa em diferentes estágios de desenvolvimento atinge os 25.700 MW.

A Endesa conquistou no terceiro trimestre do ano, no leilão realizado em Portugal, um projeto fotovoltaico de 99 MW com um sistema de armazenamento adicional de 20MW, que entrará em funcionamento em 2024 e exigirá um investimento de 90 milhões.

“A Endesa está a conseguir resistir aos efeitos da pandemia do coronavírus, bem como da crescente concorrência no mercado liberalizado (que inclui geração peninsular, comercialização, serviços, ajustes e despesas gerais), nos primeiros nove meses deste ano. A empresa continua empenhada em cumprir os objetivos financeiros fixados para 2020, ao mesmo tempo que avança no processo de descarbonização e crescimento do parque de energias renováveis ​​em Espanha como em Portugal”, frisou a elétrica, sublinhando a “resistência e capacidade de adaptação a um cenário de redução da procura de energia (eletricidade e gás) e de queda de preços tanto no mercado grossista como nos mercados de matérias primas”.

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