Portugueses em confinamento usam mais internet, sobretudo para mandar mensagens
Utilização da internet em Portugal voltou a crescer num ano marcado pela pandemia, depois da estagnação registada em 2019. Portugueses acedem mais à rede para trocarem mensagens e para informação.
O número de utilizadores de internet em Portugal voltou a crescer num ano marcado pela pandemia, depois de um ano de estagnação. Novos dados publicados pelo Eurostat mostram que, em 2020, 78% dos cidadãos com idade entre 16 e 74 anos acederam à internet pelo menos uma vez nos três meses anteriores ao inquérito. É uma subida de três pontos percentuais face aos 75% registados em 2018 e 2019.
O crescimento da utilização de internet no país registou-se ao longo da última década, até à estagnação de 2019. Em 2010, pouco mais de metade dos cidadãos entre 16 e 74 anos indicava aceder à internet.
Contudo, apesar da subida na utilização da internet em Portugal ter ultrapassado o crescimento na UE, o país continua aquém da média do conjunto dos Estados-membros. Em 2020, 87% dos europeus afirmaram aceder à internet, uma subida de um ponto percentual e nove pontos acima do valor apurado para os portugueses.
“A internet tem-se tornado cada vez mais importante nos anos recentes e particularmente em 2020, na sequência do surto de Covid-19 e dos confinamentos e medidas de distanciamento social associados”, aponta o Eurostat.
Na Dinamarca e na Islândia, 99% dos cidadãos entre 16 e 74 anos usam internet. Só na Estónia, Croácia, Holanda e Suécia é que a taxa de utilização encolheu em 2020.
Portugueses usam mais a net para mensagens e informação
Os dados do Eurostat mostram ainda as principais atividades dos portugueses na internet. 65% recorrem à rede global para enviarem mensagens instantâneas, percentagem igual à daqueles que dizem aceder à internet para procurar informação sobre produtos e serviços.
Mas há um dado mais surpreendente. 62% dos internautas portugueses afirmam usar a internet para acederem a conteúdos em sites de notícias, jornais ou revistas, uma “fatia” maior do que os 60% que assumem recorrer à internet para acederem a redes sociais.
Além disso, 42% dos portugueses recorrem à rede para acederem ao banco, 39% dizem fazê-lo para carregarem conteúdos próprios para um website e 40% afirmam fazer videochamadas.
Esta última, aliás, é a tarefa que mais cresceu na UE durante o ano da pandemia: 60% dos europeus entre 16 e 74 anos de idade telefonou ou fez videochamadas pela internet no ano passado, nos três meses anteriores ao inquérito. Trata-se de um crescimento de 12 pontos percentuais face a 2019 e a maior subida desde que este tipo de dados começou a ser recolhido em 2008.
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