Justiça britânica rejeita extradição de Assange para os EUA
A juíza Vanessa Baraitser, do Tribunal Criminal de Old Bailey, em Londres, acredita que Julian Assange apresenta risco de cometer suicídio caso seja julgado nos EUA, o que a levou a tomar a decisão.
A justiça britânica rejeitou esta segunda-feira o pedido de extradição do fundador do WikiLeaks Julian Assange para os Estados Unidos da América (EUA), país que pretende julgá-lo por espionagem após a divulgação de centenas de milhares de documentos confidenciais.
A decisão proferida pela juíza Vanessa Baraitser, do Tribunal Criminal de Old Bailey, em Londres, Reino Unido, é suscetível de recurso.
A juíza argumentou que a extradição seria prejudicial para a saúde mental de Assange, tendo considerado que ficou “demonstrado” que o australiano, de 49 anos, apresenta risco de cometer suicídio caso seja julgado nos EUA, onde provavelmente será mantido em condições de isolamento.
A justiça norte-americana quer julgar o australiano por este ter divulgado, desde 2010, mais de 700.000 documentos confidenciais sobre atividades militares e diplomáticas dos EUA, principalmente no Iraque e no Afeganistão.
Julian Assange é acusado pelos Estados Unidos de cerca de duas dezenas de crimes, incluindo espionagem e divulgação de documentos diplomáticos e militares confidenciais, arriscando até 175 anos de prisão caso seja considerado culpado.
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